quarta-feira, 25 de maio de 2011

Jovens se mobilizam na Espanha

20 de maio de 2011

Após o processo revolucionário na Tunísia, em que os jovens estiveram na linha de frente das mobilizações. O vento revolucionário soprou para a Europa, ainda que com suas particularidades. Publicamos abaixo comunicado da Organizácion Revolucionaria de la Juventud (ORJ), aderente espanhola da Internacional Revolucionária da Juventude em relação a situação.

Organizemo-nos! É possível impor os direitos da juventude, dos trabalhadores e dos povos!


A situação está impossível
5 milhões de desempregados, um milhão deles sem qualquer benefício. E nos prometem um desemprego maciço por anos, para que os banqueiros tapem seus buracos e se forrem.
[Milhares se mobilizam na praça do sol em Madrid]
Desmantelam a Educação, a Saúde, a Previdência, todo o público, hundiendo as condições de trabalho e de vida para que os especuladores façam negócio com estas necessidades básicas. Negam o presente e o futuro às gerações jovens.

Este é o Plano de Ajuste exigido pelos banqueiros, imposto pela ditadura de Bruxelas (sede da União Europeia) e do FMI, pisoteando a vontade soberana dos povos do Estado espanhol.

Basta de submissão!
O governo Zapatero, os dirigentes das forças parlamentares que foram criadas pela maioria trabalhadora, os dirigentes dos grandes sindicatos erguidos e sustentados pelos trabalhadores, todos se submetem à lei de reduzir o déficit e os gastos públicos imposta pela ditadura de Bruxelas e pelo FMI, a cujo serviço está a monarquia.

E para impor esta lei, reprimem a grevistas, partidos e candidaturas, mobilizações de jovens.

A grande maioria, nós não aceitamos
A atitude destes dirigentes nada tem a ver com a vontade da maioria trabalhadora, da juventude, dos filiados dos sindicatos e dos partidos de esquerda.

Em 29 de setembro, fomos em milhões à greve central usando as organizações dos trabalhadores, mas esta luta tem sido traída pelas cúpulas dirigentes.

Em Murcia, agora na Catalunha, centenas de milhares de trabalhadores se mobilizam para reverter os cortes orçamentais que inundem os serviços públicos. Utilizam as organizações, e não que os dirigentes aceitem os cortes em seu nome.

Enquanto isso, dezenas de milhares de jovens saem para a rua porque querem democracia e mundaças sociais.

A maioria, estamos pela nacionalização da bancária, retirar poder dos grandes grupos econômicos.

A maioria, estamos contra a guerra, pela retirada das tropas espanholas da Líbia, Afeganistão, etc.

A democracia significa que a vontade da maioria seja lei. Acabar com a ditadura do capital financeiro, e todos que se submetem à Bruxelas e ao FMI.

É preciso conquistar a soberania dos povos do Estado espanhol (e dos demais povos) para conquistar trabalho, estudo e habitação.

Organizemo-nos
Há alguns meses, os estudantes e também os professores da Universidade Rey Juan Carlos fizeram uma grande mobilização contra o cortes nos orçamentos das universidades. Têm razão: em todas as universidades estes cortes estão destruindo a Educação e - com a ajuda dos processos de Bolonha – o valor dos diplomas. Por que ficar isolados? Por que os sindicatos de professores, as associações de estudantes de todas as universidades não se coordenam para extender esta luta?

O interesse dos jovens que reivindicam trabalho, educação, habitação encontra com os interesses dos trabalhadores que lutam com os demitidos, em defesa da saúde e educação, buscando usar e arrastar suas organizações.

Juntos, podemos. Para ganharmos, é preciso unir todas as forças, organizações e coletivos, incorporar a todo o povo. Como têm feito os trabalhadores e jovens de Tunis, empreendendo uma revolução social baseada na recuperação dos sindicatos e nos comitês populares.

Nós, jovens, precisamos nos organizar. Precisamos nos unir em defesa de nossas reivindicações e buscar a unidade com os trabalhadores e suas organizações para botar abaixo a política do ajuste. Avancemos para assembléias de massa e unidade contra os cortes nos orçamentos das universidades, por um plano de criação de empregos públicos e de habitação pública, pela nacionalização do sistema bancário. Assembleias baseadas na liberdade de opinião e filiação, dirigidas por representantes eleitos e com mandato revogável. E criemos organizações democráticas, e não manipuladas por uns poucos.

Leiam no Boletim Internacional da Juventude como se entrelação em todo o mundo a luta dos membros da Internacional Revolucionária da Juventude. De nossa parte, preparamos um boletim de debate sobre os jovens e a luta pela democracia e mudanças sociais. Enviem-nos vossas contribuições.
ORJ - Organizácion Revolucionaria de la Juventud
Tradução: Priscilla Chandretti

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