quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Caros Camaradas José Dirceu e José Genoino

Caros Camaradas José Dirceu e José Genoino,

A Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vem acompanhando com indignação o Julgamento de Exceção e a condenação injusta.

Repudiamos com veemência a ação do judiciário brasileiro, em especial o Supremo Tribunal Federal, serviçal à classe dominante no país, que há anos vem atuando contra a classe trabalhadora, os movimentos sociais e a luta política. 

Para os Movimentos Sociais, a criminalização representa um recuo das conquistas democráticas obtidas através das lutas históricas dos trabalhadores e trabalhadoras, das quais vocês são sujeitos protagonistas.

No último período, o MST também tem sido alvo da atuação parcial do judiciário, no que diz respeito ao bloqueio da Reforma Agrária, à continuidade da violência no campo, à perpetuação da impunidade aos crimes e massacres cometidos e perseguições políticas às nossas entidades jurídicas.

Essa atuação tem sido fortalecida pelos meios de comunicação de massa a partir de uma aliança de classe entre os setores dominantes, que arquitetam “shows midiáticos”, cerceando o direito à informação e à crítica. No caso desse julgamento, a aliança entre a Globo e o STF se tornam evidentes e revelam, mais uma vez, o poder de hegemonia da dominação.

Diante disso, reafirmamos o nosso compromisso em denunciar e combater as práticas promíscuas de parte do judiciário e da mídia burguesa brasileira. Seguiremos na luta pela construção de um país soberano, com participação popular efetiva e na construção intransigente da justiça social.

Expressando nossa indignação, nos solidarizamos e exigimos a liberdade imediata de vocês.

“CONTRA A INTOLERÂNCIA DOS RICOS, A INTRANSIGÊNCIA DOS POBRES”
Florestan Fernandes

São Paulo, 22 de novembro de 2013.

sábado, 16 de novembro de 2013

Uruguai anuncia retirada de seus soldados no Haiti

Para presidente, se em 10 anos país não conseguiu se estabilizar, é hora de pensar em outra solução

O Uruguai retirará em breve parte de suas forças de paz no Haiti, disse o presidente José Mujica, que ratificou a decisão de seu país de deixar de integrar a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti).

"O Uruguai continua mantendo sua decisão de ir embora e vai retirar por esses dias parte de suas forças, que não vai repor", informou Mujica em seu programa de rádio semanal "Habla el presidente", onde também enumerou os temas tratados em seu encontro no último domingo (16/11) com a presidente Dilma Rousseff.

Mujica afirmou que conversou com a presidente brasileira sobre o Haiti, onde acompanha o Brasil e outros países há quase 10 anos com uma força expedicionária, na tentativa de ajudar essa sociedade que passou por profundas crises, inclusive por um terremoto devastador.

"Manifestamos, e nisso concordamos com a senhora presidente, que não podíamos nos transformar em uma espécie de guarda pretoriana, se o governo desse país não evolui para realizar eleições e, finalmente, se não conseguem, com rapidez, saídas de caráter institucional por um lado e por outro, pôr em funcionamento uma polícia interna do Haiti que assuma o comando da segurança", acrescentou.

"Se em 10 anos não podemos resolver essas questões, evidentemente, nos parece que o caminho tem que ser outro", explicou Mujica.

O presidente uruguaio disse que o tema será discutido com representantes de todos os países que contribuem com tropas à Minustah, comandada pelo Brasil, mas ratificou que o Uruguai mantém sua decisão de deixar de integrar essa força de paz.

O Uruguai é o país que mais contribui com as forças de paz da ONU em relação a sua população. Atualmente conta, no Haiti, com 840 oficiais do Exército e uma centena da Marinha.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/32444/mujica+anuncia+retirada+de+soldados+uruguaios+no+haiti.shtml

BISPO E PASTOR DE IGREJA EVANGÉLICA SÃO FLAGRADOS COM ADOLESCENTE DE 17 ANOS EM MOTEL

Policiais Militares de Toledo, detiveram na tarde de hoje, as pessoas de Ricardo Edmundo da Silva, de 38 anos, que se intitula Bispo e Lindenberger Assis de Souza, de 40 anos, que seria o pastor da Igreja Livro da Vida, instalada na cidade de Toledo, os quais foram flagrados no interior de um quarto de motel na cidade de Toledo, com uma adolescente de 17 anos. Segundo as declarações dadas ao site RADARBO pelo Bispo Ricardo, ele vem sendo seguido por uma pessoa que quer a todo custo, lhe prejudicar e negou que tivesse feito algo com a adolescente. “Eu fui buscar a adolescente em Bragantina, para um ensaio para uma apresentação que ocorrerá na igreja e a menina vinha para Toledo com esse objetivo. Eu percebi que um carro estava nos seguindo e então, fui até um supermercado no Jardim Porto Alegre, liguei pro Linderberger e contei para ele e ele veio até nós e seguimos até o motel só para descobrirmos quem nos seguia. Entramos num dos quartos do motel, quando alguns minutos depois bateram na porta, mas nós não fizemos nada, não houve nada íntimo com a menina.” Contou o Bispo Ricardo. O Radarbo, na presença do Conselho Tutelar e da mãe da adolescente, conversou com a menina para saber se teria ocorrido alguma coisa no motel e ela confirmou que sim. “Ele me pegou de moto em casa, por volta das 13h00min e viemos para Toledo e fomos até o supermercado e lá, o Linderberger veio de carro e fomos para o Motel, onde ficamos por uns 20 minutos até que a polícia e o Conselho Tutelar chegaram. Eu tive relacionamento com o Bispo Ricardo sim, mas com o Linderberger não, ele apenas me beijou, mas não na boca, no pescoço, me acariciou. Neste ano foi a terceira vez que nós nos relacionamos, eu era virgem e foi ele quem tirou a minha virgindade.” Declarou a menor, na presença da mãe e de uma conselheira. Agora a Polícia Civil deverá interrogar a todos e os acusados deverão responder pela acusação de estupro.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=707928715886870&set=a.414046578608420.107931.217686741577739&type=1

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Página na web incita violência contra as mulheres

Os números divulgados sobre a violência contra as mulheres no Brasil, são alarmantes e revelam, que em dez anos, entre 2001 e 2011, ao menos 50 mil mulheres foram mortas. O dado é do estudo "Violência contra a Mulher: feminicídios no Brasil" realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea) e divulgado nesta quarta-feira (25). Estima-se que ocorreram, em média, 5.664 mortes de mulheres por causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada dia, ou uma a cada hora e meia (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-09-25/lei-maria-da-penha-perde-forca-e-15-mulheres-morrem-por-dia-no-pais.html).

Mas, se não bastasse toda essa onda de violência contra as mulheres, uma página na web incita a violência contra as mulheres (http://www.homemdebem.org/estuprem-e-matem-uma-vagabunda/), em uma postagem o site sugere, que se "Estuprem e matem uma vagabunda", o site também destila ódio e incita a violência contra as feministas, gays, esquerdistas, etc.

Esta página vai continuar no ar até quando? E seus responsáveis serão punidos por incitação a violência? Ou só site e blogs que criticam os donos do poder é que são punidos?

 


 

Globo e teles se unem contra a liberdade na rede

“Globo e teles se unem para censurar a internet no país”, denuncia presidente da comissão do Marco Civil

 O presidente da Comissão Especial que analisou na Câmara o projeto de lei do Marco Civil da Internet, deputado João Arruda (PMDB-PR), pelo Twitter, denunciou neste domingo (3) conluio entre as teles e a Rede Globo para censurar a internet no país.

Segundo o parlamentar, que comandou diversas audiências públicas sobre o tema em vários estados, a emissora e tevê carioca e as empresas de telefonia intensificaram lobby no Congresso Nacional visando desfigurar o Marco Civil para atender seus interesses econômicos.

Na próxima terça (5), o projeto deverá ser votado e duas questões entraram na alça da mira dos lobistas da Globo e das teles: 1- contra a neutralidade da rede e 2- direitos autorias na internet.

A neutralidade da rede significa que todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma, navegando a mesma velocidade. É esse princípio que garante o livre acesso a qualquer tipo de informação na rede [que vigora hoje].

As teles e a Globo defendem que sejam cobrados pacotes por faixa de consumo de dados e de tempo de uso da internet. Assim, elas ganhariam mais dinheiro e os usuários as deixariam mais ricas.

A segunda questão, explica João Arruda, diz respeito a direitos autorais na rede. “Hoje existe algo chamado “notice and take down” que dá liberdade para qualquer pessoa se intitular dona de conteúdo e pedir a retirada. Só depois que um provedor retira o conteúdo é que o processo tramita na Justiça. Por causa disso, sites e blogs já foram multados absurdamente por não retirar conteúdo de postagens que não conseguem mais controlar”.

“Depois que o Marco Civil for aprovado ninguém será obrigado a retirar conteúdo sem ser notificado pela Justiça”, aponta o presidente da Comissão.

João Arruda afirmou que a Globo e as teles fingem uma disputa com o intuito de criar uma cortina de fumaça para enfraquecer o debate e desmoralizar o projeto do Marco Civil da Internet.


http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/11/04/globo-e-teles-se-unem-contra-a-liberdade-na-rede/

Ex-presidente da Anamatra: “A terceirização é uma forma selvagem de precarização”

Na última semana, o juíz do Trabalho da 10ª Região e ex-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Grijalbo Fernandes Coutinho, participou de um seminário sobre terceirização realizado na Escola Judicial do TRT4. Na ocasião, Grijalbo Coutinho concedeu ao site do TRT4 a entrevista que segue, onde fala sobre a terceirização e o Projeto de Lei 4.330/04.

Quais são os impactos da terceirização para o trabalhador?
Na minha compreensão, os impactos são todos negativos para o trabalhador. Não há sequer uma vantagem. A terceirização surge com maior intensidade a partir dos anos 70 e ganha corpo definitivamente no Brasil na década de 90. Hoje é uma verdadeira febre.
A terceirização tem dois propósitos muito evidentes: o econômico e o político. Sua razão econômica é permitir aos patrões a diminuição de custos com a exploração da mão de obra. Vários argumentos são usados no sentido de que se trata de especialização, de racionalização, mas tudo isso é secundário. A outra razão é a de cunho político. Nesse ponto o objetivo é dividir os trabalhadores, fragmentá-los, especialmente em suas representações sindicais.
A ideia de que a terceirização cria novos postos de trabalho é inverídica. Os postos de trabalho são uma necessidade de determinado setor. Ou você utiliza a mão de obra contratada diretamente pelo tomador de serviços ou o faz por meio da terceirização.

O senhor menciona um crescimento da terceirização no Brasil nos anos 90. Por que isso ocorreu?
Esta foi uma tendência mundial. O capital se reestruturou a partir dos anos 70. Houve uma crise econômica evidente, a crise do petróleo, do capitalismo norte-americano. E o capitalismo foi bastante hábil para se reinventar, para continuar com aquela máxima de gerar lucro e criar riquezas materiais. Uma das formas de fazer isso é justamente diminuir o poder do trabalho e de todas as suas organizações. Nada foi por acaso.
Assim como se verifica, a partir dos anos 90, um processo intenso de privatização e de esvaziamento do Estado, por outro lado há um duro golpe contra o trabalho. Houve a reestruturação dos modos de produção, com utilização intensa dos recursos da robótica e da microeletrônica, e a fragmentação da cadeia produtiva. Essa fragmentação ocorre tanto na terceirização interna quando na externa.
A terceirização externa é observada principalmente nas grandes empresas automotivas, onde a fragmentação é total. As peças de um carro são fabricadas em diferentes regiões e países, sempre com o intuito de se conseguir o menor custo. Na terceirização interna, contrata-se um empregado e arranja-se uma pessoa para figurar como intermediário de mão de obra. As duas formas são terríveis para o trabalhador. A diferença é que na interna a fraude é escancarada, e na externa é menos perceptível.

Leia mais:
http://www.viomundo.com.br/denuncias/juiz-do-trabalho-a-terceirizacao-e-uma-forma-selvagem-de-precarizacao.html