sábado, 24 de dezembro de 2011

Denuncias de abusos cometidos por Tropas Brasileiras no Haiti

17 de dezembro de 2011

Comunicado Público do Comitê Defender o Haiti é Defender a Nós Mesmos


Uma nova denúncia contra as tropas da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) : violência contra três jovens haitianos em Fort Dimanche, bairro de Porto Principe, capital do Haiti.

Novamente uma triste notícia. Mas desta vez é o Exército Brasileiro que é acusado de maus tratos no Haiti a três jovens: Gilbert Joseph 29 anos, Basile Amos 19 anos e Abel Joseph 20 anos.

Segundo as agências de notícias internacionais foi aberta uma investigação de "denúncia de agressão contra três jovens por um grupo de oito membros da equipe brasileira" .

A denúncia se tornou pública na quarta-feira durante uma entrevista coletiva da Rede Nacional de Defesa dos direitos Humanos (RNDDH). A imprensa haitiana publicou imagens que mostram sinais de ferimentos nos corpos dos jovens que acusam as tropas brasileiras.

Não se trata de uma novidade. O Comitê "Defender o Haiti é Defender a nós Mesmos" já informou diversas vezes o governo brasileiro de inúmeras violações dos direitos humanos e da soberania nacional por parte das forças da MINUSTAH.

Dia após dia são flagrados crimes pelas tropas da ONU comandadas pelo Exército Brasileiro.

Dia após dia as percebemos que as tropas brasileiras não levam ajuda ou paz, mas sim vão lá para serem doutrinadas na tortura e em tantos outros crimes contra o povo do Haiti.

Dia após dia os comandantes do Exército Brasileiro treinam os jovens soldados não na solidariedade, mas na desumanidade. São os manuais dos anos de chumbo da ditadura militar que são aplicados lá, para preparar tropas para agirem no Brasil. O que fazem lá, como os próprios comandantes admitem, é um laboratório de táticas militares para serem aplicadas nos morros e favelas do Brasil.

Nós, do Comitê “Defender o Haiti é Defender a nós Mesmos” fizemos parte da organização, em 5 de novembro de 2011, de um Ato Continental pela Retirada das Tropas da ONU que contou com a presença de 600 pessoas, vindas de 11 Estados brasileiros, e uma mesa formada por participantes de 7 países – EUA, Haiti, Bolívia, Argentina, Uruguai, França e Brasil, na Câmara Municipal de São Paulo. Esse ato reafirmou o compromisso de diversas entidades sindicais, estudantis, populares e políticas com essa bandeira.

Mais uma vez afirmamos: é preciso que isso acabe. Nos dirigimos a presidente da República Dilma Russeff e ao Ministro da Defesa Celso Amorim para exigir: parem com essa vergonhosa ocupação. O Brasil não precisa dessa mancha em sua história. RETIREM IMEDIATAMENTE AS TROPAS BRASILEIRAS DO HAITI.
http://www.juventuderevolucao.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1067

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Universidade brasileira responsabiliza ONU por surto de cólera no Haiti

A Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma), no Rio Grande do Sul, responsabiliza a ONU (Organização das Nações Unidas) pelo surto de cólera no Haiti; a doença já matou aproximadamente 7 mil pessoas e contaminou outras 500 mil no país. A denúncia, de 29 páginas, foi enviada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos no dia 30 de novembro.

O processo feito pela instituição gaúcha através do projeto Brasil-Haiti foi baseado em estudos científicos que afirmam que a ONU tem participação efetiva na disseminação da doença, possivelmente transportada ao Haiti por meio de soldados nepaleses a serviço da organização na base militar da Minustah em Mirebalais, onde foi localizado o foco da cólera. Por outro lado, a Organização das Nações Unidas assegura que a epidemia foi resultado da confluência de circunstâncias.

Cólera atinge 5% da população haitiana

“Até o momento, mesmo com todas as comprovações científicas da origem da epidemia, sequer um pedido de desculpas oficial a ONU formulou com relação à introdução [mesmo que não intencional] dessa doença, que era era registrada país há aproximadamente cem anos”, comenta a advogada e consultora do projeto “Brasil – Haiti”, Maria Carolina Silveira Beraldo. “Trabalhamos intensamente durante quatro meses para finalizar a denúncia, mas o mais difícil será ultrapassar a barreira da imunidade da ONU”, completa.

Indenização
Além do reconhecimento da culpa e do pedido de desculpas ao povo haitiano, a Fadisma reivindica que a ONU repasse US$ 500 milhões para a reestruturação do sistema de saneamento básico do país, bem como a indenização das vítimas e de suas famílias.

“Não podemos assistir passivamente ao que está acontecendo. Nós nos sentimos moralmente obrigados a colocar o instrumento jurídico a serviço da população daquele país”, diz a professora de Direito Internacional e Organizações Internacionais da Fadisma e vice-coordenadora do projeto “Brasil – Haiti”, Cristine Koehler Zanella. “Nossa missão é evitar um silêncio que vem junto com as causas que envolvem as pessoas mais esquecidas do mundo”, acrescenta.

http://br.noticias.yahoo.com/universidade-brasileira-responsabiliza-onu-por-surto-de-colera-no-haiti.html

ONU investiga acusações contra brasileiros no Haiti

NAÇÕES UNIDAS, 16 Dez (Reuters) - A ONU anunciou nesta sexta-feira a abertura de um inquérito sobre acusações de lesão corporal e tentativa de homicídio supostamente cometidas por soldados brasileiros no Haiti, em mais um incidente que abala a imagem da força internacional de paz no país.
A imprensa haitiana disse que vários soldados da Minustah (força da Organização das Nações Unidas no Haiti) agrediram duramente e deixaram à morte três jovens haitianos no começo desta semana.
"A missão está fazendo de tudo para estabelecer os fatos assim que possível", disse Farhan Haq, porta-voz da ONU, a jornalistas.
"(A Minustah) reitera sua política de tolerância zero a respeito dos desvios de conduta do seu pessoal, e irá examinar todas as acusações com a máxima seriedade", afirmou.
Não é a primeira vez que a Minustah é recriminada no Haiti. Muitos haitianos já exigiram a retirada completa dessa força devido às suspeitas de que soldados nepaleses da ONU teriam iniciado uma epidemia de cólera no país, ao contaminarem um rio com fezes. A acusação motivou violentos distúrbios no ano passado.
No começo desse ano, surgiram acusações de que soldados uruguaios teriam violentado sexualmente um homem.
Em outubro, o Conselho de Segurança da ONU decidiu reduzir em 2.750 soldados e policiais o contingente da Minustah, mantendo-a com pouco menos de 10.600. Dessa forma, a força internacional voltou ao mesmo tamanho que tinha antes do terremoto que devastou Porto Príncipe em janeiro de 2010.

(Reportagem de Louis Charbonneau)
http://br.noticias.yahoo.com/onu-investiga-acusa%C3%A7%C3%B5es-contra-brasileiros-no-haiti-220131910.html

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Padres são condenados a prisão por pedofilia em Arapiraca

Juiz proferiu sentença na tarde desta segunda; acusados podem recorrer

Eduardo Almeida e Janaina Ribeiro

Os monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes e o padre Edílson Duarte foram condenados pela Justiça, na tarde desta segunda-feira (19), por abusar de ex-coroinhas que frequentavam as paróquias comandadas por eles. Os religiosos são réus em processos por atentado violento ao pudor e foram acusados da prática do crime de pedofilia, após denúncias e a divulgação de vídeos – feitos e tornados públicos pelas próprias vítimas – na imprensa nacional.

Conforme sentença, o mosenhor Luiz Marques Barbosa foi condenado a 21 anos de prisão; Raimundo Gomes e Edílson Duarte foram sentenciados a 16 anos e quatro meses de cadeia. Embora a sentença já tenha sido proferida na tarde de hoje, pelo juíz da Vara da Infância e da Juventude de Arapiraca, João Luiz de Azevedo Lessa, os três acusados continuarão em liberdade e os advogados de defesa vão ter cinco dias para recorrer da decisão, a partir da data em que seus clientes receberem a sentença.

Se, transcorrido o prazo limite, a defesa não impetrar os recursos cabíveis ao caso, os sacerdores serão presos.

Relembrando o caso

Um vídeo que mostra imagens do monsenhor Luiz Marques Barbosa, de 82 anos, mantendo relações sexuais com um jovem identificado como Fabiano Ferreira, divulgado em um programa da TV aberta brasileira, foi o início de um verdadeiro escândalo que deixou a população arapiraquense estupefata. A reportagem foi ao ar em março do ano passado.

A imagem exibe o monsenhor Luís Marques sem roupa e com Fabiano Ferreira na cama. Na matéria que foi ao ar, além da cena de sexo, os ex-coroinhas Fabiano, Flávio e Anderson foram entrevistados e reafirmaram ter sido explorados sexualmente desde crianças. Um garoto de 11 anos também denunciara o assédio na mesma reportagem.

Num dos trechos da matéria, Fabiano chegou a dizer que o relacionamento com o monsenhor teve duração de oito anos. Ele também afirmara que, durante as celebrações religiosas, quando do momento do desejo da ‘paz de Cristo’ entre os fiéis, Luiz Marques se aproveitava para abraçá-lo e fazer declarações de amor em seus ouvidos. O sacerdote também teria feito atos obscenos no altar.

Ainda segundo o ex-coroinha, o envolvimento teve início quando o religioso começou a dizer que ‘tinha medo de dormir sozinho’. A mãe do jovem, diante do apelo do monsenhor para que seu filho o acompanhasse nas noites em casa, permitiu que Fabiano passasse a dormir na residência do sacerdote. Em pouco tempo, Luiz Marques teria assediado Fabiano, à época, com 12 anos. A relação teria começado com sexo oral.

O escândalo ganhou repercussão internacional após ser explorado pela mídia brasileira. Os três foram afastados das atividades sacerdotais pelo bispo Dom Valério Brêda e até o Vaticano se pronunciou oficialmente sobre as denúncias. Em 16 de março do ano passado, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, reafirmou o afastamento dos religiosos. “Eles já foram suspensos de suas competências eclesiásticas e estão no centro de um processo canônico por suspeita de pedofilia”, declarou ele naquela ocasião.

Apesar das denúncias, os advogados dos três religiosos alegaram, durante todo o trâmite processual, que os seus clientes eram inocentes. A defesa do monsenhor Luiz Marques, na ocasião dos depoimentos à Justiça, em julho deste ano, chegou a afirmar que o religioso sofreu um processo de extorsão por parte dos ex-coroinhas e que o vídeo só foi divulgado porque os jovens não teriam conseguido dinheiro.

Mas, apesar dos advogados apelarem pela inocência dos religiosos, os próprios acusados admitiram envolvimento com os ex-coroinhas. O monsenhor Luiz Marques chegou a se comparar com Jesus Cristo, disse que a população estava o 'crucificando' e pediu 'perdão' ao fiéis de Arapiraca. Já o padre Edílson Duarte confessou que manteve relações sexuais com duas das vítimas e que as pagou com dinheiro do 'dízimo' ofertado pelos cristãos que frequentavam a sua igreja.

Os três sacerdores foram ouvidos pela CPI da Pedofolia, presidida pelo senador Magno Malta (PR) e tiveram seus nomes constados no relatório da Comissão que apura casos relacionados ao tema em todo o Brasil.

http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=247196

sábado, 17 de dezembro de 2011

SP: usineiros incentivam crack para cortadores trabalharem 14 horas

RICARDO F. SANTOS

Em algumas plantações de cana-de-açúcar no interior do Estado de São Paulo, existem alguns funcionários que, sonho de qualquer usineiro, conseguem trabalhar cerca de 14 horas por dia sem interrupção. O segredo da produtividade é pequeno, barato e cada vez mais fácil de conseguir: o crack. As consequências para o ‘superfuncionário’, porém, são conhecidas: após poucos anos, uma saúde devastada e, não raro, a morte.

Esse é um dos usos crescentes da droga que mais surpreenderam a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, da Assembleia Legislativa de São Paulo. A comissão, formada por 29 parlamentares, fez um levantamento inédito sobre a proliferação do entorpecente no Estado, e o apresentou nesta terça-feira.

Segundo o deputado estadual Donisete Braga (PT), as regiões onde a prática é mais comum são Ribeirão Preto, Vale do Ribeira, Pontal, São José do Rio Preto e Alta Paulista, onde há forte indústria sucroalcooleira. “Os funcionários fazem uso da droga para agregar valor físico e aumentar a produção”, explicou, acrescentando que, em geral, os trabalhadores são pagos pela produtividade. “Após quatro ou cinco anos, são afastados, demitidos.” Como a maioria não possui vínculo formal de trabalho, os trabalhadores nada recebem depois da prestação do serviço, e resta-lhes apenas a saúde debilitada pelo crack.

“Há uma liberação do consumo de crack por parte das usinas”, afirmou Braga. “Essa prática acontece com plena conivência dos empresários e das autoridades”, completou o deputado Major Olímpio (PDT-SP).

As informações compiladas pelo levantamento, afirmou Braga, são o primeiro passo para acabar com essa situação. Segundo o parlamentar, a partir delas será possível fiscalizar e acompanhar o uso da droga no Estado, e definir ações de erradicação. A pesquisa feita pela Assembleia abordou políticas públicas, investimentos e programasde combate a drogas, e foi respondida por 325 dos 645 municípios do Estado, que concentram 76% da população.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5360490-EI306,00-SP+usineiros+encorajam+uso+do+crack+entre+maodeobra.html

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Privataria Tucana

‘A Privataria Tucana’ gera repercussão nas redes sociais e tem esgotamento relâmpago nas livrarias

O livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., já esgotou os 15 mil exemplares em apenas um dia e tem gerado repercussão nas redes sociais desde que foi lançado, na sexta-feira (9). A obra relata irregularidades durante o processo de privatizações de empresas públicas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O personagem central dessa história é o ex-governador de São Paulo José Serra, então ministro do Planejamento de FHC. O sucesso da publicação é tamanho que o e-book já está disponível na web e o assunto ganhou a hastag#PrivatariaTucana no microblog Twitter.

A obra, de 343 páginas, apresenta documentos de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, recolhidos em fontes públicas, como arquivos da CPI do Banestado.
Uma das maiores polêmicas que envolve o livro é a falta de atenção dada pelos grandes veículos de comunicação, com exceção da revista “Carta Capital”. A falta de credibilidade de Amaury Ribeiro Jr. seria o argumento para não divulgar as denúncias publicadas pelo jornalista. No ano passado, ele foi indiciado pela Polícia Federal sob a acusação de espionar José Serra e família durante a campanha eleitoral à presidência da República.

“Os citados no livro ‘A Privataria Tucana’ seguem em profundo silêncio. A mídia, sempre pronta para investigar e manchetar [como é do seu ofício], também segue em silêncio. Um silêncio estrondoso. Se continuar assim, um silêncio estremamente revelador”, disse o comentarista político do Jornal da Gazeta Bob Fernandes.

Veja o comentário de Bob Fernandes na íntegra:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pJQFijdzRWw

A editora Geração Editoral, que não esperava o sucesso de vendas do livro, garantiu a distribuição de mais 30 mil cópias a partir da próxima segunda-feira (19). Aproximadamente metade dessa quantidade já está encomendada.

Serviço
Autor: Amaury Ribeiro Jr.
Formato: 16 x 23 cm.
Páginas: 344
Categoria: Reportagem-denúncia
Preço: R$ 34,90
Outras informações: www.geracaoeditorial.com.br
http://br.noticias.yahoo.com/privataria-tucana-gera-repercussao-esgotamento-livrarias.html

Para baixar o e-book:
http://is.gd/DrDNjZ

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Canal culpa "Os Muppets" por onda de protestos no mundo

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Conservadores americanos finalmente acharam o culpado pelas ondas de protestos em centros financeiros do país e do mundo: Hollywood.

Mais especificamente "Os Muppets", de acordo com o canal de notícias Fox News, que dedicou sete minutos de seu programa econômico para explicar como o novo longa dos bonecos está fazendo "uma lavagem cerebral em nossas crianças com mensagens anticorporativas".

No filme da Disney, a turma de Kermit (ex-Caco) e Miss Piggy luta contra um rico executivo do petróleo que quer derrubar o antigo teatro dos Muppets, atualmente abandonado em Hollywood, para procurar óleo.

"É incrível como a esquerda vai longe para manipular as crianças [...] Hollywood, a mídia, a esquerda, todos odeiam a indústria do petróleo", disse Dan Gainor, do conservador grupo Media Research Center.

Divulgação
Jason Segel entre Kermit e Miss Piggy em "Os Muppets"
Jason Segel entre Kermit e Miss Piggy em "Os Muppets"

"Não é à toa que temos um bando de garotos ocupando Wall Street, sendo doutrinados por anos por este tipo de coisa [...] que corporações são ruins, que a indústria do petróleo é ruim", continuou Gainor, citando os filmes "Syriana" e "Sangue Negro".

"Ninguém quer lembrar o que o petróleo significa para a maioria das pessoas, que aquece suas casas, ilumina os hospitais", completou.

Tamanha acusação turbinou o Twitter de piadas infames, uma delas brincando com a ideia de Kermit, Piggy e Gonzo serem comunistas investigados por republicanos.

"Sr. Sapo, o senhor já foi comunista", tuitou o blogueiro Oliver Willis. "Sr. Sapo, é verdade ou não que o senhor e seus camaradas tentaram uma vez 'conquistar' Manhattan?", perguntou, fazendo trocadilho com o filme "Os Muppets Conquistam Nova York"(1984).

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1018779-canal-culpa-os-muppets-por-onda-de-protestos-no-mundo.shtml

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse

Os governantes sionistas já não têm mais do que reclamar. Depois da invasão e ocupação do Afeganistão, do Iraque e da Líbia pelos Estados Unidos, Israel deixou de ser o único detentor do título de último Estado colonialista do planeta.

Palestina, Iraque e Líbia, países semitas que, juntamente com o Afeganistão são de predominância religiosa islâmica, pagam o preço da ignorância e da campanha de difamação e racismo da mídia ocidental, que acusa o islamismo de intolerante, mas não informa que no Afeganistão existe há séculos, uma Mesquita de Maria, em homenagem à mãe de Jesus.

Alguém conhece alguma Igreja ou Sinagoga com o nome de ( Muhammad) Maomé?

Quem é o intolerante?

No Marrocos, país árabe-islâmico, o judaísmo é a segunda religião. Alguém já ouviu falar em perseguição aos judeus?

No Egito, outro país árabe-islâmico, os cristãos ortodoxos coptas são a segunda religião, e o que dizer do Líbano, hoje país de maioria islâmica governado por um cristão?

Quem é intolerante?

Nos países árabes-islámicos quando o pai fica idoso, ele envelhece e não apodrece. Idoso em árabe é sinônimo de Sheikh, ou seja, pessoa sábia e depositária do saber. Ali, não existe a excrescência denominada “asilo de velhos” ou “casa de repouso”.O idoso fica com a família até o último suspiro.

Na Enciclopédia Judaica está escrito que a época de maior esplendor do judaísmo aconteceu sob os governantes árabes muçulmanos .

Quem é intolerante?

Os talibãs (estudantes), que chegaram ao poder no Afeganistão com o apoio dos Estados Unidos, foram mais tarde acusados de terroristas não por causa do atentado de 11 de setembro, já que os supostos autores do atentado em sua maioria eram da Arábia Saudita.

E aqui abro um parêntese para reafirmar pela enésima vez que considero uma afronta à inteligência sugerir que tenham sido muçulmanos os autores do atentado de 11 de setembro.

E alguém se importa?

Mas, voltando aos talibãs, a mídia ocidental passou a considerá-los inimigos a partir do momento em que eles se recusaram a liberar o plantio e a produção de ópio. Hoje, graças à democracia americana, o Afeganistão tornou-se o maior produtor de ópio do mundo.

Aliás, para aqueles que não consideram um insulto exercer o raciocínio, basta ver o que acontece na vizinha Colômbia que, ocupada pelas forças armadas dos Estados Unidos, não cessa de aumentar sua produção de cocaína.

Os soldados americanos não combatem pelas armas, mas pelo crime.

Droga, indústria bélica, especulação financeira e mídia pilantra são os Quatros Cavaleiros do Apocalipse que, irmanados, governam a humanidade hoje.

Até quando?
http://blogdobourdoukan.blogspot.com/

E abaixo você vê como os israelenses tratam
prisioneiros palestinos

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Campanha de Israel irrita judeus americanos

Uma campanha publicitária do governo de Israel para convencer expatriados israelenses a deixar os Estados Unidos e retornar para as suas casas em cidades como Jerusalém e Tel-Aviv irritou a comunidade judaica americana. Depois de protestos, o premiê Benjamin Netanyahu ordenou a suspensão imediata das mensagens.

"Apesar de entendermos a lógica por trás da campanha israelense de tentar convencer seus cidadãos que vivem nos EUA a voltar para Israel, estamos preocupados porque algumas pessoas podem se sentir ofendidas pela forma como os vídeos descrevem os judeus americanos", disse Abraham Foxman, diretor-executivo da Liga Anti-Difamação, considerada a principal organização de combate ao antissemitismo e preconceito no país.

Três vídeos fazem parte da campanha, que também utiliza outdoors em cidades como Nova York, Los Angeles e Boston. No primeiro deles, um menino chama o pai que está que está dormindo no sofá com uma revista The Economist no colo. "Daddy" ("papai", em inglês), repete seguidas vezes a criança. Apenas depois de mudar para "abba" ("papai" em hebraico), o pai acorda. De acordo com o comercial, o pai pode manter a identidade israelense, mas o filho a perderá com o tempo e será americano.

Um segundo vídeo mostra uma conversa por videoconferência dos avós em Israel com a neta nos EUA. Os dois estão com o candelabro do Hanukkah, festividade judaica de oito dias que cai normalmente em alguma data entre o fim de novembro e de dezembro, e perguntam para a menina qual feriado ela está celebrando. A criança responde que é o Natal, deixando os avós de cara fechada.

Para completar, um terceiro vídeo mostra um casal jovem voltando para casa em Nova York. Israelense, a menina fica em silêncio ao entrar no computador e observar o dia em memória dos soldados israelenses mortos defendendo o país. O namorado, judeu americano, continua falando sem entender o que está acontecendo. Segundo o Jewish Channel, em Nova York, em crítica à campanha publicitária, "o objetivo é dizer que israelenses perdem a identidade ao se casarem com judeus americanos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://br.noticias.yahoo.com/campanha-israel-irrita-judeus-americanos-111000301.html

domingo, 4 de dezembro de 2011

"Chevron pode ser expulsa do Brasil", diz ministro de Minas e Energia

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou neste sábado que a petrolífera americana Chevron pode ser "expulsa" do país caso não cumpra os acordos para reparar os danos causados pelo vazamento de petróleo na bacia de Campos.

"A empresa já foi fortemente penalizada pelo que fez e foi suspensa de fazer novas perfurações no Brasil, embora seja a segunda maior empresa do mundo", afirmou Lobão aos jornalistas na cidade de Teresina, capital do Piauí.

O ministro lembrou que a Chevron deve pagar a multa de R$ 50 milhões que foi imposta pelas autoridades e também se responsabilizar pelos danos causados ao meio ambiente, que ainda não foram totalmente quantificados.

"Estamos atentíssimos no sentido de que cumpra o seu papel ou então (a Chevron) será expulsa do Brasil", completou Lobão.

A Chevron calcula que o vazamento na Bacia de Campos seja de 2,4 mil barris de petróleo, embora as autoridades do Rio de Janeiro apresentem outro número: 15 mil barris.

A própria companhia foi encarregada de recolher o petróleo que subiu até a superfície. A mancha de petróleo, que praticamente já desapareceu, está localizada a cerca de 120 km do litoral do Rio de Janeiro.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1016222-chevron-pode-ser-expulsa-do-brasil-diz-ministro-de-minas-e-energia.shtml

sábado, 3 de dezembro de 2011

Funcionária de ex-diretor da CIA é redatora do relatório anti-Síria

Karen AbuZayd, da equipe que escreveu o ‘informe’ é do Conselho Diretor do Middle East Policy Council, cujo presidente foi diretor da CIA para o Oriente Médio

Escrito por: Nathaniel Braia/Hora do Povo


Para escrever a peça de demonização do governo sírio, intitulada “Informe da Comissão internacional de inquérito sobre a República Árabe Síria” – sob os auspícios do Conselho de Direitos Humanos da ONU -, Paulo Sérgio Pinheiro não foi deixado sozinho. Para lhe ajudar designaram uma apoiadora de escol: a norte-americana Karen Koning AbuZayd, que é a principal integrante do Conselho Diretor do instituto de formulação de políticas para os Estados Unidos no Oriente Médio, o Middle East Policy Council.

Quem preside este desinteressado "instituto" é Frank Anderson, que trabalhou durante 26 anos na CIA e ocupou cargo de diretor da agência de espionagem para o Oriente Médio e o Sul Ásia.

Já o presidente emérito da mesma entidade é Chas Freeman, ex-subsecretário de Defesa dos EUA e embaixador dos EUA na Arábia Saudita de 1989 a 1992, ou seja, foi quem representou as relações dos EUA diante da monarquia árabe durante a Operação Tempestade no Deserto (para quem não se lembra, este foi o nome pomposo dado à invasão do Iraque em 1991, cujo ataque partiu exatamente da base militar dos EUA na... Arábia Saudita).

Entre os quadros do Conselho Diretor da mesma entidade, figura ainda Martha Kessler cuja atividade profissional é... consultora da CIA.

A missão do Middle East Policy Council, assumido pela própria organização, não deixa margem a dúvidas: trata-se de "...contribuir para o entendimento dos Estados Unidos das questões políticas, econômicas e culturais que afetam os interesses dos EUA no Oriente Médio".

Também integra a equipe de elaboradores do folheto conspiratório contra a Síria uma professora: Yakin Erturk. Ela leciona sobre questões do Oriente Médio na Universidade de Ankara, Turquia.

Não é, no mínimo, uma clara provocação colocar na comissão que vai investigar a Síria, sob a tensão que o país está vivendo, uma pessoa ligada à CIA e, além disso, uma professora que atua exatamente no país que está neste momento abrigando os integrantes do chamado Exército Livre da Síria, mais precisamente na fronteira entre a Turquia e a Síria (com os chefes desse grupo paramilitar solicitando "uma zona de exclusão similar à que se fez na Líbia") ?

Redator de informe foi contra desalojar tráfico dos morros

O presidente da comissão "independente" do inquérito sobre a Síria, o brasileiro Pinheiro, também é talhado para a função. Foi escolhido a dedo, para assim tentar atrair o Brasil para um posicionamento diferente do assumido pelo conjunto dos BRICS, que é de rejeição da intervenção estrangeira na Síria. E é bom ficarmos alerta, por que Tovar Nunes, do Itamaraty, apressou-se a elogiar a "lisura" de Pinheiro. Mas qual é o perfil desse diplomata?

Pinheiro entre outras peripécias serviu no gabinete do governo filo-americano de Fernando Henrique e declarou, em matéria sardônica, que a luta pelo afastamento da ocupação militar dos morros pelo tráfico, com a implantação das UPPs era "enganação". É isso mesmo. Assim que começou a operação no Complexo do Alemão, o diplomata, lá dos EUA, enviou matéria denominada "Me engana que eu gosto", publicada no Valor, dizendo que "a batalha no Complexo do Alemão, no Rio, não vai vencer crime organizado algum".

Mas a sua mais destacada intervenção foi como palestrante do Watson Institute, da Brown University, no dia 21 de janeiro de 2010. Falando em inglês, e em estado de embevecimento, refere-se aos EUA como "o colosso do norte".

Sobre o relatório, do qual tratamos em matéria publicada no HP na edição anterior, destacamos o total descaso pela apresentação de qualquer prova além das testemunhas (naturalmente orientadas pelos abutres que querem tomar o poder na Síria a mando dos EUA e – pelo que vemos da ilustre equipe de elaboradores do "inquérito" – pelos próprios formuladores das perguntas). Em matéria a que tivemos acesso logo depois da que publiquei no HP, o jornalista Tony Carlucci (Liberty News Radio), intitulada "Informe da ONU sobre a Síria: baseado em testemunhos de... FORA da Síria", enfatiza a mesma total e indecorosa falta de veracidade: "os entrevistados não são provas, mas ao contrário, disseminadores de rumores de grupos com interesse pessoal em retratar o governo sírio da pior maneira possível".

Não é à toa que, percebendo o principal rombo no informe, Pinheiro concede entrevista no dia seguinte à publicação do mesmo, na Folha, onde diz (e a Folha reproduz em título) que "Não entrar na Síria não prejudicou o relatório...". Isso depois de ter reclamado do governo sírio por não haver deixado entrar a comissão no país.

Agora está claro por que não faria diferença alguma entrar ou deixar de entrar na Síria; o relatório já estava soprado pelo Middle East Policy Council.

Como bem qualifica o embaixador sírio na ONU, Bashar Jafari, é um relatório "desequilibrado" por que "só pede o cessar da violência da parte das autoridades sírias, mas mal menciona os rebeldes armados que estão atacando as forças oficiais".

Aqui lembramos, conforme mostramos na matéria anterior, que o governo sírio se declarou disposto a receber a comissão. Apenas pediu que a mesma aguardasse o final das investigações que o próprio governo sírio está levando a cabo, para assim poder melhor assessorá-los na busca da verdade sobre a violência no país.

A provocação, para produzir efeito, tem, claro, outras facetas, além do relatório em tela. O vice-ministro do Exterior sírio, Faisal Mikdad, denunciou que muitos civis foram, de fato, "vilmente assassinados durante os distúrbios" e que "criminosos detidos pela polícia confessaram que dispararam contra manifestantes pacíficos para ‘manter o ritmo dos protestos’".

Aliás, assim como tem ocorrido praticamente todos os dias desde o mês de março, mais um carregamento de armas foi pego em um carro que entrava na cidade síria de Homs, no dia 1º de dezembro. As armas confiscadas aos terroristas eram uma metralhadora, mais 4.300 balas correspondentes, dois RPGs (granadas propelidas a foguete), 50 rifles e 8.000 balas correspondentes.

Segundo a agência de notícias Rússia Today, o chanceler russo Lavrov esclarece que toda a farsa com a devida pirotecnia midiática tem uma razão de ser: "o Oriente Médio é um espaço disputado por certos Estados que se ressentem de estarem perdendo posições na economia mundial e sob ameaça de serem deslocados da arquitetura financeira internacional".

WWW.horadopovo.com.br

http://www.cut.org.br/destaque-central/46750/funcionaria-de-ex-diretor-da-cia-e-redatora-do-relatorio-anti-siria?utm_source=cut&utm_medium=email&utm_term=informacut&utm_campaign=informacut

Aumenta número de 'mulheres-talebãs' isralenses

Mulheres judias seguem preceitos radicais e andam cobertas da cabeça aos pés

30 de novembro de 2011 | 8h 51

TEL AVIV - Cresce o número de mulheres judias israelenses que seguem os preceitos de uma seita radical e andam cobertas da cabeça aos pés "para preservar a decência".

Maneira de se vestir das mulheres da seita lembra a burca usada no Afganistão - Vahid Salemi/AP
Vahid Salemi/AP
Maneira de se vestir das mulheres da seita lembra a burca usada no Afganistão

A maneira de se vestir das mulheres da seita cobertas da cabeça aos pés, lembra a burqa usada no Afganistão, e daí vem o apelido de "mulheres-talebã", pelo qual ficaram conhecidas na imprensa israelense.

No entanto, para elas a burqa não é "decente" o suficiente, pois com apenas uma camada de roupa, deixa entrever as curvas do corpo da mulher.

Segundo a seita, também conhecida como "mulheres dos xales", para evitar tornar-se uma "tentação para os homens", a mulher deve vestir-se com dezenas de camadas de xales, de modo a tornar-se uma montanha de panos disforme para que as curvas de seu corpo não transpareçam.

A seita foi fundada há cerca de 5 anos pela rabina Bruria Keren, na cidade de Beit Shemesh, perto de Jerusalém.

Há 3 anos Keren foi presa por abusar de seus 12 filhos e condenada a 4 anos e meio de prisão. A rabina, que foi acusada de maltratos às crianças, alegou que "queria educá-las segundo os preceitos da modéstia".

Na liderança da seita ela foi substituída por outras mulheres que a consideram "santa" e seguem seus ensinamentos.

Desafio

O número de mulheres que aderiram à seita está crescendo e, segundo as avaliações, já chega a mais de mil. Elas próprias afirmam que já são mais de 10 mil.

Elas vivem principalmente nas cidades de Jerusalém, Beit Shemesh e Elad, onde há grandes concentrações de judeus ultraortodoxos.

No entanto os próprios ultraortodoxos veem o fenômeno como um desafio aos preceitos da religião judaica, afirmando que essas mulheres "foram longe demais".

Segundo os preceitos da seita, as meninas também devem andar totalmente encobertas desde pequenas.

Para o rabino reformista Arik Asherman, os preceitos da seita "não fazem parte do judaísmo".

"Não conheço tradição alguma dentro do judaísmo que defenda tal ocultação da mulher e considero problemática a imposição desses preceitos às crianças" disse Asherman à BBC Brasil.

De acordo com o rabino, o preceito da modéstia faz parte da tradição do judaismo, mas uma interpretação tão radical "não tem precedentes".

O crescente número de comunidades de mulheres adeptas da seita também preocupa o Ministério da Educação de Israel, pois elas não concordam em matricular os filhos nas escolas públicas e os educam dentro das comunidades, sem qualquer controle do Estado.

Para a seita, a ocultação total da mulher é o preceito principal e deverá acelerar a "salvação do povo de Israel".

Elas se reúnem e estudam maneiras de ocultar o corpo, inclusive os olhos e os cabelos, para evitar que "até as paredes os vejam".

'Aprimorando' a ocultação

Em um vídeo filmado clandestinamente por uma jornalista que se infiltrou na seita disfarçando-se de simpatizante, se pode ver diversas maneiras como as integrantes "aprimoram" a ocultação de si mesmas.

Elas costumam se pentear embaixo dos panos, mesmo quando estão sozinhas, e raramente tomam banho, pois a operação acaba sendo extremamente complicada com todas as camadas de panos que as encobrem.

De acordo com a diretora da prisão onde se encontra a rabina Keren, o hábito de tomar poucos banhos é a razão principal pela qual ela é mantida em uma cela individual.

A cobertura total dos olhos faz com que as mulheres da seita não enxerguem por onde andam e, para poder se locomover, geralmente utilizam seus filhos como guias.

Para o rabino Uri Regev, presidente da ONG Hidush, em prol da liberdade religiosa e da igualdade, "o crescimento de um grupo fundamentalista como a seita das mulheres de xale, faz parte do processo geral de radicalização do público religioso em Israel".

http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,aumenta-numero-de-mulheres-talebas-isralenses,804857,0.htm


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cortina de fumaça – A capacidade nuclear do Irã representa uma ameaça à região?

Marcia Camargos

NÃO

Até que se prove o contrário, o atual programa nuclear iraniano é pacífico e visa solucionar um grave deficit energético. Vale lembrar que Teerã ergueu em 1967 seu primeiro Centro de Pesquisas Nucleares, e planejou a construção de até 20 usinas nucleares. A orientação vinha do Stanford Institute, indicando a necessidade de 20 mil megawatts de energia atômica até 1994.

A partir da Revolução Islâmica, os Estados Unidos suspenderam o apoio, barraram a cooperação com empresas francesas e alemãs e impediram acordos com África do Sul, China e Argentina.

Já o recente relatório da Agência Internacional de Energia Atômica da ONU apontou, ali, indícios de atividade com propósitos militares, mas nem chegou perto de comprovar que os persas estejam em vias de produzir a bomba.

E na suposição de que, um dia, dominem sua tecnologia, ela funcionaria, antes, como fator de dissuasão e autodefesa, pois o Irã não tem histórico de invasão de países próximos. Sua última guerra foi desencadeada pelos Estados Unidos, que, ao apoiar Saddam Hussein contra a República Islâmica ainda vulnerável no período pós-revolução, deram aos dirigentes o pretexto para endurecer o discurso e consolidar a teocracia.

Contudo, e a despeito da negação do Holocausto por alguns dos seus governantes, o Irã abriga uma colônia judia das mais antigas do mundo, formada por 25 mil pessoas que gozam de liberdade de fé, frequentando as diversas sinagogas lotadas no shabat.

Diante disso, cabe perguntar por que Israel se opõe a um Irã nuclear. As respostas são simples. Além de evitar um contrapeso à sua própria eficiência atômica e ver crescer o poder político do Irã, o país usa a retórica como cortina de fumaça para distrair a opinião pública em relação ao que faz na Palestina.

Israel mantém em alto nível a tensão com o Irã como forma de ocultar suas constantes agressões.

Não por acaso, justamente agora, quando a Palestina pede seu ingresso na ONU, surge a ameaça de bombardear e destruir os reatores iranianos. E isso ocorre mesmo com a mídia israelense alertando que uma intervenção na terra dos aiatolás não destruiria o know-how, mas apenas estruturas físicas recuperáveis com rapidez.

Azeitar a máquina de guerra sempre ávida por novas frentes de combate também faz parte do leque das cogitações belicistas e dos interesses econômicos israelenses.

Não há de se negar que o Irã quer assumir o papel de potência regional, mas não deseja uma guerra contra Israel, e em hipótese alguma se movimentaria nesse sentido para defender os palestinos.

Ou seja, construir uma bomba é mais uma questão estratégica do que bélica. E na eventualidade de, no futuro, afinal conseguir produzir meia dúzia delas, pensará mil vezes antes de atacar um vizinho com mais de 200 ogivas nucleares livres de inspeções e das leis internacionais, já que Israel não é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear nem integra a AIEA.

Quanto à região, ela não ficará menos segura se o Irã tiver a bomba. Em tal contingência, contudo, quem sairia perdendo é a sociedade civil, que vem se rebelando para exigir democracia e liberdade de expressão. Ou seja, um Irã nuclear fortalecerá o regime que seguirá usando Israel como bode expiatório para desviar a atenção de profundos problemas internos, e vice-versa.

Enquanto isso, o ponto crucial e nevrálgico, sintomaticamente “esquecido”, é o desarmamento mundial, que passa ao largo do debate.

MARCIA CAMARGOS é historiadora com pós-doutorado pela USP. Escreveu, entre outros, “O Irã sob o Chador” (em coautoria).

Fonte: Folha de S.Paulo, 12/11/2011

http://ativandoneuronios.wordpress.com/

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Paquistão acusa Otan pela morte de soldados

Em retaliação à morte de ao menos 24 militares, Islamabad fecha rotas de apoio a tropas ocidentais; Otan diz ser 'provável' responsável

Autoridades paquistanesas acusaram a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de ter perpetrado na madrugada deste sábado um ataque aéreo contra um posto militar perto da fronteira com o Afeganistão, deixando ao menos 24 soldados mortos.

Em um sinal de que a ação pode inflamar a já tensa relação do Paquistão com o Ocidente, Islamabad retaliou fechando duas rotas vitais de apoio às tropas da Otan lutando no Afeganistão, interrompendo a passagem de suprimentos e combustíveis. O ataque é o pior incidente do tipo desde que o Paquistão se aliou a Washington imediatamente após os ataques do 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

O general de brigada Carsten Jacobson, um porta-voz da Otan, admitiu neste sábado que é "altamente provável" que a Aliança tenha sido responsável pelo episódio.

Segundo nota do governo paquistanês, que qualificou o ataque de "não provocado e indiscriminado", helicópteros da Otan dispararam contra o posto de controle paquistanês de Salalah, que fica a cerca de 2,5 km da fronteira com o Afeganistão, na região tribal de Mohmand, na fronteira com o Afeganistão.

O premiê paquistanês, Yusuf Raza Gilani, qualificou a suposta ofensiva ocidental de "ultrajante" e ordenou uma reunião emergencial de seu gabinete. Um comunicado da Chancelaria paquistanesa disse que discutirá o incidente com a Otan "nos termos mais duros".

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/paquistao-acusa-otan-pela-morte-de-soldados/n1597384739151.html

Pela 1ª vez, Xuxa perde para 'Pica-Pau' no ibope

O sábado à tarde foi decepcionante para a Globo em audiência. Primeiro, o desenho Pica-Pau, da Record, derrotou os treinos para o GP Brasil de F-1 por uma hora consecutiva. Em seguida, foi a vez de Xuxa perder para a ave biruta.

Divulgação
Pássaro duro de roer no ibope
Pássaro duro de roer no ibope

Durante o tempo em que se confrontaram, o Pica-Pau marcou 10 pontos de média contra 8 de Xuxa. Cada ponto equivale a 58 mil residências assistindo ao programa. Foi a primeira vez que Xuxa perde a liderança de audiência para o desenho criado por Walter Lantz, e que estreou na TV mundial em 1957.

Contra os treinos de classificação do GP Brasil, o desenho da Record venceu por 9 a 8.

A ave é um espécime piciforme da família Picidae, também conhecida como pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis), natural dos Estados Unidos. A espécie já chegou a ser considerada extinta, mas, para alívio dos ambientalistas, foi novamente avistada anos atrás.

http://f5.folha.uol.com.br/televisao/1013284-pela-1-vez-xuxa-perde-para-pica-pau-no-ibope.shtml

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MPT flagra trabalho escravo em obras da construtora MRV em SP

Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil

A construtora MRV Engenharia poderá ser multada em até R$ 11 milhões pela utilização de trabalhadores em condição análoga à escravidão em duas obras no interior de São Paulo.

As ações civis públicas foram propostas pelo Ministério Público do Trabalho, depois que fiscais flagraram a existência de trabalho escravo na construção do empreendimento residencial Beach Park, em Americana, e nas obras do condomínio Spazio Mont Vernon, em São Carlos.

Em entrevista à Agência Brasil, o procurador do Trabalho Cássio Calvilani Dalla-Déa, do Ministério Público do Trabalho em Araraquara (SP), disse que “nos dois casos, o número de irregularidades foi bem grande”.

No caso de Americana, a precarização do trabalho foi decorrente da terceirização dos serviços nas obras. Segundo o Ministério Público, a MRV utiliza-se de empreiteiras para fazer a intermediação da mão de obra e, com isso, tenta transferir a responsabilidade trabalhista às pequenas empresas.

Nessa obra, o Ministério Público observou casos de operários sem receber salários, alojamentos e moradias fora do padrão legal e aliciamento de trabalhadores. Cerca de 60 trabalhadores estão nessa situação.

“Especificamente no caso da MRV, (a terceirização) não pode ser utilizada como desculpa porque existia uma série de outras empresas, mas os trabalhadores estavam sendo subordinados e recebiam ordens de empregados da MRV. Então, a MRV tinha conhecimento das condições muito degradantes em que estes trabalhadores estavam vivendo”, disse o procurador.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/11/22/mpt-flagra-trabalho-escravo-em-obras-da-construtora-mrv-em-sp-417827.asp