domingo, 30 de junho de 2013

Mensalão da Globo resulta em sonegação de R$ 615 milhões


Denúncia: Rede Globo sonega impostos para sustentar ‘mensalão’ no Congresso. Jornalista teve acesso a investigação da Receita Federal que revela uma dívida de R$ 615 milhões ao contribuinte brasileiro. Valores são de 2006. “Alguém calcule o quanto isso dá hoje”, sugere o jornalista

A Rede Globo de Televisão deve à Receita Federal um montante superior a R$ 180 milhões em impostos não recolhidos até 2006. Com juros e multas, a dívida com o Erário superava os R$ 600 milhões na época, segundo denúncia publicada nesta quinta-feira na página do jornalista Miguel do Rosário, editor do blog O Cafezinho. Rosário teve acesso a “uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo”.
“Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje” sugere o jornalista.
A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.
O mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12 documentos (publicados no artigo).
Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no Congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, tudo que se relaciona à Globo, a (Daniel) Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo quando vem à tona, a operação para abafar as investigações sempre é bem sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a ‘privataria tucana’, e do STF em levar adiante o julgamento do ‘mensalão mineiro’.


Michael Jackson teria calado vítimas de abuso com 23 milhões de euros


Quatro anos da morte de Michael Jackson se completaram na última terça-feira (25). No entanto, as polêmicas envolvendo o nome do astro não param. O jornal britânico ''Sunday People'' revelou que Jackson gastou cerca de 23 milhões de euros para subornar suas vítimas de abuso sexual. O veículo afirma que teve acesso a arquivos secretos do FBI.
De acordo com a publicação, cerca de 24 rapazes foram abusados pelo 'Rei do Pop' ao longo de 15 anos. Os documentos não teriam sido apresentados à Justiça em 2005, quando Michael foi inocentado da acusação de molestar uma criança.
Um dos documentos confirma a história de que o cantor chegou a ser flagrado por um dos seus funcionários no seu cinema particular enquanto assistia a filme pornôs na companhia de uma estrela infantil mundialmente conhecida, acariciava os órgãos genitais de um garoto e tinha uma terceira criança no abuso. A mãe de um dos jovens estava sentada duas ou três fileiras na frente deles na época, sem saber do abuso que o filho estava sofrendo.
O relatório, no entanto, não explica o porquê a mãe teria permitido que seu filho presenciasse tal tipo de exibição. Philip LeMarque e sua mulher, ex-funcionários de Michael, são testemunhas do caso, afirmando que o cantor também assistia a filmes pornôs na companhia de crianças dentro de um quarto secreto na sua mansão. 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Monsenhor Nunzio Scaranosão é preso em investigação no Vaticano


A polícia da Itália prendeu hoje o monsenhor Nunzio Scarano, clérigo do Vaticano, além de um corretor financeiro e um membro dos serviços secretos do país em uma investigação sobre uma tentativa frustrada de tentar levar por avião 20 milhões de euros (US$ 26,1 milhões) em dinheiro da Suíça para a Itália, disse um porta-voz da polícia.
O inquérito foi aberto pelo escritório do procurador-geral de Roma, enquanto ele fazia uma investigação paralela sobre o Instituto de Obras Religiosas, o Banco do Vaticano, que está sob pressão de reguladores internacionais para melhorar a sua transparência. O porta-voz, porém, nega que a investigação envolva o banco."É um desdobramento."
Os suspeitos estão sendo investigados por crimes como fraude e corrupção. O advogado de Scarano, Silverio Sica, confirmou a prisão. O clérigo foi suspenso de seus deveres com a Igreja após o início de outra investigação sobre lavagem de dinheiro.
Em fevereiro, o papa Bento XVI nomeou um novo presidente do banco para restabelecer a confiança do público na forma como o Vaticano lida com suas finanças. No início desta semana, o Papa criou uma comissão especial que promoverá uma reforma na instituição financeira. Os promotores estão investigando se o banco violou as leis de lavagem de dinheiro da Itália, uma alegação que o Vaticano nega. 

Aumentam os protestos contra os pedágios nas estradas brasileiras

Manifestação contra tarifa do pedágio interdita rodovia em Cosmópolis, SP

Grupo ateou fogo em pneus perto da praça de cobrança que fica na SP-332. Trânsito da Professor Zeferino Vaz chegou a ser interrompido em 2 sentidos.

Um grupo de manifestantes, que protesta contra o valor da tarifa do pedágio, fechou na manhã desta sexta-feira (28) a Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), entre Cosmópolis (SP) e Paulínia (SP). Segundo informações da Polícia Rodoviária, o trânsito foi interrompido nos dois sentidos. Uma cabine do pedágio foi incendiada, às 9h, no protesto que teve início às 5h.

Estudantes param pista por 1h contra pedágio em Engenheiro Coelho, SP

O grupo ateou fogo em pneus e galhos na Rodovia Professor Zeferino Vaz.

Alguns motoristas foram impedidos de pagar R$ 4,10 na praça de cobrança.

Universitários protestaram novamente na noite desta segunda-feira (24) na Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), perto do pedágio que fica entre Artur Nogueira (SP) e Engenheiro Coelho (SP). O trânsito foi bloqueado no local. Os estudantes querem a redução da tarifa de R$ 4,10 para quem vive no município. Eles já haviam feito protesto no local no último domingo (23).

Manifestação contra pedágio reúne 500 em Vitória e 30 são presos

Protesto saiu da Praça do Papa e seguiu para a Terceira Ponte. Homem foi detido com facas e arma entre os manifestantes.

Cerca de 500 pessoas se reuniram na Praça do Papa e seguiram em passeata até a praça do pedágio da Terceira Ponte, em Vitória, no início da noite desta segunda-feira (24), de acordo com informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).
O protesto, segundo a organização, pedia o fim do pedágio cobrado pela concessionária que administra a ponte, que liga a capital a Vila Velha. A manifestação foi pacífica, mas por volta de 21 horas a Tropa de Choque usou bombas de efeito moral para dispersar um grupo que soltou rojões e arremessou pedras contra a polícia. Segundo a Sesp, cerca de 30 pessoas foram detidas e encaminhadas ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória.

Manifestantes protestam novamente contra pedágio em Cabreúva, SP

Esta foi a segunda manifestação em menos de 48 horas. Desta vez o protesto foi pacífico.

Manifestantes de Cabreúva (SP) se reuniram neste domingo (23) no distrito do Jacaré. Foi o segundo protesto contra a cobrança da tarifa de pedágio na rodovia Dom Gabriel em menos de 48 horas. De acordo com a Polícia Rodoviária de Cabreúva, a manifestação deste fomingo foi pacífica.
No primeiro protesto os manifestantes interromperam o tráfego e o congestionamento na rodovia Dom Gabriel sentido Itu (SP) foi de cinco quilômetros. Segundo os organizadores, eram mais de 2 mil manifestantes. Depois de uma hora de bloqueio da rodovia a Polícia Militar conseguiu afastar os manifesntantes da praça de pedágio de forma pacífica. Alguns vândalos quebraram câmeras de segurança, csncelas e os computadores da cabine. Ninguém foi preso.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Diabetes mata uma pessoa por hora em SP

Em 2012, mais de 21 mil pessoas foram internadas pelo SUS no Estado por complicações da doença; prevenção e controle são fundamentais 

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, em média, uma pessoa morre a cada hora no Estado de São Paulo vítima de complicações do diabetes. Foram 9.562 óbitos pela doença registrados em 2012, 5% a menos que no ano anterior.

Também no ano passado houve 21.981 internações por diabetes em hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) de São Paulo.

A diabetes é causada pela falta ou falha de produção da quantidade suficiente de insulina que o corpo precisa pelo pâncreas. Isso causa um aumento dos níveis de açúcar ou de glicose no sangue.

Trata-se de uma doença muitas vezes silenciosa. Por isso é importante que se fique atento quanto aos principais sintomas: cansaço, perda de líquido, aumento de fome e sede e má circulação do sangue.

“Muitas pessoas vivem de três a cinco anos sem saber que possuem a doença”, alerta Renata Faco Amoedo Coelho, endocrinologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) “Dr. Luiz Roberto Barradas Barata”, unidade da Secretaria localizada no bairro de Heliópolis, zona sul da capital paulista.

A prevenção e o controle da diabetes são fundamentais para evitar suas complicações. Idade, histórico familiar, estresse, alimentação inadequada e sedentarismo também são fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Quando não controlada, a diabetes pode desencadear diversas complicações, como perda da visão a até mesmo alterações vasculares que podem levar à amputação, principalmente dos membros inferiores. Além disso, pessoas diabéticas são mais propensas a sofrerem ataques cardíacos e derrames.

O SUS fornece gratuitamente as insulinas para o controle do diabetes por meio das Unidades Básicas de Saúde municipais. Além do medicamento, é fundamental que o controle do diabetes alie atividade física, alimentação balanceada e acompanhamento médico regular.

http://www.saude.sp.gov.br/ses/perfil/cidadao/homepage/noticias/direita/diabetes-mata-uma-pessoa-por-hora-em-sp

Comentário do Blog:
Existe uma relação que a maioria da área médica esconde sobre açúcar (industrializado) e a diabetes. Por isso, recomendo a leitura do livro:

Sugar Blues: o Gosto Amargo do Açúcar

que pode ser baixado no link: http://www.elivrosgratis.com/download/210/Sugar-Blues--o-Gosto-Amargo-do-Acucar.html

Protesto na sede da Globo está marcado para o dia 03/07


Movimentos de comunicação marcam ato na sede da Rede Globo em São Paulo. Protesto deve ser realizado na próxima quarta-feira (3). Plenária realizada ontem debateu agenda unificada. Ideia é aproveitar efervescência política para pautar democratização da mídia

Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (25) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente cerca de 100 participantes decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).
Na plenária de ontem, o professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo, Pablo Ortellado, avaliou que os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a revista Veja e a própria Globo, por meio de editoriais, incentivaram o uso da violência para reprimir os manifestantes. Mas em seguida passaram a colaborar para dispersar a pauta de reivindicações que originaram a onda de protestos, ao incentivar a adoção de bandeiras exteriores à proposta do MPL – até então restrita à revogação do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,20.
Os movimentos sociais, no entanto, ainda buscam uma agenda de pautas concretas para atender a diversas demandas, que incluem a democratização das concessões públicas de rádio e TV, liberdade de expressão e acesso irrestrito à internet.
“A questão é urgente. Todos os avanços democráticos estão sendo brecadas pelo poder da mídia, que tem feito todos os esforços para impedir as reformas progressistas e para impor uma agenda conservadora, de retrocesso e perda de direitos”, afirmou Igor Felipe, da coordenação de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A avaliação é que apesar de outras conquistas sociais, não houve avanços na questão da democratização da mídia. “Nós temos dez anos de um processo que resolveu não enfrentar essa pauta. Nós temos um ministro que é advogado das empresas de comunicação do ponto de vista do enfrentamento do debate público”, disse Ekman, referindo-se a Paulo Bernardo, da Comunicação.
Bernardo é criticado por ter, entre outras coisas, se posicionado contra mecanismos de controle social da mídia. “Eu não tenho dúvida que tudo isso passa pela saída dele. Fora, Paulo Bernardo!”, enfatizou Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC e coordenador do programa Praças Digitais da prefeitura de São Paulo.
Amadeu acusa o ministro de estar “fazendo o jogo das operadoras que querem controlar a Internet” e trabalhar para impedir a aprovação do atual texto do Marco Civil do setor. “Temos uma tarefa. Lutar sim, para junto dessa linha da reforma política colocar a democratização”, afirmou.
A secretária de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, enfatizou a importância da campanha de coleta de assinaturas para a proposta de iniciativa popular de uma nova lei geral de comunicação.
O projeto trata da regulamentação da radiodifusão e pretende garantir mais pluralidade nos conteúdos, transparência nos processos de concessão e evitar os monopólios. “Vamos levá-lo para as ruas e recolher 1,6 milhão de assinaturas. Esse projeto não vem de quem tem de fazer – o governo brasileiro e o Congresso –, mas virá da mão do povo”, disse.



Quem vai protestar contra o assassinato de inocentes na Favela da Maré?

Polícia admite que inocentes morreram na Favela da Maré. Moradores acenderam velas para lembrar das vítimas assassinadas e também para protestar contra a ação policial

A Polícia Civil admitiu que três moradores inocentes estão entre os nove mortos na megaoperação realizada por cerca de 400 agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Inicialmente, havia a informação de que dois moradores tinham sido mortos, além de um policial do Bope e criminosos.
Durante a madrugada desta quarta-feira, moradores acenderam velas para lembrar os inocentes mortos e também para protestar contra a ação policial. Nesta manhã, a promotoria de Direitos Humanos deve receber alguns moradores da comunidade que reclamaram de possíveis excessos da polícia.
Um blindado permanecia no 22ºBPM (Maré), que fica na frente da comunidade Nova Holanda, nesta quarta-feira. Durante a madrugada, a Força Nacional de Segurança montou bases nos acessos à comunidade Nova Holanda, na Avenida Brasil. O batalhão da Maré também reforçou o policiamento na região. Ao todo, nove pessoas morreram, e, segundo a polícia, cinco seriam criminosos. Além disso, outros nove suspeitos foram presos e um menor de idade apreendido. Seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais. Até as 7h desta quarta, três continuavam internadas.
A operação do Bope na Favela Nova Holanda começou na noite de segunda-feira após arrastão na Avenida Brasil. Moradores tentavam interditar a Avenida Brasil na altura da comunidade, em protesto à violência da polícia. A PM respondeu com bombas para dispersar o grupo. Outro grupo ligado a movimentos sociais começou manifestação com faixa dizendo que “a polícia que reprime no asfalto é a mesma que mata na favela”.
Anistia Internacional critica a ação da PM na Maré, Rio

Dez pessoas, entre elas, um policial, morreram na operação.
Confronto ocorreu na favela Nova Holanda, na noite de segunda-feira (24).


A Anistia Internacional criticou a ação da PM no Conjunto de Favelas da Maré, no Subúrbio do Rio. Na noite de segunda-feira (24), num confronto entre policiais e suspeitos, dez pessoas foram mortas e várias ficaram feridas. Entre os mortos está um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dois moradores que não tinham anotações criminais.
Segundo o diretor executivo da Anistia Internacional, Átila Roque, o diálogo entre a polícia e a comunidade pode ser a solução para acabar com as ações violentas nas favelas.
“Acho que esse diálogo pode proporcionar, sobretudo, que a gente rompa com a lógica da guerra, com a lógica da exceção, com a lógica que historicamente no Rio de Janeiro permitiu que a polícia entre em território de favelas como se ali não houvesse cidadãos e sim só criminosos. Acho que é muito importante que se reconheça que segurança pública é um direito de todas as pessoas e de todas as pessoas na cidade. E que a favela é parte da cidade e que as pessoas que ali vivem precisam e devem ter os seus direitos reconhecidos”, disse Roque.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Fundador e pastores da Igreja Maranata são presos no ES

O pastor Gedelti Gueiros, ex-presidente e fundador da Igreja Cristã Maranata (ICM), foi preso na manhã desta segunda-feira (24), em casa, na Praia da Costa, Vila Velha, Grande Vitória. De acordo com a polícia, ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão contra membros da igreja. Oito foram cumpridos e dois integrantes se apresentaram espontaneamente.
Em maio, dezenove membros da Igreja Cristã Maranata, incluindo pastores, foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público Estadual (MPES) pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e duplicata simulada. Eles teriam praticado desvio de dízimo da igreja, envolvendo uma movimentação financeira de R$ 24,8 milhões, segundo o próprio MPES. Antes, em março, Gedelti e outros três membros da ICM haviam sido presos por coagir testemunhas do inquérito que investiga a igreja.
Segundo o delegado Eduardo Chaddour, uma das prisões será domiciliar. Todos os detidos nesta manhã foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana, na GrandeVitória. O interventor da instituição, Júlio Cezar Costa, foi destituído. A sede do presbitério da Maranata, em Vila Velha, foi interditada pela polícia.
A Igreja Cristã Maranata foi criada há 44 anos no estado e  já possui mais de 5,5 mil templos no Brasil e em outros países.

Pelo emprego e contra a austeridade mais de 100 mil pessoas marcham pelas ruas de Roma


Sob o lema “Juntos pelo Emprego”, mais de 100 mil pessoas, provenientes de todas as regiões de Itália, marcharam pelas ruas de Roma, num protesto contra as medidas de austeridade e o aumento dos impostos.
O protesto foi convocado pelos três principais sindicatosCGILCISL e UIL, que fretaram cerca de 1500 autocarros, dez comboios e barcos da Sardenha para transportar os manifestantes para Roma.
A secretária-geral do CGIL, Susanna Camusso, afirma que o protesto tem como objetivo exigir “respostas mais rápidas para tirar o país da crise.”
Outro manifestante defende que “é importante dizer ao governo que o trabalho deve ser a prioridade da sua agenda. Se pudermos trabalhar, podemos seguir em frente.”
O facto de o protesto ter sido convocado pelos três principais sindicatos é extremamente simbólico. Há 10 anos que as três organizações não convocavam uma manifestação conjuntamente.
Em Itália, a taxa de desemprego dos jovens com menos de 24 anos mantém-se nos 40 por cento, um recorde histórico.

sábado, 22 de junho de 2013

CONTRA A PEC 37, MÍDIA MANIPULA OPINIÃO PÚBLICA

Vendida à opinião pública como uma iniciativa de mensaleiros, petistas e corruptos em geral, a Proposta de Emenda Constitucional 37 apenas disciplina um artigo da Constituição Federal, que não prevê o Ministério Público no comando de inquéritos criminais, mas, apenas como organismo complementar à polícia e de controle sobre ela; além da forte campanha da Globo contra PEC 37, Folha e Abril agora se engajam na mesma causa; no entanto, OAB já se manifestou em favor da PEC, que tem também apoio de diversos juristas; saiba do que se trata para não comprar gato por lebre


247 - No Jornal Nacional desta sexta-feira, foi chocante a tentativa da Globo de convencer o estudante Lucas Monteiro, um dos integrantes do Movimento Passe Livre, a aderir a causas da própria Globo, como é a rejeição à PEC 37, que define com mais clareza o papel do Ministério Público. Monteiro deixou claro que a agenda do MPL é apenas a questão do transporte público (assista aqui).
No entanto, aos poucos, o rumo dos protestos começa a ser determinado pela agenda também dos meios de comunicação. Neste sábado, o Uol, portal do grupo Folha, informa que o principal objetivo dos protestos é gritar contra a PEC 37 (leia aqui). Em Veja, uma pesquisa do Departamento de Inteligência e Pesquisa de Mercado Abril, que supostamente entrevistou 9.088 pessoas, apontou o "Não à PEC 37" como a segunda principal bandeira dos manifestantes – a primeira seria o combate à corrupção.
Mas será que a multidão que tomou as ruas do Brasil sabe mesmo do que trata a PEC 37? Será que sabem que a iniciativa tem apoio institucional da Ordem dos Advogados do Brasil? Será que sabem que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, autorizou a compra de equipamentos de escuta, e que, se não houver freios, milhares de brasileiros poderão ser bisbilhotados?
Confira, abaixo, reportagem recente do portal Conjur, que explica por que a OAB se manifesta a favor da PEC 37:
Presidente da OAB-SP elogia apoio institucional à PEC 37
O presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa, cumprimentou o Conselho Federal por apoiar institucionalmente a aprovação da PEC 37. “Essa tomada de posição [em reunião na segunda-feira (20/5)] é importantíssima para restabelecer o equilíbrio de armas entre acusação e defesa e teve nos argumentos do membro nato da OAB, José Roberto Batochio, e dos conselheiros federais por São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso e Guilherme Batochio, um forte componente que ajudou no convencimento do plenário. Foi uma vitória da advocacia, que unificou seu discurso sobre tema de tamanha relevância”, disse.
A matéria foi proposta pelo conselheiro federal Pedro Paulo Guerra de Medeiros, de Goiás, e teve como relator o conselheiro Leonardo Accioly, de Pernambuco, que votou para que a OAB se exima de manifestação pública sobre a PEC 37, mas foi vencido pela maioria do plenário.
O primeiro e decisivo argumento a favor do apoio à PEC foi do membro nato da OAB, José Roberto Batochio, que preside a Comissão de Defesa da Constitucionalidade das Investigações Criminais. Ele argumenta que a edição da Resolução 13 do Conselho Nacional do Ministério Público, que atribui competência ao MP para atuar em inquéritos policiais, levou à criação da PEC. Segundo ele, a proposta de emenda é meramente declaratória, mas necessária para reafirmar o que está fixado pela Constituição Federal.
Os conselheiros federais Luiz Flávio D’Urso e Guilherme Batochio participaram ativamente do debate no plenário, explicando aos demais conselheiros a necessidade do apoio à PEC e como o MP atua ilegalmente na persecução penal. Para D’Urso, embora a proposta de emenda reprise o óbvio, é fundamental apoiá-la. “Se concedermos ao Ministério Público o poder de promover a investigação penal — que é da competência da Polícia Judiciária — seria como promover a subversão de um sistema que busca controlar a atuação do próprio Estado”, diz.
O conselheiro Guilherme Batochio refutou a tese do Ministério Público de “quem pode mais, pode menos”. Para ele, embora o MP tenha a prerrogativa de oferecer denúncia em Juízo, não pode promover a investigação de natureza criminal. Ao final da sessão, o Conselho Federal da OAB decidiu criar a Comissão de Acompanhamento e Aperfeiçoamento da proposta de emenda constitucional, que será presidida por José Roberto Batochio, e apresentará sugestões sobre a PEC 37 à Câmara. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB-SP.
Assista, ainda, entrevista de Batochio, sobre a PEC 37:

PC SIQUEIRA IRONIZA MANIPULAÇÃO DA GLOBO

"A Globo não tá do nosso lado", diz o vlogger, num vídeo com Diego Quinteiro; ele lembra que a emissora apoiou a ditadura militar e as balas na cara dos estudantes no primeiro dia de manifestações; assista


247 - Num vídeo com Diego Quinteiro, publicado em seu canal do YouTube, o vlogger PC Siqueira ironiza a manipulação da Globo. "Não dá pra ser tão ingênuo, a Globo não tá do nosso lado". Ele lembra que a emissora apoiou a ditadura militar e apoiou as "porradas e balas na cara" dos estudantes no primeiro dia das manifestações.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Yuri Franco: Direita quer diluir reivindicações para não pagar a conta

As pautas justas dos atos e como resistir à tentativa de desvirtuá-las
por Yuri Soares Franco

Nos últimos dias o Brasil tem sido sacudido por manifestações em diversas cidades. Como centelha inicial está a questão do transporte público, causadas pelo aumento da tarifa do transporte coletivo em várias cidades. Esta é uma reivindicação justíssima, e inclusive a revogação dos aumentos é apenas uma pauta imediata. Há uma discussão antiga e profunda sobre a questão do financiamento do transporte coletivo, que hoje serve basicamente como ferramenta de lucro de alguns empresários.
Ao irem às ruas, surgiram também críticas decorrentes da violência policial. A Polícia Militar, como a conhecemos hoje, foi construída ao longo do tempo para ser exatamente isso: instrumento de controle da população e de defesa da propriedade. Isso também não é exclusividade do Brasil. Recentemente, ao ser questionado sobre a repressão violenta da polícia aos manifestantes na Turquia, o primeiro ministro turco respondeu que sua polícia utilizava os mesmos mecanismos repressivos que a polícia dos Estados Unidos e dos países europeus. Nesse ponto, ele tinha razão.
Infelizmente a mídia e a direita (o que é  um pleonasmo), após inicialmente chamarem os manifestantes de vândalos e baderneiros, resolveram fazer uma virada espetacular de opinião e passaram a apoiá-los.
O problema é que esse apoio tem um objetivo muito claro: diluir as bandeiras legítimas dos movimentos ao mesmo tempo em que tentam inserir as suas pautas reacionárias e tentam capitalizar o movimento para os seus objetivos sórdidos.
Esta virada foi sendo colocada quando a seguinte palavras de ordem foi sendo posta: “não é por centavos”. A partir do momento em que a pauta principal e inicial do movimento foi sendo escanteada, abriu-se espaço para que todo tipo de pauta fosse incluída: “contra isso tudo que está aí”, “contra a corrupção” de maneira vaga e despolitizada, “contra os impostos”, e até as mais recentes que já circulam nas redes sociais, como “contra a ditadura gay” e “pelo impeachment da Dilma”.
Os slogans também foram sendo usados de forma a despolitizar. O pior deles é “O gigante acordou”**. Este slogan é complicadíssimo. Carregado de ufanismo, ele simplesmente tenta jogar para a vala do esquecimento os séculos de lutas e resistências do povo brasileiro: os índios e suas guerras de resistência, os negros e seus quilombos, os movimentos feministas e suas marchas, a classe trabalhadora e suas greves, os trabalhadores rurais e suas ocupações, o movimento estudantil e suas manifestações…
Para os setores reacionários nenhuma dessas lutas vale, já que sempre estiveram do outro lado, dos exploradores, da elite.

Continue lendo:

Protestos pelo país têm 1,25 milhão de pessoas, um morto e confrontos

Mais de 1,25 milhão de pessoas participaram nesta quinta-feira (20) de protestos realizados em mais de 100 cidades brasileiras, pequenas, médias e grandes. Na maior parte dos casos, foram passeatas pacíficas, mas houve confrontos entre polícia e grupos minoritários em diversas cidades, como Rio de Janeiro, que reuniu o maior público (300 mil pessoas), e em Brasília, onde manifestantes atacaram o prédio do Itamaraty. À noite, a presidente Dilma Rousseff pediu para que todos os ministros ficassem em Brasília econvocou reunião para esta sexta (21).

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/06/protestos-pelo-pais-tem-125-milhao-de-pessoas-um-morto-e-confrontos.html


Manifestantes atacam prédio do TJ, lojas e pedágios em Vitória (ES)

Manifestantes que participam dos protestos em Vitória (ES) entraram em confronto com a tropa de choque da Polícia Militar após tentativa de invasão do prédio do TJ-ES (Tribunal de Justiça do Espírito Santo) na noite desta quinta-feira (20).
Por volta das 21h, manifestantes atiraram pedras contra o prédio, deixando vidros quebrados, e atearam fogo a objetos em frente ao local, de acordo com o tribunal.

Ao deixarem o TJ, manifestantes se dirigiram à ponte Darcy Ribeiro, que liga Vitória a Vila Velha, e atacaram uma praça de pedágio. Cerca de dez cabines de pedágio foram destruídas, de acordo com a secretaria.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Marilena Chauí: Haddad tem que quebrar o cartel dos empresários de ônibus


A filósofa e professora aposentada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, Marilena Chauí, avalia que a eventual revogação do aumento da tarifa de ônibus, embora importante, não resolverá o problema do transporte público de São Paulo.
“Enquanto o prefeito não quebrar o oligopólio dos empresários de ônibus, vamos andar sempre mal das pernas, não vai funcionar, mesmo que no curto prazo ele atenda às exigências do movimento e revogue o aumento da tarifa. No longo prazo o problema não estará resolvido”, disse à Rádio Brasil Atual.
Ela lembrou de quando era secretária municipal de Cultura, na gestão da prefeita Luíza Erundina (1989-93), quando foi elaborado o Projeto de Lei da Tarifa Zero, que pretendia custear o transporte público através de uma reforma tributária municipal. “Erundina enfrentou a máfia dos ônibus, e uma reação em cadeia provocada pelos grandes empresários da construção civil e dos lojistas. Movimentos contrários dos chamados bairros nobres, como Cidade Jardim, Higienópolis, Moema, pipocaram. Foi uma coisa medonha no nível da sociedade civil, e os empresários de ônibus se mancomunaram com a Câmara Municipal para impedir a aprovação do projeto.”
Ontem o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, admitiu que os empresários são um grupo difícil de enfrentar. “São um setor atrasado, tanto que foram contra a criação do Bilhete Único. É um setor cartelizado. Hoje é muito difícil retirar um operador do sistema”, avalia.
Chauí afirmou que as manifestações pela revogação do aumento das passagens são legítimas e têm de estar na pauta dos movimentos sociais. “As manifestações não poderiam ser mais justas, significa que a luta pela dignidade do cidadão na luta pela educação, pela saúde, pelo trabalho, na moradia, tem de incluir aquilo que é condição de mobilidade, que é o transporte.”
A professora, que é uma das conselheiras que esteve presente na reunião de ontem (18) do Conselho das Cidades, afirmou que a convocação do Movimento Passe Livre como participantes da reunião pelo prefeito foi democrática, mas ressalta que o prefeito Fernando Haddad (PT) demorou a agir.
“As reações do governador Geraldo Alckmin e do prefeito foram diferentes, embora as duas demoradas. Alckmin reagiu com a polícia e com prisão. E Haddad foi pego de surpresa, demorou na resposta. Mas a atitude do prefeito foi de grandeza política porque ele chamou os movimentos, todas as lideranças, o conselho, o secretariado, para um debate transparente.”

ONU acusa Israel de torturar crianças palestinas e usá-las como escudo humano

Relatório divulgado hoje expressa "profunda preocupação" com abusos cometidos por soldados

Um órgão de direitos humanos da ONU acusou as forças israelenses de maus-tratos a crianças palestinas, incluindo tortura, confinamento e até mesmo o uso de algumas delas como escudo humano, de acordo com um relatório liberado nesta quinta-feira (20/06).

Segundo o texto do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança, “crianças palestinas detidas por militares e policiais (israelenses) são sistematicamente sujeitas a tratamento degradante e muitas vezes a atos de tortura; são interrogadas em hebraico, uma língua que não entendem, e assinam confissões em hebreu para serem libertadas”.

O Comitê também indicou que as crianças na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, regiões ocupadas por Israel na guerra de 1967, têm o acesso aos seus registros de nascimento e aos serviços de saúde, escolas decentes e água potável rotineiramente negado.

A maior parte das crianças palestinas presa é acusada de atirar pedras, o que, segundo o relatório, pode levar a uma pena de até 20 anos de prisão. A estimativa é que 7 mil crianças, entre 12 e 17 anos, mas algumas de apenas nove anos, tenham sido presas, interrogadas e detidas desde 2002, gerando uma média de duas por dia.

Além disso, muitos desses menores teriam sido levados acorrentados nos tornozelos e algemados perante tribunais militares, enquanto os jovens seriam mantidos em confinamento solitário, às vezes por meses.

O relatório destacou profunda preocupação com o "uso contínuo de crianças palestinas como escudos humanos e informantes", dizendo que 14 casos foram notificados somente entre janeiro de 2010 e março deste ano.

A denúncia feita é que soldados israelenses usaram crianças palestinas na frente deles para entrar em edifícios potencialmente perigosos e ficar na frente de veículos militares para deter lançamentos de pedras. Quase todos esses militares permaneceram impunes ou receberam sentenças leves, segundo o documento. 

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/29552/onu+acusa+israel+de+torturar+criancas+palestinas+e+usa-las+como+escudo+humano.shtml

terça-feira, 18 de junho de 2013

Protestos reúnem mais de 230 mil nas cidades brasileiras

Manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público abarcaram insatisfações com saúde, educação e outros problemas do país


Nesta segunda-feira 17, mais de 230 mil pessoas tomaram as ruas de algumas das principais cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília para protestar. A pauta comum em todas as reivindicações foi o aumento da tarifa dos transportes públicos, mas a insatisfação com a corrupção, as obras da Copa do Mundo e a precariedade dos serviços públicos prestados – como saúde e educação - reforçaram o poder dos movimentos. É a maior mobilização popular no Brasil desde 1992, quando a população pediu o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.
Em Belo Horizonte, o protesto foi o primeiro a ter início. A movimentação começou às 13h na Praça Sete de Setembro, no centro da capital mineira, tendo como destino o estádio do Mineirão, a quase 9 quilômetros de distância. No caminho, a multidão de 15 mil pessoas rapidamente tomou a Avenida Afonso Pena, uma das principais da cidade. 
Em Brasília, o protesto começou como manifestação pacífica na tarde desta segunda-feira 17 e a PM confirmou que 10 mil pessoas participam da "Marcha do Vinagre". 
No Rio de Janeiro, 100 mil pessoas ocuparam pacificamente o Centro da capital carioca, de onde caminharam até a Assembleia Legislativa, onde um pequeno grupo se envolveu em uma confusão após a explosão de uma bomba na rua Araújo Porto Alegre, na imediações da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). 
Na manifestação de São Paulo, mais de 65 mil pessoas se reuniram no Largo da Batata, na zona oeste, de onde saíram, em dois grandes grupos, pela avenida Brigadeiro Faria Lima e pela Marginal Pinheiros, duas das principais vias da cidades. Os dois grupos se dividiram e passaram por alguns dos principais pontos da cidade, como a avenida Paulista, palco de manifestações em dias anteriores; a ponte Estaiada, a avenida Ibirapuera, a Assembleia Legislativa e o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo. 
Em Curitiba, a PM estimou em 10 mil o número de manifestantes. Em Porto Alegre, foram 5 mil. Houve ainda protestos grandes em Belém, onde 13 mil pessoas se reuniram e Salvador, também com 10 mil manifestantes. Outras capitais com manifestações foram Fortaleza, Vitória e Maceió, onde um garoto de 16 anos levou um tiro no rosto. O suspeito é o motorista de um carro que teve o veículo bloqueado por manifestantes. Manifestações ocorreram também em diversas cidades do interior do país, como Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR), Bauru (SP), Santos (SP), Juiz de Fora (MG).
Adaptado de :

Boca do Lixo 7



“Saudade da época em que era resolvido com borrachada”, diz promotor de justiça sobre protestos. Rogério Zagallo publicou em seu facebook que arquivaria o inquérito de quem matasse os manifestantes contra o aumento da passagem

Na última sexta-feira 7, o 1º promotor de Justiça do 5º Tribunal do Júri, Rogério Leão Zagallo, se manifestou em sua conta pessoal no Facebook a respeito dos protestos contra o aumento da passagem do transporte público em São Paulo. Zagallo reclamava do bloqueio, em protesto organizado pelo Movimento Passe Livre, na avenida Faria Lima e na Marginal Pinheiros. Ele disse que sentia saudades da “época em que esse tipo de coisa era resolvida com borrachada nas costas”.
rogério zagallo promotor facebook
A mensagem publicada pelo promotor Rogério Zagallo no Facebook

Globo é expulsa de manifestação em SP


Manifestantes expulsam equipe da Rede Globo. O jornalista Caco Barcellos e seus repórteres não conseguiram ficar no protesto, que fecha a avenida Faria Lima

Os manifestantes que protestam contra o aumento da tarifa do transporte público no largo da Batata, em São Paulo, expulsaram uma equipe da Rede Globo do ato que acontece desde as 17h. O jornalista Caco Barcellos e seus repórteres não conseguiram ficar no protesto, que fecha a avenida Faria Lima. Os manifestantes expulsaram os profissionais com gritos de “Fora Globo” e “Central Globo de Mentiras”.


Repórteres da Rede Globo não usam o logotipo da emissora nos microfones durante cobertura de manifestações. Carros da emissora que levaram repórteres até locais de protestos também não tinham identificação


Temendo pela integridade física de seus repórteres, a Globo adotou uma estratégia inédita durante a cobertura das manifestações que acontecem em São Paulo nesta segunda-feira. Tanto o repórter Jean Raupp, que cobriu o evento para o “Jornal Nacional”, como seu colega Fabio Turci, apareceram na Globo sem o chamado “cubo” no microfone.
O cubo é aquela peça que fica logo abaixo do bocal do microfone, e onde todas as emissoras pintam seu logotipo. Os carros usados pela emissora para levar os repórteres até os locais de manifestação também não tinham o logotipo da emissora.

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/06/microfones-da-globo-sem-o-logotipo-da-emissora.html

sábado, 15 de junho de 2013

Conheça cidades que têm transporte público de graça


Tarifa zero é possível? Conheça cidades que oferecem opções de transporte de graça organizadas por órgãos públicos e sem a participação de empresas privadas

Os protestos relacionados ao aumento da tarifa do transporte coletivo em São Paulo levantam, novamente, a discussão sobre o modelo de “Tarifa Zero”. A ideia é que os custos das passagens sejam inteiramente subsidiados por governos e prefeituras, sem que o cidadão precise pagar nada para usar o ônibus, metrô ou outros veículos incluídos na rede.
A ideia já foi considerada em São Paulo em 1990, na gestão de Luiza Erundina (PT) como prefeita. Para custear o sistema, seria implantado o “Fundo de Transporte”, que reservaria parte do dinheiro coletado no IPTU. Dessa forma, o custo do transporte coletivo para os cidadãos seriam proporcionais a seus ganhos salariais. Por apresentar um aumento no IPTU, o projeto sofreu resistência e não foi aplicado. Atualmente, o Movimento Passe Livre luta pela gratuidade no transporte coletivo, encarando a mobilidade dentro da cidade como inerente ao direito humano de acesso à cultura e a serviços públicos.
Mas será viável aplicar um modelo como esse? Confira alguns exemplos de municípios no exterior (e dois brasileiros) que conseguiram implantar a gratuidade do trasnporte coletivo:

Talinn, Estônia

Em 2013 a cidade de Talinn, capital da Estônia, implementou o esquema de transporte coletivo gratuito para habitantes, se tornando a primeira grande cidade europeia a adotar o esquema. Para fazer uso da rede completa, que inclui trens, ônibus e bondes, basta que o usuário apresente um cartão registrado na prefeitura (pode ser obtido com uma taxa de 2 euros). Internamente, o programa foi apelidado de “13o. salário”, já que usuários poderão economizar o equivalente a um salário mínimo anualmente – que, por políticos da oposição, foi visto como uma jogada populista para agradar eleitores.
A tarifa ‘gratuita’ custará aos cofres públicos o equivalente a 16 milhões de dólares, custos que devem ser cobertos com o estímulo à economia – de acordo com a prefeitura, foi registrada uma maior mobilidade nos fins de semana, indicando que pessoas saem de casa e gastam mais dinheiro no comércio e em atividades culturais. Já nos três primeiros meses de implementação, estima-se que o uso de carros na capital foi reduzido em 15%, enquanto o número de passageiros do sistema de transporte coletivo subiu 10%. Para suportar a maior quantidade de usuários, Talinn comprou 70 novos ônibus e 15 novas linhas de bonde. O objetivo é ser conhecida como “A Capital Verde” da Europa em 2018.
A cidade chinesa de Chengdu já sinalizou interesse em estudar o modelo de Talinn para oferecer transporte gratuito para seus próprios habitantes – a ideia seria diminuir a quantidade de veículos em suas ruas e amenizar seu trânsito caótico.

Sydney, Austrália

Algumas linhas centrais da cidade são gratuitas – entre elas dois exemplos de importância crucial para a movimentação de habitantes. A primeira percorre um trajeto no Central Business District, o coração da cidade, que conta com uma grande concentração comercial, assim como opções de programas culturais.
Outra linha cruza a região de Kogarah, região que possui muitos hospitais e escolas. Esses percursos são financiados, também, com o dinheiro público – direto dos cofres da prefeitura.

Changning, China

Desde 2008, tanto visitantes quanto habitantes de Changning, cidade da província de Hunan, na China, podem usar gratuitamente as três linhas de transporte coletivo. A iniciativa, que custou US$ 1 milhão aos cofres públicos, foi a primeira no país – em outros municípios, o transporte é controlado por empresas privadas que recebem um subsídio das prefeituras. Os custos de manutenção das linhas seriam cobertos por publicidade dentro dos ônibus e subsídios do governo. Logo de início, o uso de ônibus aumentou em dois terços.
Seguindo o modelo de Changning, a cidade industrial de Changzhi também adotou o de transporte coletivo gratuito em 2009.

Baltimore, EUA

Em Baltimore, cidade de cerca de 600 mil habitantes localizada no estado de Maryland, os ônibus são gratuitos e, além de tudo, híbridos – o que significa que o impacto ambiental é reduzido (não há emissões de gases em 40% do tempo de seu funcionamento). São três linhas conectadas a outras opções de transporte, como metrôs e trens.

E no Brasil?

Já existem cidades pequenas que usam os cofres públicos para financiar completamente seu sistema de transporte. Porto Real, no Rio de Janeiro, não apenas aboliu a tarifa de R$ 0,50 por trajeto, em 2011, como aumentou as linhas de ônibus que atendem o município. Com uma população pequena, de 16 mil habitantes, estima-se que 3 mil deles façam o uso do sistema diariamente. Outra cidade brasileira a adotar o sistema é Agudos, no interior de São Paulo, próxima a Bauru. A gratuidade também foi implantada em 2011, quando se extinguiu a tarifa de R$ 2,40 e, desde então, o uso dos ônibus aumentou em mais de 60%.
Para conhecer outras cidades que aderiram ao transporte coletivo gratuito (completamente ou em algumas linhas), confira o site Free Public Transport.

Folha e Estadão estimularam violência da PM e foram atendidos


De forma desonesta e irresponsável, Estadão e Folha incitaram a violência da PM em editoriais publicados antes do massacre de ontem. Ambos foram atendidos

Durante o quarto protesto por conta do aumento da tarifa de ônibus hoje em São Paulo, seis repórteres do grupo Folha foram alvejados à queima-roupa por um policial da Rota, na rua Augusta, em São Paulo. A bala era de borracha, mas os estilhaços feriram 6 profissionais. Dois deles, nos olhos. Essa foi apenas uma das dezenas de cenas de violência protagonizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo nesta quinta-feira na capital paulista. As prisões, muitas com indícios de arbitrariedade, contam-se às dezenas.
Poucas horas antes, pela manhã, os dois maiores jornais do Estado chegavam às bancas e às casas dos assinantes com editoriais defendendo uma ação mais dura da PM. O Estadão incitou a violência dos policiais claramente. A Folha, por sua vez, colocou a desocupação da avenida Paulista como ponto de honra, desde o título. Ambos foram atendidos:

“Chegou a hora do basta”, O Estado de S. Paulo:

“A PM agiu com moderação, ao contrário do que disseram os manifestantes, que a acusaram de truculência para justificar os seus atos de vandalismo (…) A atitude excessivamente moderada do governador já cansava a população. Não importa se ele estava convencido de que a moderação era a atitude mais adequada, ou se, por cálculo político, evitou parecer truculento. O fato é que a população quer o fim da baderna – e isso depende do rigor das autoridades (…) De Paris, onde se encontra para defender a candidatura de São Paulo à sede da Exposição Universal de 2020, o governador disse que “é intolerável a ação de baderneiros e vândalos. Isso extrapola o direito de expressão. É absoluta violência, inaceitável”. Espera-se que ele passe dessas palavras aos atos e determine que a PM aja com o máximo rigor para conter a fúria dos manifestantes, antes que ela tome conta da cidade.”

“Retomar a Paulista”, Folha de S. Paulo:

“É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia Militar precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na avenida Paulista (…) No que toca ao vandalismo, só há um meio de combatê-lo: a força da lei”.