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Desde que atribuiu a notação máxima aos EUA em 1941, esta é a primeira vez que a Standard & Poor’s (S&P) reduz o seu rating. A Moodys e a Fitch poderão seguir os seus passos, tendo em conta que colocaram recentemente a notação financeira da dívida norte-americana com “outlook” negativo.
Num comunicado enviado aos mercados, a S&P esclarece o seu procedimento, sublinhando que a decisão de baixar o ‘rating' reflete a sua “opinião de que o processo de consolidação orçamentária recentemente aprovado pelo congresso e pela Administração Obama não é suficiente para estabilizar a dinâmica da dívida a médio prazo".
A agência de rating norte-americana sublinha ainda que a decisão resulta da sua “perspectiva de que a eficácia, estabilidade e previsibilidade dos decisores políticos e instituições norte-americanas enfraqueceu, numa altura de desafios orçamentais e económicos”, para um nível que não antecipava quando colocou o 'outlook' negativo em abril.
Mesmo com a implementação do novo plano de consolidação orçamentária, a S&P prevê que a dívida pública dos Estados Unidos atinja 74% do PIB este ano e ascenda a 79% do PIB em 2015. Em 2011, o déficit deverá fixar-se nos 9% do PIB.
Krugman questiona recuperação da economia norte-americana
O Nobel da Economia Paul Krugman afirmou, num artigo de opinião publicado no The New York Times, que não só a ameaça de o regresso da recessão é bem real como agora é “é impossível negar” que a economia “não está e nunca esteve a caminho da recuperação”.
Krugman relembra os últimos números do emprego nos EUA para corroborar a sua afirmação e alerta para o fato de o crescimento do desemprego de longa duração ser uma “catástrofe humana” que “vai reduzir as receitas futuras do governo”.
O Nobel da Economia defende que a criação de emprego deve ser a maior prioridade. Segundo Krugman, “é tempo – mais do que tempo – de olhar seriamente para a crise real que a economia enfrenta”, sendo que “a Federal Reserve precisa de parar com as desculpas e o presidente precisa de apresentar verdadeiras propostas criadoras de emprego e, se os republicanos bloquearem essas propostas, [Obama] tem de seguir o estilo de Harry Truman e fazer campanha contra a política republicana de não fazer nada”.
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