O que está acontecendo no Oriente Médio tem um nome: americafobia. Tantos absurdos os Estados Unidos cometeram na região que os povos árabes acabaram se unindo em torno do ódio aos americanos.
Os Estados Unidos eram admirados no Oriente Médio até o começo dos anos 1950. Os sentimentos positivos começaram a se deteriorar quando os americanos foram aliciados pelos ingleses, sob Churchill, para derrubar o governo democrático e progressista de Muhammad Mossadegh no Irã.
Os ingleses não se conformavam com a nacionalização do petróleo iraniano, e convenceram os americanos de que Mossadegh poderia levar o Irã para os braços da União Soviética. O ministro do exterior do Reino Unido disse uma frase célebre: “Sem o dinheiro do petróleo iraniano não vamos conseguir manter o padrão das pessoas na Inglaterra”.
A embaixada americana em Teerã foi o QG da conspiração contra Mossadegh. Foi um vale tudo. Redatores americanos pagos pela CIA escreviam editoriais ferozes contra o governo, e eles eram imediatamente publicados por jornais iranianos interessados na volta da dinastia Pahlevi ao poder.
Foi o primeiro de uma série de passos que foram dar na americafobia que caracteriza o mundo árabe. Recentemente, os drones americanos – os aviões sem tripulação que despejam bombas mesmo em países contra os quais os Estados Unidos não estão em guerra, como o Paquistão – tornaram a americafobia ainda mais aguda no Oriente Médio por causa da morte de crianças, velhos e mulheres numa quantidade indecente no esforço impreciso americano de caçar extremistas.
Com a possível exceção da Alemanha nazista, nunca um país foi tão rejeitado amplamente como os Estados Unidos desde que se tornaram superpotência – e o ódio extremo dos muçulmanos devem ser entendidos dentro deste quadro de americafobia aguda.
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