Tropas de Israel abriram fogo neste domingo (5) contra manifestantes sírios e palestinos que tentavam cruzar a linha de cessar-fogo nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel. O confronto deixou 14 mortos e 225 feridos, segundo a TV estatal síria. Entre os mortos, estaria uma mulher e uma criança.
"Qualquer um que tentar cruzar a fronteira será morto", gritaram soldados israelenses para a multidão, através de alto-falantes, nas colinas ocupadas por Israel. O Exército e a polícia israelenses estavam em alerta máximo neste domingo diante da possibilidade de manifestações palestinas no 63º aniversário do que os palestinos chamam de "Naksa" (tragédia) - a derrota das forças árabes para Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, que definiu as atuais e contestadas fronteiras da região.
Confronto
Horas antes da violência coemçar, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que ele tinha ordenado às forças de Israel que agissem com moderação, mas com determinação, para impedir qualquer violação das fronteiras.
"Para a minha tristeza, hoje existem extremistas ao nosso redor, tentando violar nossas fronteiras e ameaçar nossas cidades e nossos cidadãos. Não vamos permitir que isso aconteça", disse Netanyahu ao seu ministério.
Reprimindo manifestantes que agitavam bandeiras palestinas, atiradores israelenses se posicionaram ao longo da fronteira síria. Um observador posicionado perto dos atiradores via os manifestantes com binóculos de longo alcance. Em certo momento, os manifestantes se voltaram para o leste em direção à Meca e rezaram.
Na Cisjordânia ocupada, cerca de 100 manifestantes palestinos se dirigiram até um posto de controle militar israelense, onde os soldados dispararam gás lacrimogêneo, e o grupo se dispersou.
Um médico palestino disse que 14 palestinos foram feridos por balas de borracha nos confrontos entre jovens que atiravam pedras e forças israelenses, que também utilizaram um "gambá móvel" - veículo que libera um líquido com forte odor sobre os manifestantes.
Da Redação, com agências
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