domingo, 29 de abril de 2012

Espanhóis protestam contra cortes na educação e saúde

Agência Estado
Dezenas de milhares protestaram, neste domingo, na Espanha contra cortes de gastos nas áreas de Educação e Saúde. A taxa de desemprego no país é de 24,4%, sendo que mais de metade dos espanhóis com menos de 25 anos está sem emprego. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, introduziu medidas de austeridade nos seus cinco meses no cargo.
Ao falar em uma reunião de seu partido, Rajoy, que na última sexta-feira anunciou um novo conjunto de elevação de impostos para entrar em vigor no próximo ano, disse que "não há alternativa". Ele acrescentou que a "Espanha precisa de mudança estrutural profunda, não maquiagem".
Manifestantes em Barcelona, Bilbao, Valência e outras cidades carregavam faixas para que Rajoy não mexesse "na educação nem na saúde". As informações são da Associated Press.

OIT prevê mais desemprego em 2012 e critica políticas de austeridade

Agnès Pedrero | AFP
As políticas de austeridade obscurecem as perspectivas de trabalho e cerca de 202 milhões de pessoas estarão desempregadas este ano, seis milhões a mais do que no ano passado, segundo relatório sobre o emprego em 2012, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), publicado em Genebra.
"Nossa estimativa provisória para o ano de 2011 é que o desemprego tenha sido de 196 milhões de pessoas e que passaremos em 2012 a 202 milhões, um aumento de seis milhões, e em 2013, a 207 milhões", declarou o diretor do Instituto Internacional de Estudos Sociais da OIT, Raymond Torres.
"Isso significa que seria alcançada uma taxa de desemprego de cerca de 6,1% em 2012", disse.
Segundo a OIT, há um déficit de cerca de 50 milhões de empregos com relação à situação anterior à crise financeira de 2008.
Mas segundo a organização com sede em Genebra, é pouco provável que a economia cresça a um ritmo suficiente nos dois próximos anos para acabar com o atual déficit de empregos e ao mesmo tempo dar trabalho aos mais de 80 milhões de pessoas que chegarão ao mercado no mesmo período.
A tendência é especialmente preocupante na Europa, onde a taxa de desemprego aumentou em quase dois terços dos países desde 2010, segundo o relatório da OIT. Além disso, destacam os especialistas, a recuperação do mercado de trabalho está em "ponto morto" no Japão e nos Estados Unidos.
Em outras partes do globo, a oferta de trabalho não está à altura das necessidades de uma população ativa cada vez mais abundante e qualificada, como na China. O déficit de emprego é crítico na maior parte do mundo árabe e na África, segundo a OIT.
O relatório informa que esta deterioração do mercado trabalhista se traduz em um maior risco de problemas sociais, especialmente na Europa, Oriente Médio, norte da África e a África subsahariana.
Contudo, a OIT observa um menor risco de problemas sociais na América Latina, onde constata uma melhora do mercado trabalhista.
Para a OIT, a degradação da situação trabalhista se deve às dificuldades de acesso a crédito, sobretudo para as pequenas e médias empresas nas economias avançadas, e as medidas de austeridade aplicadas para "tranquilizar os mercados financeiros".
"A austeridade não produziu mais crescimento econômico", destacou Torres. Ele criticou as políticas de austeridade "contraproducentes", que deram lugar a um débil crescimento econômico e destruíram empregos, sem nem sequer reduzir de forma considerável os déficits orçamentários.
"Por exemplo, na Espanha, o déficit foi reduzido em um pouco mais de 9% do PIB em 2010 a 8,5% do PIB em 2011, uma diminuição muito pequena depois de um programa de austeridade drástico", destacou Torres.
Como consequência, a OIT estimula os governos a reativar a demanda interna e comemora que em alguns países, na América Latina, na Índia, África do Sul e recentemente na China, os salários aumentaram progressivamente.

Desempregados no mundo em 2012 serão mais de 202 milhões

Agência Estado

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou neste domingo, em Genebra, na Suíça, seu relatório de perspectivas do emprego para 2012. A Organização prevê que, até o final do ano, deverá passar de 202 milhões o número de pessoas desempregadas em todo o mundo. O prognóstico é de que o índice cresça 6,1% em 2012. Para 2013, a previsão é de que o crescimento seja de 6,2%. Até 2016, 210 milhões de pessoas ainda estarão à procura de emprego, apesar da retomada paulatina do crescimento econômico. Segundo os técnicos da OIT, "o déficit de empregos caminha em paralelo a um déficit prolongado de investimentos, outro sinal de que a crise entrou em uma nova fase".
A organização ainda responsabiliza as políticas de austeridade por terem agravado o fechamento de postos de trabalho, em especial na Europa, onde o índice de trabalhadores à procura de vagas cresceu em dois terços dos países desde 2010. Fora da Europa, a morosidade também é a regra nos Estados Unidos e no Japão. Em pelo menos dois momentos de seu relatório de 109 páginas a OIT faz elogios ao Brasil: o primeiro pelo diálogo social em torno do nível de emprego, que estaria funcionando como estratégia para ampliar o mercado de trabalho; e o segundo no combate à informalidade, no qual o país é destaque ao lado de Áustria, Bélgica, Chile, Alemanha e Uruguai, entre outros países.

Confronto em protesto deixa 91 feridos na capital do Egito

Manifestantes usaram como armas coquetéis molotov e tijolos. Choques ocorreram entre manifestantes salafistas e moradores de Abassiya.

Da EFE

Pelo menos 91 pessoas ficaram feridas na madrugada deste domingo (29), no Cairo, capital do Egito, em choques entre manifestantes salafistas e moradores do bairro cairota de Abassiya, onde acontecia um protesto na frente do Ministério da Defesa, informou o subsecretário de Saúde, Hisham Shiha.

Shiha detalhou que os ferimentos foram causados por balas de borracha e pelo impacto de pedras. Dos 91 feridos, 14 continuam internados, enquanto 77 receberam alta após serem atendidos em hospitais da região.

O site do jornal estatal 'Al-Ahram' afirmou que entre os manifestantes havia muitos partidários do xeique salafista Hazem Abu Ismail para protestar contra a decisão da Comissão Eleitoral de excluir sua candidatura das eleições presidenciais de maio pela suposta nacionalidade americana de sua mãe.

O jornal detalhou que o grupo de moradores atacou com coquetéis molotov e tijolos os salafistas, que eram dezenas, e acrescentou, citando testemunhas, que também foram escutados disparos nas imediações do ministério, cenário habitual de protestos em apoio à Junta Militar.

Por sua parte, o jornal independente 'Al Masry Al-Youm' disse em seu site que os manifestantes responderam aos agressores e lançaram pedras. O periódico apontou que os seguidores de Abu Ismail formaram uma barreira humana para deter os choques enquanto cantavam 'Deus é Grande' e 'Abaixo o mandato dos militares'.

Os manifestantes haviam se reunido ontem na frente do Ministério, enquanto a Junta Militar se reunia com os líderes das principais forças políticas para buscar um consenso para formar uma nova Assembleia Constituinte.

No final, foi alcançado um acordo de seis pontos para criar uma nova assembleia, depois que a anterior foi invalidada no último dia 10 pela justiça após o boicote dos liberais. 

http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2012/04/confronto-em-protesto-deixa-91-feridos-na-capital-do-egito.html

25% dos professores do ensino básico do país não têm ensino superior

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Aproximidamente 25% dos professores que trabalham nas escolas de educação básica do país não têm diploma de ensino superior. Eles cursaram apenas até o ensino médio ou o antigo curso normal. Os dados são do Censo Escolar de 2011, divulgado este mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

Apesar de ainda existir um enorme contingente de professores que não passaram pela universidade – eram mais de 530 mil em 2011 – o quadro apresenta melhora. Em 2007, os profissionais de nível médio eram mais de 30% do total, segundo mostra o censo. Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, os números são mais um indicativo de que o magistério não é uma carreira atraente.

“Isso mostra que as pessoas estão indo lecionar como última opção de carreira profissional. Poucos profissionais bem preparados se dedicam ao magistério por vocação, uma vez que a carreira não aponta para uma boa perspectiva de futuro. Os salários são baixo, e as condições de trabalho ruins”, explica.

A maior proporção de profissionais sem formação de nível superior está na educação infantil. Nas salas de aula da creche e pré-escola, eles são 43,1% do total. Nos primeiros anos do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 31,8% não têm diploma universitário, percentual que cai para 15,8% nos anos finais (6° ao 9º ano). No ensino médio, os profissionais sem titulação são minoria: apenas 5,9%.

Para a presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, é um “grande equívoco pedagógico” colocar os professores menos preparados para atender as crianças mais novas. “No mundo inteiro é exatamente o contrário, quem trabalha na primeira infância tem maior titulação. Quando o professor entra na rede vai para a educação infantil quase como que um 'castigo' porque ela não é considerada importante. Mas, na verdade, se a criança começa bem sua trajetória escolar, as coisas serão bem mais tranquilas lá na frente”, pondera.

Segundo Cleuza, o nível de formação dos professores varia muito nas redes de ensino do país. Enquanto em algumas cidades quase todos os profissionais passaram pela universidade, em outras regiões o percentual de professores que só têm nível médio é superior à média nacional. “Temos, às vezes, uma concentração maior de professores sem titulação em alguns locais do Brasil, como a Região Norte, por exemplo, onde as distâncias e as dificuldades de acesso impedem que o professor melhore sua formação”, aponta.

O resumo técnico do Censo Escolar também destaca que em 2010 havia mais de 380 mil profissionais do magistério matriculados em cursos superiores – metade deles estudava pedagogia. Isso seria um indicativo de que há um esforço da categoria para aprimorar sua formação. Mas o presidente da CNTE ainda considera “muito alto” o número de professores sem diploma universitário, especialmente porque nos últimos anos foram ampliados os estímulos para formação de professores nas instituições públicas e privadas de ensino superior.

Uma das alternativas para quem já atua em sala de aula e quer aprimorar a formação é a modalidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para licenciaturas. O programa paga as mensalidades de um curso em faculdade particular e depois da formatura o estudante pode abater sua dívida se trabalhar em escolas da rede pública – cada mês em serviço abate 1% do valor.

“Os programas são oferecidos, mas as condições não são dadas aos professores para que eles participem. O professor não tem, por exemplo, a dispensa do trabalho nos dias em que ele precisa assistir às aulas. As prefeituras e governos estaduais que deveriam ser os primeiros interessados acabam não estimulando o aprimoramento”, diz Roberto Leão.

Edição: Talita Cavalcante

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-28/um-em-cada-quatro-professores-da-educacao-basica-nao-tem-diploma-de-ensino-superior

Mortalidade infantil cai no Brasil

Carlos Newton

É uma das melhores notícias dos últimos tempos, aqui no Brasil. Dados divulgados sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a mortalidade infantil caiu quase pela metade entre 2000 e 2010. Os resultados gerais da Amostra do Censo 2010 constatam que o número de óbitos de crianças menores de um ano passou de 29,7 para 15,6 mil nascidas vida, uma queda de 47,6%. Entre as regiões do país, o Nordeste registra a queda mais expressiva da mortalidade infantil. No período, o índice passou de 44,7 para 18,5 óbitos para cada mil crianças. Porém, ainda é o nível mais alto no país. O menor índice é o do Sul, de 12,6 mortes. De acordo com a pesquisa, os principais fatores responsáveis pela queda do indicador são as políticas de medicina preventiva, curativa, saneamento básico, programas de saúde materna e infantil, além da valorização do salário mínimo e dos programas de transferência de renda. O IBGE também destaca que a queda da mortalidade infantil está ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e 2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças por mãe para 1,9. A menor taxa é a do Sudeste (1,7 filho por mulher) e a maior, no Norte, 2,47. Segundo o órgão, dessa forma, a taxa de fecundidade no Brasil está abaixo do chamado nível de reposição (2,1 filhos por mulher), que garante substituição das gerações na população.

http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=36859

sábado, 28 de abril de 2012

Documentos revelam que Kadafi teria financiado campanha de Sarkozy em 2007

EFE

Um documento do serviço secreto líbio prova que o ex-ditador Muamar Kadafi financiou a campanha presidencial de Nicolas Sarkozy em 2007, segundo informou neste sábado o jornal digital "Mediapart". Revelado por ex-altos funcionários do regime líbio que atualmente estão na clandestinidade, o documento apresenta uma autorização para o governo de Kadafi destinar 50 milhões de euros para a campanha de Sarkozy. No documento, datado de 10 de dezembro de 2006, o atual responsável pelo serviço secreto, Moussa Koussa, concede autorização para o diretor do gabinete de Kadafi, Bashir Saleh, efetuar o pagamento. No texto, Koussa se refere à realização de reuniões preparatórias com Brice Hortefeux, então secretário de Estado de Coletividades Territoriais, homem próximo a Sarkozy e diretor da campanha que o levou à presidência em 2007. Além disso, o chefe do serviço secreto cita Ziad Takieddine, empresário franco-libanês envolvido na França em outros casos de financiamento ilegal de partidos. O documento se refere a um encontro realizado em 6 de outubro de 2006 com Hortefeux e Takieddine como parte das negociações para se chegar ao valor do pagamento. Pouco antes do início da intervenção internacional na Líbia, o ditador líbio ameaçou relevar documentos que provavam o financiamento da campanha de Sarkozy, um dos idealizadores da ofensiva ao país. O presidente francês considerou na época as acusações "grotescas". Em março, o jornal "Libération" também afirmou que o dinheiro obtido com a venda de um sistema de espionagem à Líbia pode ter servido para financiar a campanha de Sarkozy. A porta-voz de campanha de Sarkozy, Nathalie Kosciusko-Morizet, considerou falsas as acusações e as atribuiu à equipe de seu rival socialista François Hollande, com o objetivo de impedir o retorno do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn. "Não podemos imaginar que tenha acontecido um financiamento de 50 milhões de euros em uma campanha eleitoral na qual as contas estavam limitadas a 22 milhões. Contas que foram validadas pelo Conselho Constitucional sem que ninguém pusesse uma dúvida", disse a ex-ministra conservadora. A equipe de Hollande pediu a abertura de uma investigação judicial para esclarecer o caso. "Se os fatos revelados forem confirmados definitivamente com outros documentos ou por instruções judiciais, ficaria estabelecido que o presidente em fim de mandato mentiu aos franceses", disse o porta-voz de Hollande, Bernard Cazeneuve, que pediu explicações a Sarkozy. 

http://br.noticias.yahoo.com/documentos-revelam-kadafi-teria-financiado-campanha-sarkozy-2007-172930839.html

Israel provoca palestinos e aprova legalização de mais três colônias

Israel alega que os postos legalizados estão em terras que são “propriedades do Estado” desde 1967.

O governo de Israel aprovou nesta terça-feira (24/04) a concessão de status legal a mais três colônias judaicas na Cisjordânia. Os palestinos, que já cobravam uma resposta israelense a uma carta enviada na última semana, condenaram a decisão. Acusado pela comunidade internacional de estabelecer novos assentamentos na Cisjordânia, o governo israelense afirmou que apenas legalizou assentamentos já existentes na região. “O painel decidiu formalizar o status de três comunidades que foram estabelecidas nos anos de 1990, de acordo com decisões de governos anteriores”, apontou um comunicado emitido nesta terça pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Israel alega que os postos legalizados – Bruchin, Sansana e Rechelim – estão em terras que são “propriedades do Estado” desde 1967, quando o país invadiu esta e outras regiões palestinas. O governo palestino voltou a condenar a decisão israelense. Na última semana, o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, enviou uma carta a Netanyahu questionando os motivos de Israel continuar construindo em território palestino ocupado. "A lógica é simples: se o senhor apóia o estabelecimento de um Estado palestino, por que constrói em seu território?", pergunta Abbas ao líder israelense. Trechos da carta foram divulgados pelo jornal Filasteen (Palestina). Abbas pede ainda que Israel “aceite a solução de dois Estados nas fronteiras de 1967 com mudanças menores de terra em igual tamanho e valor estipulados em comum”. Além disso, o presidente exige que o premiê freie “toda a atividade nos assentamentos, incluídos os de Jerusalém Oriental”. Abbas afirma ainda que caso estas condições não sejam cumpridas, os palestinos buscarão “a implementação completa da legislação internacional no referente aos poderes e responsabilidades de Israel como potência ocupante”. A medida israelense aprovada nesta terça dá força ao governo de coalizão que pressiona Netanyahu a tomar medidas mais duras em relação aos palestinos. Mais de 800 colonos vivem atualmente nas três colônias legalizadas, localizadas nas terras que os palestinos clamam como suas. 

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/21386/israel+provoca+palestinos+e+aprova+legalizacao+de+mais+tres+colonias+.shtml

Cerca de 160 mil mexicanos se deslocaram por conta da violência em 2011

Desde o começo deste ano, calcula-se que pelo menos 24.500 tenham deixado Ciudad Juárez Pelo menos 160 mil pessoas deixaram seus lares no México em 2011 por conta da onda de violência ligada ao narcotráfico que vem afetando o país, apontou um relatório divulgado pelo ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados ). O alto comissário do organismo, Antonio Guterres, disse, durante a apresentação do documento, realizada ontem, que os deslocamentos foram causados principalmente por brigas pelo controle de rotas de drogas entre carteis. Desde o começo deste ano, calcula-se que pelo menos 24.500 pessoas tenham deixado Ciudad Juárez, cidade localizada na fronteira com os Estados Unidos, conhecida por ser a mais violenta do país. Os estado que registraram as maiores taxas de deslocamentos foram Chihuahua, Tamaulipas, Nuevo León, Durango, Sinaloa, Michoacán e Guerrero, como indicou o boletim. Ainda segundo o documento, o governo não procurou apoio de organismos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas) "para estabelecer uma resposta" ao problema "que esteja de acordo com a norma internacional". Desde que Felipe Calderón assumiu a Presidência, em dezembro de 2006, as Forças Armadas passaram a atuar no combate ao narcotráfico, iniciando uma guerra interna que gerou uma onda violência no país. 

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/21299/cerca+de+160+mil+mexicanos+se+deslocaram+por+conta+da+violencia+em+2011+.shtml

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Três milhões de crianças e adolescentes trabalham no México; metade não recebe salário

Dados foram divulgados pela CNDH (Comissão Nacional de Direitos Humanos) do país.

Pelo menos três milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalham no México, sendo que a metade delas não recebe salário ou apenas um valor simbólico. Os dados foram divulgados pela CNDH (Comissão Nacional de Direitos Humanos) do país, que promove uma ação para obrigar servidores públicos a comprometerem-se a erradicar o trabalho infantil. A Ouvidaria mexicana, por sua vez, destacou que a maioria desta parcela da população "trabalha para cobrir suas necessidades básicas e contribuir com a renda familiar". Ainda segundo o órgão, muitas crianças se vêem obrigadas a abandonar seus estudos e cumprir "jornadas excessivas em lugares não apropriados, com o risco de sofrer acidentes, lesões ou enfermidades". 

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/21476/tres+milhoes+de+criancas+e+adolescentes+trabalham+no+mexico+metade+nao+recebe+salario.shtml

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Connecticut é o 17º Estado dos EUA a abolir pena de morte

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Estado de Connecticut, no nordeste dos Estados Unidos, aprovou nesta quarta-feira o fim da pena de morte, tornando-se a 17ª unidade federativa a abolir a punição. O medida foi terminada por um decreto do governador Dannel Malloy, do Partido Democrata. Com o fim da pena de morte, a maior punição a um crime no Estado será a prisão perpétua. Em evento em que assinou o decreto, Malloy afirmou que o término da medida é "um momento histórico", mas que é preciso fazer uma "reflexão sóbria" sobre o assunto, que continua dividindo a sociedade americana. Nos últimos 52 anos, apenas duas pessoas foram executadas no Estado e, de acordo com o governador, "ambos pediram voluntariamente" a punição. Desde 1976, quando se restabeleceu a pena de morte nos Estados Unidos, apenas 15 sentenças de morte foram proferidas em Connecticut. A última execução no Estado foi em 2005, quando um homem acusado de homicídio qualificado, foi morto com injeções letais. Em território americano, a pena de morte é legal para delitos federais e militares e se aplica em âmbito federal e em 33 Estados. 

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1081499-connecticut-e-o-17-estado-dos-eua-a-abolir-pena-de-morte.shtml

MPF processará criminalmente Brilhante Ustra por sequestro

SÃO PAULO

O Ministério Público Federal em São Paulo decidiu processar criminalmente o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado da Polícia Civil Dirceu Gravina por crimes cometidos na ditadura militar (1964-1985). O MPF denunciou à Justiça Federal nesta terça-feira os dois agentes do regime militar pelo crime de sequestro qualificado do bancário e líder sindical Aluísio Palhano Pedreira Ferreira. Palhano foi preso em maio de 1971 e era ligado à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Ele é um dos desaparecidos políticos do regimes militar. 

http://br.noticias.yahoo.com/mpf-processar%C3%A1-criminalmente-brilhante-ustra-sequestro-182619238.html

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Jovens atingidos pelo desemprego em toda a Europa

A taxa de desemprego para os jovens menores de 25 anos foi em média 21,6% para a zona euro, apontam as estatísticas oficiais do Eurostat, em Fevereiro de 2012. Ela varia de 50,5% em Espanha e 8,2% na Alemanha, para 50,4% para a Grécia, 35,4% em Portugal, 31,9% para a Itália, 31,6% para Irlanda, 21,7% para a França, 19,8% para a Finlândia, 16,9% para o Luxemburgo, 16,6% para a Bélgica, 9,4% para os Países Baixos.

De acordo com Antoine Matemática pesquisador, dos IRES (Instituto de Pesquisa Econômica e Social), os países nórdicos não são imunes ao fenômeno com, para a Suécia, 23,5%.

O diário Ouest-France 21 no último sábado publicou uma entrevista com um jovem de 24 anos diploma alemão em eletrônica, que após o treinamento alternando com um salário de 960 euros por mês termina com 577 euros para a Agência para o trabalho.

O apoio dos pais e avós rapidamente encontra seus limites quando eles próprios estão em apuros com a entrada das economias em recessão.

Ainda de acordo Math Antoine, as conseqüências são sentidas no longo prazo projetos de vida são diferidos, a taxa de fertilidade é afetada.

Para a população em geral, o mesmo instituto Eurostat já tinha indicado, 2 de Abril, a taxa de desemprego atingiu 10,8% em fevereiro. Ele nunca tinha sido tão alto desde Junho de 1997 antes da criação da área do euro. Este foi o décimo mês consecutivo em que o desemprego tenha atingido ou ultrapassado o limite de 10%.

Tradução: Google

http://parti-ouvrier-independant.fr/2012/04/23/la-jeunesse-frappee-par-le-chomage-dans-toute-leurope/

Para cortar custos, Gol põe em risco a segurança dos seus voos em todo o país

Aeronautas e aeroviários foram demitidos causando grande prejuízo à segurança operacional

Escrito por: Fentac/CUT

Seguindo a política de redução de custos que levou à demissão de cerca de trezentos aeronautas (tripulantes) e uma centena de aeroviários (pessoal de terra), a Gol Linhas Aéreas (VRG/Gol) está criando uma central de controle remoto, no Aeroporto de Congonhas, para efetuar o balanceamento das suas aeronaves em todo o Brasil à distância.

O objetivo seria reduzir custos, mas há grande prejuízo de segurança operacional nesta operação, afirma a direção da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT).

Além disso, há denúncias de que a empresa pretende transferir todos os Despachantes Técnicos 2 (DT2) do país para Congonhas, e os que não quiserem serão demitidos.

A Fentac/CUT alerta que a retirada desses profissionais dos aeroportos impedirá o balanceamento correto das aeronaves e ampliará as chances de acidentes nas pistas, colocando em risco a vida de passageiros e tripulantes.

Fazem parte das funções do DT2 planejar o carregamento da aeronave, bagagem, carga e passageiro, e encaminhar esse plano para os Despachantes Operacionais de Voo (DOV´s), para que estes planejem a navegação aérea, estabelecendo o combustível, rota e limites operacionais.

Os DOV's (que são regulados pela Anac) também fazem a revisão desse plano e emitem os documentos que são entregues ao comandante de voo, para que possa decolar e pousar com precisão. Essas informações são cruciais para evitar acidentes ou incidentes com as aeronaves.

A direção da Fentac/CUT ressalta que é impraticável para DOV's e DT2's realizarem suas atividades à distância. As informações de sistemas não são suficientes e não detectam as constantes alterações como corte de carga, passageiros "no show", cancelamentos com acomodações, retirada de passageiros; ou dão conta de revisão do peso. Sem a atuação no local, os profissionais não conseguem realizar alterações e correções necessárias para garantir à tripulação e aos passageiros a segurança operacional. Além disso, à distância, uma falha na comunicação pode comprometer todo o trabalho dos despachantes.

A certificação da Gol junto à IATA, através da IOSA (IATA Operational Safety Audit) se deu com base nesse procedimento de segurança de voo, com a atuação presencial de DOV's e DT2's. "Nenhuma redução de custos justifica colocar em risco a vida de milhares de pessoas. Precisamos combater essa atitude irresponsável que quer compensar prejuízos por erros administrativos cortando uma equipe técnica qualificada em uma área crucial da empresa", afirmam os sindicalistas.

A Federação e os sindicatos cutistas do setor aéreo já comunicaram a medida da Gol à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e às demais autoridades e seguem na busca de um diálogo com a companhia para evitar essa mudança, considerada absolutamente temerária pelos sindicalistas.

http://www.cut.org.br/destaque-central/48077/para-cortar-custos-gol-poe-em-risco-a-seguranca-dos-seus-voos-em-todo-o-pais

sábado, 21 de abril de 2012

Itália: crise provoca aumento de suicídio

Cada dia um pequeno empregador e um trabalhador matar-se oprimidos pela dívida e falta de expectativa de superar as dificuldades

Se houver uma palavra proibida, que é o suicídio. Muito mais para sociedades como a Itália, como o espanhol, que durante séculos viveram na sombra a ética ea estética da religião. Embora os bombardeiros sempre negou um lugar no céu, no adro da igreja e nos jornais, os italianos estão levando a vida por razões econômicas. A uma taxa de duas por dia. Um pequeno empregador e um trabalhador se sentir compelido diariamente para o transporte ferroviário ou a forca pelo desespero que provoca a crise. Ainda não chegou o terrível historial dos gregos 1725 suicídios nos últimos dois anos, mas a progressão é tão alarmante que, mesmo o primeiro-ministro Mario Monti , como católico, chamado o diabo pelo nome. "Todos os dias nós nos esforçamos para evitar cair no penhasco dramático na Grécia, com muitos postos de trabalho perdidos e tantos suicídios", disse ele. Ele não falou, pela primeira vez, o prêmio de risco feliz ou déficit nas contas públicas. Ele falou no passado, o custo humano. De Vicenzo, 28, ou Robert, 62 anos, que enforcou-se oprimidos pela dívida. Ou Mario, 59 anos, que fugiu da crise por tiro no peito.

A situação é tão dramática que, na noite de quarta-feira, pequenos empresários e os trabalhadores foram para o Panteão para segurar velas em silêncio: "Não há mais suicídios." Poucas horas antes, ele mesmo tinha Monti admitiu publicamente que a crise está impondo "um preço alto para as famílias, jovens, trabalhadores ... Às vezes, com as experiências que estão fechados em desespero." Nos últimos meses, quase um dia que os jornais italianos não levar a notícia de um pequeno empresário que é jogado nos trilhos do trem, um self-employed ou um desempregado pendurar-se oprimidos pela dívida e falta de saída . De acordo com Giuseppe Bortolussi, secretário-geral da CGIA di Mestre, uma associação de artesãos e pequenas empresas, "para muitos dos que optam por cometer suicídio, o suicídio é um ato de rebeldia contra um sistema que surdos e insensíveis não consegue compreender a a gravidade da situação. É um grito real de alarme lançado por quem pode fazer mais nada. "

Há um fato que você crave representante dramaticamente Bortolussi. Dos 23 suicídios registrados pequenos negócios desde o início de 2012, 40% pertence à região do Vêneto, nordeste da Itália sempre foi um motor de desenvolvimento económico baseado em pequenas e médias empresas. O chamado "suicídio econômico" são causados ​​por um coquetel fatal composta pelos restos da velha Itália e da nova crise global. "A lentidão da burocracia, a dificuldade de lidar com bancos e do governo", como revelou ao lado do Panteão, "agora juntar-se empresas endividadas, os pagamentos estão atrasados ​​e nunca chegar ... A pequena empresa é condenada de demitir pessoas que você trabalhou toda a vida, amigos verdadeiros, mesmo família ... Tente aguentar até que um dia ele não pode mais resistir e ... "Parece que a situação vai piorar. Assim, pelo menos, cinco associações, da Caritas-business organizações já criaram serviços de aconselhamento a empresários e trabalhadores em perigo. O mais representativo, o que só o título diz tudo, foi criado segunda-feira passada em Vigonza, na província de Pádua, 25 km a oeste de Veneza. Seu nome: "Associação de suicídios família de empresários."

O horizonte é muito escuro. Sobre a mesa estão aglomerando relatórios, um mais pessimista do que o outro. Nos últimos três meses, 146.000 empresas italianas de fechamento expressos. E a tempestade ainda não acabou. Segundo a associação de retalhistas, 2012 será o pior ano da crise e, de acordo com o Governo até 2013 não vai quebrar a tendência. Do ponto de vista do consumo, não foi tão mau desde os anos pós-guerra. Metade das famílias, disse por Monti-se, lutam para sobreviver. Se em junho de 2011, 28% dos italianos ainda conseguiram salvar alguma coisa a cada mês, agora apenas 9%. 87% já cortou para o cesto do supermercado e há mais de um milhão e meio de família condenado a caridade. Não seria surpreendente, portanto, que os dados de suicídio gerados pelo estudo mais recente, o portal europeu de mobilidade profissional EURES composto é atingido: em 2010 cometeu suicídio e 336 362 empreendedores desempregados ou trabalhadores independentes. E por que, então, não tão ruim a economia não foi ainda existe na Itália uma nova classe de despossuídos, aqueles que chamam aqui esodati .

Vincenzo Sgroi é um deles. Seu caso ilustra particularmente bem a angústia de muitas famílias. É um dos 500 aposentados precoces de La Posta, o serviço postal também atua como um banco de poupança. Ele concordou em renunciar a indemnização de 70.000 euros que o ajudam a obter a aposentadoria em troca de um de seus filhos tiveram a oportunidade de ser colocado, fixada na empresa pública. A contestada altamente pelos sindicatos, que consideram medieval. Enquanto isso, a crise estava chegando primeiro e do Governo da Monti mais tarde. Vincenzo constatou que o ponto fixo do seu filho é só trabalho a tempo parcial e 15 -15 dias em casa, e que o salário é inferior a 700 euros. Mas mais grave é que a reforma de pensões, lançada pelo novo governo retirou o horizonte de aposentadoria. Quando ele aceitou a reforma antecipada, só tinha mais um ano para a reforma, agora você tem quatro ... Tudo impotência é refletido em seu rosto, na sua pergunta: "O que eu faço agora?"

Ele e outros 65.000 350.000 aposentados precoces, de acordo com os sindicatos acreditavam que finalmente chegou à costa de paz e agora são três ou quatro anos da linha de costa em águas mais frias e mais profunda do que nunca, incapazes de aprender natação, com a vida arruinada. Todo o sofrimento que se reúne nos círculos de Vincenzo, de toda a sensação de ser enganado, ele se torna um fator de risco. A Itália é o grito da crise. Um grito dramático. O disparo de uma espingarda colocada de cabeça para baixo. O apito de um trem se aproximando no meio da noite ...

Tradução: Google

http://internacional.elpais.com/internacional/2012/04/21/actualidad/1335028608_277635.html

Protesto em Barcelona

Barcelona protesto contra os direitos de corte promovido pelo Governo

Os manifestantes rejeitam a violência, mas defender o direito de protestar ou desobedecer

A Plaza de Catalunya em Barcelona, ​​mais uma vez encheu esta tarde, embora não com a bandeira, em protesto contra os cortes que anunciaram a Generalitat eo Governo espanhol para combater o comportamento violento como aqueles que ocorreram durante a greve geral do passado 29 de março. Sob o slogan Pare os cortes aos direitos e liberdades civis no protesto, chamado pela Federação das Associações dos Moradores de Barcelona (FAVB) também participaram os sindicatos e partidos de esquerda, mas apenas ter sido caro para o ICV e per la Independencia Catalão de Solidariedade (SI).

Os manifestantes, a maioria dos idosos jovens que exigiam a renúncia do ministro do Interior, Felip Puig, e liberdade dos dois presos durante a greve permanecer na prisão. Os slogans e bandeiras eram visíveis Protesto não é terrorismo, não calar e Blow by golpe, Franco está de volta. Os yayoflautas e ala sênior do movimento de indignação, têm animado o protesto com slogans tais como a desobediência não é a violência. As medidas anunciadas, dizem eles, violar os direitos de reunião e implicará um aperto do Código Penal. Vários estudiosos têm criticado e planos de reforma daqueles que questionam a proporcionalidade de aspectos como a possibilidade de protestos chamando-crime por meio de redes sociais.

FAVB Presidente, Jordi Martí, rejeitou qualquer forma de violência, de distúrbios de rua com "uma família é despejada de sua casa porque ela não pode pagar a hipoteca." Por sua vez, o ex-promotor Carlos Jiménez Villarejo corrupção tem criticado as reformas anunciadas pelo Governo e se perguntou "o que qualificador vai demorar para os infratores verdadeiramente perigosas" se se trata da Lei do Terrorismo, se aplicam aos participantes em manifestações. O veterano ativista Gabriela Serra alertou Puig e ministro do Interior, Jorge Fernandez Diaz, que viveu durante a ditadura de Franco não se esqueceu: "Temos profissão difícil e aqueles que vêm estão aprendendo." "Não uma ameaça", disse ele, "é uma advertência, porque estamos em desacordo."

Tradução: Google

http://ccaa.elpais.com/ccaa/2012/04/14/catalunya/1334404402_422808.html

Israel expulsa mais famílias palestinas

Médio Oriente: Delegações da UE condenam construção de colonatos judeus em bairro árabe de Jerusalém

Jerusalém, 21 abr (Lusa) - As delegações da União Europeia em Jerusalém e Ramallah, em Israel, condenaram hoje a construção sem precedentes de colonatos judeus no bairro árabe de Beit Hanina, na parte Este de Jerusalém, conquistada e anexada em Israel em 1967.

Em comunicado, as delegações da União Europeia "condenam o despejo a 18 de abril de membros da famílias Natsché das suas casas no bairro de Beit Hanina", estando as delegações "profundamente preocupadas com os projetos que visam a construção de um novo colonato [israelita] no centro do bairro tradicionalmente palestiniano".

As delegações escrevem ainda que a colonização de territórios ocupados é ilegal à luz do direito internacional.

http://expresso.sapo.pt/medio-oriente-delegacoes-da-ue-condenam-construcao-de-colonatos-judeus-em-bairro-arabe-de-jerusalem=f720711

Combates na Líbia deixam 12 mortos e dezenas de feridos

DA FRANCE PRESSE

Os confrontos na madrugada deste sábado entre a tribo dos Tubus e uma brigada do exército líbio em Kufra, sudeste da Líbia, causaram pelo menos 12 mortos e 35 feridos, informou neste sábado à AFP o dirigente tribal Issa Abdelmajid Mansur, chefe Tubu.

"Atiraram contra nós granadas, foguetes Grad, além de dispararem com metralhadoras antiaéreas", afirmou Mansur, que acusa o exército de fazer uma limpeza étnica na cidade de Kufra.

"Houve disparos desde as seis da manhã" nos bairros residenciais Tubus, contou por telefone um morador de um bairro, acrescentando que a causa dos conflitos ainda não estava clara.

Já um representante do ministério da Defesa, coronel Fradj Bouchaala, disse à AFP que "os combates cessaram" e que as "negociações prosseguiam entre os líderes tribais.

Segundo Wissam Ben Hmid, chefe da brigada Escudo da Líbia, os confrontos começaram depois que uma outra tribo Kufra, a dos Zwei, matou a tiros um Tubu.

Em fevereiro, combates entre os Tubus e os Zwei causaram mais de cem mortos em poucos dias em Kufra, cidade que fica na fronteira com o Chade, Sudão e Egito.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1079674-combates-na-libia-deixam-12-mortos-e-dezenas-de-feridos.shtml

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Quando a mídia veste a camisa de uma multinacional petroleira

Oscar Guisoni - Especial para Carta Maior

Madri - A nacionalização da companhia petroleira YPF, realizada pela presidenta argentina Cristina Kirchner, conseguiu mobilizar a imprensa espanhola que transformou o caso em uma espécie de “causa bélica” de inéditas proporções, que inclui a proliferação de comentários depreciativos sobre os argentinos e uma série de lugares comuns sobre o movimento político que governa em Buenos Aires, ao qual acusam de “peronismo fascista”, “ladrão”, “espoliador” e “terrorista”, entre outras coisas. Ao tropeço de certa imprensa de direita que no sábado dava como certo que a Argentina não nacionalizaria a empresa, soma-se um coro de colunistas em diversos programas de rádio e televisão que pede ao governo que aplique sanções urgentes como represália.

Para entender melhor qual é o clima é preciso recorrer aos humoristas. Forges, o reconhecido chargista do jornal El País, resumiu essa situação com uma charge extraordinária na qual aparecem alguns homens de casaco azul (uma óbvia alusão ao Partido Popular, no governo) e óculos escuros de mafiosos gritando freneticamente, enquanto dois cidadãos observam a cena e um afirma: “Algo está ocorrendo quando se confunde petroleira com pátria” – ao que o outro responde com um lacônico “sim”. O semanário humorista “El Jueves” foi ainda mais longe e destacou: “Argentinos: primeiro roubam tua noiva e depois não querem te dar seu petróleo de presente”.

Mas a imprensa séria foi a que se transformou, sem dúvida, na grande defensora da causa Repsol, quase sem exceções. O ultraconservador matutino La Razón labuzou de petróleo negro sua capa para ressaltar em letras catastróficas: “A guerra suja de Kirchner”. Ao mesmo tempo, seu correspondente em Buenos Aires, Ángel Sastre, escreveu artigo intitulado “A viúva negra e as hienas peronistas”, no qual não economizou adjetivos para qualificar a presidenta Cristina Fernández, chamando-a de “besta parda” enquanto fala de sua “malévola” conversão em um monstro pior que Evo Morales e Hugo Chávez. Cristina é descrita como uma presidenta rodeada de “pistoleiros” como o secretário de Comércio, Guillermo Moreno, e por “larápios corruptos de primeira ordem que manejam as províncias como senhores feudais”, numa alusão aos governadores peronistas que governam as chamadas províncias petroleiras que supostamente teriam se atirado “sobre a Repsol como hienas”. O mesmo jornal, no sábado passado, havia destacado em manchete “O governo fala duro com Kirchner”, em alusão às ameaças do chanceler García Margallo ao governo argentino antes da nacionalização.

O supostamente progressista El País não foi menos belicoso e, em um editorial intitulado “Espólio consumado”, acusa a Argentina de ir “mais além da ruptura circunstancial da segurança jurídica pressuposta em um país democrático” para terminar concluindo que “a expropriação da YPF é uma fuga para a frente que coloca a Argentina à margem da comunidade econômica internacional”. O monarquista ABC vai ainda mais longe, afirmando com grandes letras na capa: “Espoliação”, título acompanhado de uma foto de Cristina Kirchner gritando. Em suas páginas internas pode-se ler uma coluna do diplomata Javier Rupérez que fala “desta incômoda, mal educada, imprevisível e insolente Argentina que o casal Kirchner configurou segundo sua imagem e semelhança”, enquanto outro colunista, Tomás Cuesta, situa a “Argentina em um lugar de destaque no hit-parade dos estados piratas, entre Somália e Venezuela”.

Mas o prêmio máximo vai sem dúvida para o irritado Federico Jímenez Losantos, colunista do diário conservador El Mundo e da rádio COPE, propriedade da Igreja Católica. Segundo Losantos, Cristina Kirchner, a quem chama de “senhora por trás de um botox” e “chefe do bando” tem “essa coisa indigenista cultivada pelos montoneros”. Jiménez Losantos acredita que “os peronistas são um perigo público e privado” que pertencem a “um partido fascista” e seu líder é uma “montonera militante da extrema esquerda terrorista dos anos 70; o pior do pior”. O ministro da Indústria, José Manuel Soria, contribuiu para esse clima ríspido acusando os argentinos de ser “gente pouco confiável”, tratando de dissimular seu equivocado otimismo quando no fim de semana afirmou que o processo de nacionalização havia sido bloqueado e que o governo argentino havia revisado sua decisão ante à decidida pressão espanhola.

A única exceção a esse coro guerreiro, que incluiu vozes contra a Argentina desde o PP no governo até o Partido Socialista na oposição, foram os deputados da Esquerda Unida que consideraram vergonhoso que o governo defendesse desse modo os interesses de uma empresa privada enquanto pouco ou nada faz para defender o estado de bem-estar social que afeta todos os cidadãos. E o jornal de esquerda Público, que publicou algumas colunas de opinião analisando o comportamento bélico dos outros meios de comunicação, como a do catedrático Juan Torres López, que afirmou: “a única maneira de entender as razões que provocam o furor com que o governo espanhol, os meios de comunicação e tantos cronistas de toda laia defendem a Repsol não pode ser outra que comprovar a ampla relação de ex-autoridades do Estado, incluindo atuais ministros, que já estiveram em sua direção, as milhares de páginas e horas de publicidade da empresa que financia esses meios e quem sabe que outro tipo de influências mais inconfessáveis e inconfessadas”.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19979

A polícia que mata...continua matando em SP

Quatro PMs suspeitos de matar jovem são presos em SP

ANDRÉ CARAMANTE - DE SÃO PAULO

Os quatro policiais militares que tiveram a prisão temporária (por 30 dias) decretada pela Justiça por serem investigados sob suspeita de matar um jovem de 16 anos e esconder o corpo em um matagal estão presos.

Os soldados Paulo Hernandes Bastos, Ednaldo Alves da Silva, Edilson Luís de Oliveira e Fábio Henrique da Silva estão no Presídio Militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé, zona norte de SP.

A prisão temporária dos quatro policiais militares foi decretada pelo Leandro Jorge Bittencourt Cano, da Vara do Júri de Guarulhos (Grande São Paulo).

Os quatro PMs são investigados pela Polícia Civil sob suspeita de terem matado Thiago Júnior da Silva, 16.

O jovem sumiu após operação de PMs do 31ë Batalhão em 17 de março de 2011, no Parque Santos Dumont, periferia de Guarulhos. O caso foi revelado terça-feira pela Folha.

O corpo de Thiago só foi encontrado no dia seguinte por sua mãe. Ele tinha uma marca de tiro com características de "tatuagem", ou seja, foi disparado à queima roupa.

À polícia, a mãe de Thiago disse que um dos quatro PMs suspeitos pela morte do jovem havia o ameaçado de morte 15 dias antes do crime.

Segundo os PMs Bastos, Ednaldo Silva, Edilson Oliveira e Fábio Silva, Thiago estava com outros três jovens e um deles teria atirado contra o carro da PM e o policial Bastos disse ter dado apenas um tiro para o alto.

Uma testemunha, entretanto, diz que Thiago implorou aos policiais militares para não ser morto.

O tenente-coronel Antonio de Mello Belucci, comandante do 31ë Batalhão, os PMs investigados e seus advogados de defesa não foram localizados para comentar o caso. A Folha tenta entrevista com o coronel Belucci sobre o caso desde terça-feira à tarde.

Ontem (18), o tenente-coronel Belucci impetrou um habeas corpus na Justiça com a finalidade de evitar as prisões dos quatro PMs. O oficial entende que seus subordinados são inocentes e não podem ficar presos.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1078466-quatro-pms-suspeitos-de-matar-jovem-sao-presos-em-sp.shtml

Ataque com coquetel molotov aumenta tensão no GP do Barein

Por Alan Baldwin

MANAMA, 19 Abr (Reuters) - As preocupações com a segurança no Grande Prêmio de Fórmula 1 do Barein, que será realizado no domingo, aumentaram nesta quinta-feira depois que uma bomba incendiária foi jogada perto de membros da equipe Force India e a polícia lançou gás lacrimogêneo e fez disparos para dispersar manifestações contra o governo.

Dois funcionários da equipe Force India de Fórmula 1 deixaram o Barein por se sentirem inseguros no país, disse um porta-voz nesta quinta-feira. Os pilotos da equipe são o alemão Nico Hulkenberg e o britânico Paul Di Resta.

Manifestantes contrários à monarquia muçulmana sunita do país árabe pararam o trânsito e detonaram uma bomba caseira, sem deixar feridos. O país é governado por uma dinastia sunita, mas a grande maioria da população é xiita e se queixa de discriminação.

A administração do GP do Barein afirmou que quatro membros da equipe Force India que viajavam entre a capital, Manama, e o circuito passaram por um "incidente isolado envolvendo um punhado de manifestantes ilegais agindo violentamente contra a polícia". "Durante esse incidente um coquetel molotov caiu nas proximidades do veículo deles", diz um comunicado.

Novos protestos estão programados para os próximos dias, inclusive um perto do circuito, segundo a embaixada dos EUA.

Em outra baixa para o fim de semana automobilístico no Barein, a equipe MRS alegou preocupações com a segurança e desistiu de participar da prova de abertura da temporada da categoria auxiliar Porsche SuperCup.

Embora correspondentes internacionais da área de esportes estejam no Barein para a cobertura da corrida, repórteres de outros setores, da Reuters e outros órgãos de mídia, não receberam vistos de entrada no país.

O Barein convive há mais de um ano com protestos que são parte da chamada Primavera Árabe, e que levaram ao cancelamento do GP da Fórmula 1 no ano passado. A prova deste ano só foi confirmada na semana passada.

http://br.reuters.com/article/sportsNews/idBRSPE83I05K20120419

quarta-feira, 18 de abril de 2012

MST faz protesto no Rio e cobra punição aos assassinos do Massacre de Eldorado

MST faz caminhada no centro do Rio para lembrar os 16 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Em mais um dia de manifestações pela reforma agrária no país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fez hoje (17) uma caminhada pelas principais vias da região central da capital fluminense. Os sem-terra seguiram até a sede do Tribunal de Justiça do estado, onde fizeram um ato para lembrar os 16 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, que deixou 21 trabalhadores mortos.
A polícia acompanhou a manifestação, que foi pacífica. Os trabalhadores continuam acampados em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a previsão do MST é que eles fiquem no local por pelo menos mais um dia.

Na tarde desta terça-feira, os líderes do MST no Rio de Janeiro voltam a negociar com o Incra a pauta de reivindicações. Para a coordenadora nacional do MST Amanda Matheus, o processo de reforma agrária no estado ainda é muito lento. Segundo ela, existem diversas famílias aguardando há mais de dez anos pelo direito à terra.

“Nós estamos exigindo do Incra resposta concreta relacionada aos processos que estão parados aqui no estado. A gente quer sair das negociações com pelo menos algumas metas e alguns compromissos [definidos]”, disse.

A Superintendência do Incra no Rio de Janeiro confirmou para hoje a reunião com o MST, mas alertou que, se houver alguma tentativa de ocupação do prédio, as negociações estarão suspensas.

Edição: Juliana Andrade

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-17/mst-faz-caminhada-no-centro-do-rio-para-lembrar-os-16-anos-do-massacre-de-eldorado-dos-carajas

O FMI ameaça: é hora de virar pó!

FMI quer emergentes preparados para fuga de dólares

LUCIANA COELHO - DE WASHINGTON

O FMI (Fundo Monetário Internacional) aponta progresso na redução de riscos nos mercados mundiais, mas alerta que reformas como a maior integração fiscal e financeira da Europa e o fortalecimento do sistema bancário ainda precisam ser priorizadas.

Se não o forem, consequências como a saída de capitais dos países emergentes minariam o avanço global, com impacto de até 2 pontos percentuais no PIB de países como o Brasil, ressalta o FMI em seu relatório anual Avaliação de Estabilidade Financeira Global, lançado hoje em Washington

"Para um país como o Brasil, que recebeu um montante enorme de capital estrangeiro neste período [de crise], o impacto sobre o crescimento poderia chegar a dois pontos percentuais, mesmo com as reservas [do país] sendo suficientes para cobrir necessidades financeiras de curto e médio prazo", afirma o documento.

O relatório ressalta que a inundação de dólares, provocada pelas políticas monetárias expansionistas e de liquidez nos países ricos --que aumentaram a quantidade de dinheiro em circulação e acabaram, na prática, por desvalorizar suas moedas-- criou, somada à atratividade dos mercados emergentes, novas vulnerabilidades.

Na semana passada, a diretora-gerente do fundo, Christine Lagarde, descreveu esses mercados como um "ímã de dinheiro".

'RISCO DE MÃO DUPLA'

"Os responsáveis pela política econômica destes países enfrentam um risco de mão-dupla, e devem estar também preparados para uma fuga repentina de capitais", destaca o FMI.

O governo brasileiro tem criticado as economias avançadas pelas políticas de afrouxamento, que elevam o real e outras moedas emergentes e criam obstáculos à exportação.

Na definição da presidente Dilma Rousseff e do ministro Guido Mantega, trata-se de "protecionismo cambial".

Uma das respostas tem sido o anúncio sucessivo de medidas pró-indústria, apontadas pelos governos e empresários de alguns países ricos, por sua vez, como barreiras protecionistas.

BRASIL

O FMI não avalizou, até agora, a posição brasileira, assentindo com o afrouxamento nos países ricos --embora note que ele não deve ser ilimitado nem desacompanhado de mais correções.

Mas, ao apontar as vulnerabilidades, reconhece a dificuldade criada pelo intenso fluxo de entrada de dólares.

Embora o FMI tenha afirmado ontem que o risco de superaquecimento na economia brasileira se dissipou, e o relatório afirme que a rápida expansão do crédito no país tenha ajudado a limitar as turbulências em 2009, o fundo ressalta que a contínua expansão nos ativos dos bancos levou a um aumento dos empréstimos de baixa qualidade, sobretudo no mercado imobiliário.

"Nessas circunstâncias, a margem de manobra para o uso do canal de crédito para mitigar choques negativos pode ser limitada", alerta.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1077711-fmi-quer-emergentes-preparados-para-fuga-de-dolares.shtml

Ativistas do Bahrein prometem "dias de fúria" durante GP de F-1

Manifestantes de oposição no Bahrein planejam "dias de fúria" durante a realização do Grande Prêmio de F-1 no país, no próximo fim de semana, e as forças de segurança detiveram dezenas de ativistas em meio aos preparativos para a corrida.

O Bahrein, pequeno reino insular do Golfo Pérsico, vive uma crise política há mais de um ano, com uma violenta repressão a manifestações por democracia que são parte da chamada Primavera Árabe.

"Boicote a F-1 no Bahrein", diz uma pichação num muro próximo a Manama, a capital, junto à imagem de um carro vermelho da Ferrari. "Vocês vão correr sobre o sangue dos mártires."

A corrida de 2011 no país foi cancelada por causa da rebelião, e a edição deste ano só foi confirmada na semana passada, depois que o dirigente comercial da categoria, Bernie Ecclestone, garantiu que a situação no Bahrein é "tranquila e pacífica".

A realização da corrida poderá ser uma chance para que a família real Al-Khalifa exiba uma atmosfera de normalidade no reino - desde que protestos e confrontos fiquem restritos aos bairros habitados pela maioria xiita, e não cheguem às principais ruas e avenidas da capital.

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1077737-ativistas-do-bahrein-prometem-dias-de-furia-durante-gp-de-f-1.shtml

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Argentina decide nacionalizar YPF e estremece relações com Espanha

Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta segunda-feira que seu governo pretende "expropriar" 51% da petrolífera de capital argentino e espanhol Repsol-YPF. A declaração - segundo Cristina, inspirada na Petrobras - estremeceu as relações diplomáticas com a Espanha.

Um projeto de lei, já enviado ao Congresso Nacional, estabelece que o Estado passa a controlar a empresa - que havia sido privatizada nos anos 1990.

A presidente justificou a decisão diante da queda na produtividade da petroleira, no aumento inédito das importações de combustíveis, no passado, e no fato do país ser um dos poucos no mundo que não tem o "controle" deste setor.
"Depois de dezessete anos, pela primeira vez em 2010, tivemos que importar gás e petróleo. Também tivemos redução no saldo comercial [devido à queda nas exportações do setor], que entre 2006 e 2011 foi de 150%", afirmou.
"Não se trata de estatização, mas de recuperação da empresa, que passará a ser controlada pelo Estado argentino", disse, em rede nacional de rádio e de televisão.
Ela também anunciou a assinatura de um decreto intervindo na companhia, que passará a ser administrada por autoridades locais, antes mesmo da aprovação do texto pelos parlamentares argentinos.

Reação
O anúncio da nacionalização era esperado há vários dias e já tinha gerado forte reação das autoridades da Espanha.
Durante o discurso, Cristina leu trechos de reportagens da imprensa espanhola sobre o assunto e afirmou. "Essa presidente não fará eco de frases insolentes [da Espanha]. Primeiro porque sou chefe de Estado. Minha responsabilidade é conduzir", disse.
Pouco depois do anúncio, a número dois do partido governista da Espanha (PP), Dolores de Cospedal, disse que o governo espanhol "responderá" à medida argentina. "Nesta questão, a Espanha tem o apoio dos sócios europeus e outros sócios".
Na sexta-feira passada, a Comissão Europeia afirmou ter o "dever de defender os investimentos realizados pelos estados-membros do bloco no exterior", sinalizando apoio à Espanha.
O rei Juan Carlos também teria telefonado para Cristina tentando evitar a expropriação. O diretor da Repsol-YPF, Antonio Brufau, ainda pedia diálogo poucas horas antes do anúncio presidencial.

Petrobras
Cristina afirmou que a decisão argentina não é um "fato inédito", já que outros governos, como México e Bolívia, possuem 100% das empresas petrolíferas estatais. Ela citou o Brasil como um modelo.

"No Brasil, o estado tem 51% [das ações] por meio da Petrobras. Nós escolhemos o mesmo caminho [com a Repsol-YPF]. Queremos ter uma relação igualitária com nosso sócio [Brasil], para ajudar a América Latina a se transformar também em região de auto-abastecimento. E, por isso, queremos incluir Venezuela no Mercosul para fechar o anel energético", disse.

O restante das ações da Repsol-YPF -mais de 40%- corresponderá às províncias e um percentual reduzido aos espanhóis (especula-se que em torno de 6%).
A presidente disse que a medida não afeta "outros sócios ou acionistas" da Repsol-YPF. No entanto, após o anúncio, as ações da empresa registraram forte queda na Argentina e no mercado internacional.

A presidente afirmou também que seu governo quer trabalhar junto com o empresariado, mas que "não vai tolerar" a falta de cooperação com seu país. O anúncio da presidente foi interpretado por analistas argentinos como sinal de “maior ingerência do Estado” na economia local.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/04/120416_argentina_ypf_mc.shtml

Sem Cuba, não haverá mais Cúpula das Américas, diz Venezuela

O chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu neste domingo que a decisão dos Estados Unidos de não permitir a presença de Cuba na Cúpula das Américas vai inviabilizar a reunião hemisférica. O encontro em Cartagena terminou hoje sem declaração final por falta de consenso sobre a presença de Cuba nestas reuniões continentais, defendida por todos os países do bloco, exceto Estados Unidos e Canadá.
"Se não formos capazes de retificar os que pretendem impor seu veto, esta será a última cúpula", disse Maduro aos jornalistas. O chanceler comemorou o apoio de toda a América Latina e do Caribe à inclusão de Cuba e ao fim do embargo americano à ilha, imposto por Washington há mais de 50 anos.
Esta é a "ratificação de que avançamos em uma identidade comum, em temas comuns, e um deles é a solidariedade e o apoio a Cuba e a luta contra o embargo", disse. Cuba foi expulsa da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1962, e jamais participou de uma Cúpula das Américas. A expulsão foi suspensa pela OEA em 2009, mas Havana rejeitou seu retorno à organização.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5720894-EI8140,00-Sem+Cuba+nao+havera+mais+Cupula+das+Americas+diz+Venezuela.html

Mouse tem mais germes do que vaso sanitário, diz estudo

O mouse de computador é três vezes mais sujo do que um vaso sanitário. Isso é o que revelou uma pesquisa realizada pelo Initial Washroom Hygiene. O estudo comparou 158 itens de 40 mesas de trabalho em três escritórios a dados coletados em assentos de banheiros de diversos prédios.

O resultado assustador seria explicado pelo fato de que muitos usuários comem diante do computador, prática que transforma o local de trabalho em terreno fértil para germes e bactérias. Além disso, a gordura e resíduos acumulados nas mãos vão para o mouse e dispositivos elétricos não são limpos com a mesma frequência que outros itens do escritório.

A pesquisa também constatou que os mouses dos homens são mais sujos que os das mulheres, com aproximadamente 40% de bactérias a mais.

O segundo item mais sujo do escritório é o teclado, seguido pelo telefone e cadeira.

http://br.noticias.yahoo.com/mouse-tem-mais-germes-vaso-sanit%C3%A1rio-estudo.html

domingo, 15 de abril de 2012

Protesto contra encerramento da Maternidade Alfredo da Costa

Centenas de pessoas concentraram-se em frente à Maternidade Alfredo da Costa para protestar contra o encerramento da maior maternidade do país, sob o mote "Uma flor pela MAC".

Centenas de pessoas, entre profissionais de saúde, pacientes e famílias inteiras, concentraram-se hoje em frente à Maternidade Alfredo da Costa para protestar contra o encerramento da maior maternidade do país, recentemente anunciado pelo governo.

Sob o mote "Uma flor pela MAC", a concentração foi colorida por rosas, gerbérias, cravos e outras flores que acabaram depositadas num relvado em frente à maternidade onde foi desenhado o símbolo da MAC e preenchido por flores.

Várias crianças que nasceram na maternidade participaram no protesto, muitas com autocolantes a informar que ali nasceram ou cartazes dizendo "É graças a esta casa que eu conto para a taxa de natalidade deste país".

Uma família com um grupo de quadrigémeas nascidas na MAC, com dois anos e 10 meses, participou também no protesto, para mostrar a sua indignação contra o encerramento da instituição: "Ao fim de 20 dias de as quatro bebés terem nascido voltámos todas para casa. Tal só foi possível graças ao profissionalismo da equipa que aqui trabalha", contou a mãe das quadrigêmeas, Sara Melo.

Petição será entregue na AR
Os profissionais de saúde, entre pediatras, ginecologistas ou obstetras que trabalham na maternidade, e alguns internos daqueles serviços, também participaram no protesto, alguns dos quais recolhendo assinaturas para uma petição contra o encerramento da MAC que circula com o objetivo de ser entregue aos deputados.

"A nossa maior preocupação é considerar que a saúde vai diminuir os cuidados de saúde para a criança e a mulher", afirmou à Lusa a médica Maria Luísa Martins, defendendo que "não se mexe numa equipa [de profissionais de saúde] ganhadora" e mostrando preocupação sobre a formação futura dos internos daquelas especialidades.

As auxiliares que trabalham na maternidade também se fizeram representar no protesto e manifestaram preocupação com o seu futuro profissional, especialmente as que têm vínculo precário e que poderão ficar sem trabalho quando a maternidade encerrar.

"Tenho muito medo de que a maternidade feche, até porque tenho muita confiança nesta equipa que me está a seguir"

Sentadas nas escadarias da maternidade, várias mulheres, algumas já com alguma idade e outras atuais pacientes na MAC e que temem o futuro quando a maternidade encerrar, participaram também na manifestação.

"Tirei uma mama há poucas semanas e ando a ser seguida aqui no serviço da MAC. Tenho muito medo de que a maternidade feche, até porque tenho muita confiança nesta equipa que me está a seguir", contou à Lusa Georgina Antunes, de 64 anos.

Um dos argumentos do governo para o encerramento da MAC é o excesso de oferta de serviços de obstetrícia na região de Lisboa.

http://expresso.sapo.pt/protesto-contra-encerramento-da-maternidade-alfredo-da-costa=f719288

São Paulo cria Comissão da Verdade municipal

Da Redação

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou na sessão de quarta-feira (11/4), por unanimidade, a instalação da Comissão da Verdade municipal, que deverá investigar os crimes cometidos na capital durante a ditadura militar. O projeto teve 43 votos a favor, 2 contrários e 2 abstenções.

A Comissão deverá ter 7 vereadores e 180 dias para concluir os trabalhos a partir de sua instalação, que tem prazo de 15 dias para ocorrer. O vereador Ítalo Cardoso (PT), autor do projeto e que presidiu em 2009 a subcomissão que acompanhou a abertura dos arquivos da ditadura, afirma que o esforço será compor a Comissão com vereadores que tenham relação com o assunto e o período.

"O que é fundamental na Comissão é que a cidade de São Paulo se coloca na vanguarda. Aqui aconteceram muitos crimes, como a morte de Herzog", lembra ele. O jornalista, inclusive, vai ganhar um busto na praça ao lado da Câmara, segundo o vereador.

Casos

Entre os casos que a Comissão deve investigar, além de Herzog, é a morte de Carlos Marighella, emboscado pela repressão em novembro de 1969 e que ganhou nova versão recentemente com revelações do fotógrafo que fez a imagem mais conhecida de seu corpo colocado no carro - na nova versão, a cena do crime foi maquiada.

Ainda há as ossadas de Perus, que o vereador diz pretender atualizar o relatório feito à época, início dos anos 90. Outro caso de enterrados sem identificação e que deverá ser investigado está no cemitério da Vila Formosa, onde havia suspeitas de corpo, mas uma nova quadra de túmulos foi construída em cima.

O vereador diz que a Comissão Municipal deverá trabalhar em compasso com a Estadual e Nacional.

http://carosamigos.terra.com.br/index2/index.php/noticias/2755-sao-paulo-cria-comissao-da-verdade-municipal

sábado, 14 de abril de 2012

O neoliberalismo na berlinda

O ex-primeiro-ministro Geir Haarde está sendo julgado em Reijkjavik por ter conduzido o país à catástrofe de 2008 e pode ser condenado a até dois anos de prisão. A virada neoliberal da Islândia, com desregulamentação financeira e privatizações em massa, começou no governo de David Oddson, em 1991. Haarde não é o único culpado, embora tenha sido parte importante do processo desde bem antes do início do seu governo, em 2006, primeiro como líder parlamentar do Partido da Independência (conservador, então no governo) de 1991 a 1998 e ministro da Fazenda de Oddson de 1998 a 2005.

É uma oportunidade para o país refletir sobre a transformação de estável social-democracia escandinava em centro financeiro desregulamentado cuja precariedade se viu quando a crise hipotecária dos EUA fez falir seus maiores bancos, com passivos externos mais de 20 vezes maiores que o PIB.

A ducha gelada da crise despertou os -islandeses do sonho consumista e os lançou às ruas com uma versão nórdica do “que se vayan todos!” A renúncia de Haarde e a eleição de um governo de centro-esquerda não bastaram para satisfazê-los: rejeitaram por duas vezes, em plebiscito, propostas de pagamento parcial da dívida externa deixada pelos bancos falidos. O fato de que, depois disso, o país esteja se recuperando muito melhor que os europeus oprimidos pela “austeridade” é a explicação para o silêncio quase absoluto da mídia internacional sobre esse país e seu julgamento do neoliberalismo.

http://www.cartacapital.com.br/internacional/o-neoliberalismo-na-berlinda/

Ditador Videla admite que matou “sete ou oito mil pessoas”

Francisco Luque - De Buenos Aires

O relato é cru, mas esclarecedor. O ditador argentino Jorge Rafael Videla admitiu que matou “sete ou oito mil pessoas” durante a ditadura. Friamente, o ditador, hoje preso, afirmou que as vítimas estavam detidas ou sequestradas e que fez desaparecer seus restos “para não provocar protestos dentro e fora do país”. “Cada desaparição pode ser entendida certamente como a maquiagem, ou dissimulação de uma morte”. Estas declarações estão incluídas no livro “Disposição Final, a confissão de Videla sobre os desaparecidos”, do jornalista argentino Ceferino Reato, publicadas hoje (13) pelo jornal La Nación, da Argentina.

Segundo o La Nación, o repressor descreve de forma detalhada o “método” utilizado durante a repressão ilegal, justifica o uso da tortura e destaca a influência da “Doutrina Francesa” usada na Argélia, na luta contra as guerrilhas.

"Não havia outra solução, (os militares) estávamos de acordo em que era o preço a pagar para ganhar a guerra contra a subversão e necessitávamos que não fosse evidente para que a sociedade não percebesse. Havia que eliminar um conjunto grande de pessoas que não podiam ser levadas à justiça nem tampouco fuziladas", afirmou o ditador.

Organismos de Direitos Humanos afirmam que o número de desaparecidos por ação da ditadura cívico-militar na Argentina corresponde a 30.000 pessoas.
No livro, de próxima distribuição, Videla afirma que fez desaparecer corpos de pessoas mortas em tiroteios, como o do chefe do Exército Revolucionário do Povo (ERP) Mario Santucho, porque "era uma pessoa que gerava expectativas; a aparição desse corpo ia dar lugar a homenagens, a celebrações. Era uma figura que devia ser apagada". Sustenta também que a reação da ditadura não estava relacionada com uma “Solução Final”, mas com “Disposição Final”. “É uma frase muito utilizada pelos militares, e significa tirar de serviço algo por ser imprestável”, diz Videla.

O repressor sustenta que as pessoas que “deviam morrer” para ganhar a guerra contra a subversão o foram por sua preparação militar e ideológica. Enfoca seu relato no Exército Revolucionário do Povo (ERP), a quem aponta como “mais inimigo que os Montoneros”. “Era algo alheio, outra coisa. Os Montoneros guardavam algo de nacionalismo, catolicismo, do peronismo com o qual havia nascido", afirma.

O livro inclui testemunhos de outros chefes militares, guerrilheiros, políticos, funcionários e sindicalistas que permitem reconstruir o contexto histórico no qual Videla e suas tropas decidiram tomar o poder, no dia 24 de março de 1976, e matar e fazer desaparecer os restos dos milhares de pessoas às quais consideravam "irrecuperáveis".

Com respeito ao destino final dos desaparecidos, Videla sustenta que “não existem listas definitivas, apenas algumas parciais e desorganizadas”. Esta é a segunda vez que o ditador Videla se refere midiaticamente aos desaparecidos. Em dezembro de 1977, frente à conferência de imprensa que procurava resposta sobre as suspeitas de detenção e desaparição de pessoas, Videla filosofou: “O desaparecido, enquanto permaneça como tal, é uma incógnita. Se o homem aparecesse teria um tratamento "x", mas enquanto seja desaparecido, não pode ter um tratamento especial. Os desaparecidos são isso: desaparecidos; não estão nem vivos nem mortos; estão desaparecidos, não têm identidade, não são”.

A cobertura que o jornal La Nación dedicou nos últimos tempos às declarações do ditador Videla e suas justificativas dos crimes de sua ditadura causaram desconforto. Em fevereiro deste ano, o tradicional veículo, pertencente à também tradicional família Mitre, publicou parte da entrevista que o repressor concedeu à revista espanhola Cambio 16. Entretanto, no dia 10 de abril passado, em seu editorial intitulado “Memória completa e reconciliação”, tentou revalorizar a “teoria dos dois demônios” propondo uma espécie de “reconhecimento” aos soldados, oficiais e policiais que morreram “cumprindo com seu dever” na década de 70, além de se pronunciar contra a anulação das leis de obediência devida e ponto final, reivindicando-as junto com os indultos aos genocidas, como “avanços à reconciliação”.

“A este jornal só podemos reconhecer o mérito da coerência histórica. São os mesmos que apoiaram todo golpe de estado presenciaram e protegeram em suas páginas a ditadura militar genocida. São os que fizeram negócios milionários com o governo de fato, cujo caso emblemático é a aquisição da empresa Papel Prensa”, afirmou o presidente da Federação de Estudantes da Universidade de Buenos Aires, Ignacio Kostzer.

Tradução: Libório Junior

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19954

sexta-feira, 13 de abril de 2012

STF decide que aborto de feto anencéfalo não é crime

Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mulheres que decidem abortar fetos anencefálicos e médicos que provocam a interrupção da gravidez não cometem crime. A maioria dos ministros entendeu que um feto com anencefalia é natimorto e, portanto, a interrupção da gravidez nesses casos não é comparada ao aborto, considerado crime pelo Código Penal. A discussão iniciada há oito anos no STF foi encerrada em dois dias de julgamento.

A decisão livra as gestantes que esperam fetos com anencefalia - ausência de partes do cérebro - de buscarem autorização da Justiça para antecipar os partos. Algumas dessas liminares demoravam meses para serem obtidas. E, em alguns casos, a mulher não conseguia autorização e acabava, à revelia, levando a gestação até o fim. Agora, diagnosticada a anencefalia, elas poderão se dirigir diretamente a seus médicos para realização do procedimento.

O Código Penal, em vigor desde 1940, prevê apenas dois casos para autorização de aborto legal: quando coloca em risco a saúde da mãe e em caso de gravidez resultante de estupro. Qualquer mudança dessa lei precisa ser aprovada pelo Congresso. Por 8 votos a 2, o STF julgou que o feto anencefálico não tem vida e, portanto, não é possível acusar a mulher do crime de aborto. “Aborto é crime contra a vida. Tutela-se a vida em potencial. No caso do anencéfalo, não existe vida possível”, afirmou o relator do processo, ministro Marco Aurélio Mello.

Em seu voto, Carlos Ayres Britto afirmou que as gestantes carregam um “natimorto cerebral” no útero, sem perspectiva de vida. “É preferível arrancar essa plantinha ainda tenra no chão do útero do que vê-la precipitar no abismo da sepultura”, declarou. Além desse argumento, a maioria dos ministros reconheceu que a saúde física e psíquica da grávida de feto anencéfalo pode ser prejudicada se levada até o fim a gestação. Conforme médicos ouvidos na audiência pública realizada pelo STF em 2008, a gravidez de feto sem cérebro pode provocar uma série de complicações à saúde da mãe, como pressão arterial alta, risco de perda do útero e, em casos extremos, a morte da mulher. Por isso, ministros afirmaram que impedir a mulher de interromper a gravidez nesses casos seria comparável a uma tortura.

Obrigar a manutenção da gestação, disse Ayres Britto, seria impor a outra pessoa que se assuma como mártir. “O martírio é voluntário”, afirmou. “O que se pede é o reconhecimento desse direito que tem a mulher de se rebelar contra um tipo de gravidez tão anômala, correspondente a um desvario da natureza”, disse. “Dar à luz é dar à vida e não à morte”, afirmou. Na opinião do ministro, se os homens engravidassem, a antecipação de partos de anencéfalos “estaria autorizada desde sempre”.

O ministro Gilmar Mendes, que também foi favorável à possibilidade de interrupção da gravidez, sugeriu que o Ministério da Saúde edite normas que regulem os procedimentos que deverão ser adotados pelos médicos para garantir a segurança do tratamento. Uma dessas regras poderia estabelecer que antes da realização do aborto o diagnóstico de anencefalia seja atestado em dois laudos emitidos por dois médicos diferentes.
Apenas dois ministros votaram contra a liberação do aborto - Ricardo Lewandowski e o presidente do STF, Cezar Peluso. Lewandowski julgou que somente o Congresso poderia incluir no Código Penal uma terceira exceção ao crime de aborto. E citou as outras duas: caso a gravidez decorra de estupro ou se o aborto for necessário para salvar a vida da mãe. “Não é lícito ao mais alto órgão judicante do País, a pretexto de empreender interpretação conforme a Constituição, envergar as vestes de legislador positivo, criando normas legais”, afirmou o ministro. “O aborto provocado de feto anencéfalo é conduta vedada de modo frontal pela ordem jurídica”, disse Peluso. “O doente de qualquer idade, em estágio terminal, também sofre por seu estado mórbido e também causa sofrimento a muitas pessoas, parentes ou não, mas não pode por isso ser executado nem é licito receber ajuda para dar cabo à própria vida”, afirmou o ministro. “O feto portador de anencefalia tem vida”.

Gilmar Mendes reclamou da decisão do ministro Marco Aurélio de negar a participação de setores religiosos no julgamento, fazendo sustentações orais no plenário do STF. “As entidades religiosas são quase que colocadas no banco de réus, como se estivessem a fazer algo de indevido. E é bom que se diga que elas não estão fazendo algo de indevido ao fazer as advertências”, disse. “Talvez daqui a pouco nós tenhamos a supressão do Natal do nosso calendário ou, por que não, a revisão do calendário gregoriano”, disse. “É preciso ter muito cuidado com esse tipo de delírio, de faniquitos anticlericais”, acrescentou.

http://br.noticias.yahoo.com/stf-decide-aborto-feto-anenc%C3%A9falo-%C3%A9-crime-000600284.html

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Estado americano de Connecticut abolirá pena de morte

DA FRANCE PRESSE, EM NOVA YORK

A Câmara de Representantes de Connecticut aprovou a abolição da pena de morte, uma semana depois do Senado ter feito o mesmo no Estado da região nordeste dos Estados Unidos. Agora cabe ao governador, Dannell Malloy, promulgar a lei.

A votação -- por 86 votos a favor e 62 contra-- aconteceu depois da meia-noite, após mais de nove horas de debate.

Depois que o texto recebeu a aprovação dos representantes, o governador democrata foi enfático: "Estou feliz que a Câmara tenha adotado o projeto de lei e o assinarei assim que chegar a meu gabinete".

"Quando assinar esta lei, Connecticut se unirá a outros 16 estados e a quase todos os demais países desenvolvidos no que acredito ser uma política melhor", completou em um comunicado.

Malloy destacou que apenas uma pessoa foi executada em 52 anos no Estado, e que foi um condenado que pediu para ser executado.

A pena de morte será substituída pela prisão perpétua como maior punição.

A nova lei não é retroativa para as 11 pessoas que aguardam a execução no corredor da morte de Connecticut.

Outros quatro Estados --Illinois (norte), Novo México (sudoeste), Nova Jersey e Nova York (nordeste)-- aboliram a pena de morte nos últimos cinco anos. A Califórnia planeja submeter a questão a um referendo em novembro.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1075044-estado-americano-de-connecticut-abolira-pena-de-morte.shtml

terça-feira, 10 de abril de 2012

AFEGANISTÃO: A juventude é a vítima do tráfico do ópio de EUA e OTAN

Após 10 anos de “luta” dos USA e OTAN contra o ópio e narcóticos no Afeganistão, o relatório da ONU revela um incrível aumento no cultivo, processamento e tráfico, assim como no vício no país.

Em janeiro de 2000, o regime Talibã impôs um banimento no cultivo e negócio da papoula (planta que origina o ópim –NdT) e narcóticos e realizou uma campanha que resultou em 91% de diminuição no cultivo de papoula. De acordo com relatórios oficiais, em 2001 não havia o cultivo na província de Helmand e outras localidades do sul do Afeganistão, onde antes se produzia metade do ópio do país.

Mas com a ocupação do USA/OTAN e a implementação da missão « paz e antiterrorismo » no final de 2011, não apenas esta missão não contribui para reduzir o nível de cultivo de papoula e sua comercialização, como também ele foi impulsionado e transformado em um negócio rentável.

O regime afegão, marionete dos EUA/OTAN, composto pela máfia loca, traficantes de ópio e senhores do crime, se aproveita do lucro desses negócio com seus parceiros estrangeiros. Eles fizeram ilegais o cultivo, o processamento e o tráfico de ópio e criaram um ministério específico, mas na verdade todos os seus esforços levaram a promover a produção do ópio. Sob o controle direto dos Estados Unidos e da OTAN, o Afeganistão alcançou o primeiro lugar como produtor de narcóticos do mundo ! Agora, o Afeganistão produz mais de 90% do ópio mundial. De acordo com relatórios da ONU, sob o domínio dos Estados Unidos e OTAN a área de cultivo da papoula cresceu 7% em 2011, comparado a 2010, e a quantidade produzida aumentou em 61%.

O governo afegão, junto com seu senhor (EUA/OTAN), puniu os fazendeiros pobres e destruiu suas fazendas de ópio para mostrar que estão impondo a lei, mas na realidade pretendem manter o equilíbrio do mercado de acordo com a teoria da oferta e demanda para se certificar de seu lucro.

Os fazendeiros pobres que cultivam a papoula com dezenas de riscos e necessidades recebem menos de 2% do lucro total, mas 98% do lucro vai para os bolsos da máfia apoiada por EUA/OTAN.

Dentro e fora do Afeganistão. É compreensível que um fazendeiro pobre não pode processar o ópio e contrabandear milhares de toneladas de heroína e ópio para Moscou, Europa e o resto do mercado internacinal. Como parte da missão, os helicópteros dos EUA, Inglaterra e os demais aliados militares traficam milhares de toneladas de heroína para o mercado internacional sem qualquer controle ou investigação da polícia fantoche. Um jornal norteamericano expôs apenas metade da verdade : em 27 de julho de 2007, o New York Times escreveu : « o exército americano se finge de cego frente à produção de ópio porque não é central à missão antiterrorista. »
A última vistoria conduzida pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e o governo afegão mostra que a receita do ópio é em torno de 1.4 bilhões de dólares, 9% do Produto Interno Bruto do país e teve 133% de aumento sobre o ano anterior.
De acordo com o relatório do Ministério de Combate às Drogas do Afeganistão, em 2006, 920mil pessoas eram viciadas em drogas e heroína no Afeganistão e em 2008 o número cresceu para 1 milhões e meio – a maioria jovens.

A maior parte da juventude, por causa da pobreza, desemprego e baixa escolaridade, geralmente procura uma saída no ópio e na heroína, facil de serem encontrados. A juventude viciada, para arcar com os custos das drogas, é obrigada a fazer qualquer coisa e servir em missões perigosas. Um número considerável do exército nacional e da polícia nacional do Afeganistão consiste de jovens viciados que estão lutando na linha de frente da guerra. Os senhores da guerra e bandos de criminosos dentro do governo também recrutam os jovens para os seus propósitos sujos. Os jovens viciados em grandes cidades no Afeganistão, incluindo Cabul, têm sido tratados como animais e não há responsabilidade contra este segmento vulnerável da sociedade.
Os impactos negativos do ópio e esses negócios sujos do capitalismo não são limitados à juventude afegã, mas a milhões de jovens no mundo que sao vítimas desse demônio. As vidas de milhões de jovens não são importantes para os capitalistas, ele apenas procuram o seu lucro em qualquer negócio, seja ópio ou heroína, guerra, produção de armas de destruição em massa, armas nucleares, guerras e doenças artificiais.

http://juventuderevolucao.org/blog/2012/04/07/afeganistao-a-juventude-e-a-vitima-do-trafico-do-opio-de-eua-e-otanartigo-publicado-na-edicao-de-numero-5-do-boletim-internacional-de-juventude-veja-os-demais-artigos/

Israel quer impedir grupo solidário de chegar à Palestina

Efetivos da polícia, tropas especiais e soldados do Exército sionista mobilizados contra 2.500 ativistas de todo o mundo

Escrito por: Prensa Latina

Forças policiais israelenses iniciaram, nesta terça-feira (10), uma operação de segurança para abortar uma massiva entrada de estrangeiros solidários com a causa palestina, enquanto o governo sionista esquivou-se das reivindicações para destravar o processo de paz.
Efetivos da polícia, tropas especiais e soldados do Exército de Israel começaram a preparar um plano para impedir a entrada de cerca de 2.500 ativistas, em sua maioria europeus, que pretendem chegar, no próximo fim de semana, ao aeroporto Ben Gurion.
Os solidários são esperados em Israel a partir de 20 de abril por convite da campanha "Bem-vindos à Palestina 2012".
Essa iniciativa, que busca romper com a política israelense de isolamento de Cisjordânia, imita outra de 2010 quando cerca de 100 pessoas chegaram sem incidentes a esse território ocupado.
No entanto, no ano passado Israel manobrou com diversas empresas aéreas para bloquear o embarque de centenas de pessoas em aviões com destino a Ben Gurion e, também, prendeu e depois deportou um grupo que conseguiu violar esses controles.

http://www.cut.org.br/destaque-central/47936/israel-quer-impedir-grupo-solidario-de-chegar-a-palestina?utm_source=cut&utm_medium=email&utm_term=informacut&utm_campaign=informacut

O monstro está solto e ainda ameaça!

O coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi entre 1970 e 1974, período em que cerca de 55 pessoas foram assassinadas e outras 700 torturadas, teima em não sair de cena. Desta vez, ele reaparece para ameaçar jovens que participaram de um ato público que pedia punição aos crimes da ditadura militar (1964-85).

Carlos Alberto Brilhante Ustra é acusado, dentre outros crimes e monstruosidades, de ordenar a tortura que levou a morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino. Ele também é acusado de ter torturado o ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi.

Agora, este carniceiro está ameaçando os jovens Luiz Felipe Garcez, Adil Giovanni Lepri, Eduardo Victor Viga Beniacar, Rodrigo Mondego e Gustavo Santana, que protestaram contra a comemoração do golpe de 1964, no dia 29 de março, no Clube Militar do Rio de Janeiro. Gustavo Santana, inclusive, sofreu agressão durante a repressão à manifestação e teve o braço quebrado.

Conforme denúncias, o ex-torturador coronel Brilhante Ustra, publicou no seu site, fotos com o nome dos jovens, locais onde eles trabalham, os e-mails e perfis de redes sociais. Os dados se espalharam por sites e blogs mantidos por militares reacionários e comprometidos com os crimes da ditadura, que a partir daí começaram a postar diversas ameaças aos jovens pela internet. Os jovens também chegaram a receber ligações com ameaças.

O carniceiro que saiu ileso das profundezas da podridão da ditatorial, agora volta para ameaçar e intimidar os que se manifestem pela punição dos crimes da ditadura!

É hora de se avançar na punição dos crimes cometidos pela ditadura e pelos seu agentes!
Que toda a verdade venha à tona, para que os torturadores e assassinos sejam punidos!

Luiz Gomes – Professor da Universidade Estadual de Alagoas

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Rio de Janeiro já registra mais de 31 mil casos de dengue neste ano

DA AGÊNCIA BRASIL

Um novo boletim divulgado hoje pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que já foram registrados 31.176 casos de dengue este ano na capital fluminense. Das amostras coletadas pela secretaria, o tipo 4 é o predominante no total de casos identificados, com 81,1% das notificações.

As localidades que registraram o maior número de casos de dengue foram Madureira e bairros no entorno, na zona norte; seguidas de Campo Grande, Bangu e Realengo, na zona oeste da cidade.

Sete pessoas morreram por dengue este ano no Estado, sendo seis no município do Rio e uma em Niterói. No mesmo período do ano passado foram contabilizados 23 óbitos em consequência da doença.

Segundo a secretaria, desde a inauguração dos polos de assistência, acolhimento e vigilância da dengue, já foram feitas mais de 14 mil hidratações venosas em todos os 31 postos de atendimento, sendo 21 com funcionamento de 12 horas e outros dez funcionando 24 horas. O número de atendimentos chega a quase 90 mil.

Na próxima sexta-feira (13), a prefeitura do Rio promove a 11ª Caminhada de Mobilização contra a Dengue. O evento será realizado em toda a cidade, das 8 às 10h.

A atividade faz parte do Movimento Carioca por uma Cidade mais Saudável, que busca incentivar a população e instituições a combaterem possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1073737-rio-de-janeiro-ja-registra-mais-de-31-mil-casos-de-dengue-neste-ano.shtml

Rondônia: trabalhadora é assassinada por denunciar madeireiros

Pistoleiros saqueiam, agridem e matam os lavradores locais sem maiores problemas

Escrito por: Ana Aranha/APública

Dois meses depois de denunciar à imprensa a atuação de madereiros em Rondônia, Dinhana Nink foi assassinada. Agora, a líder rural Nilcilene Miguel de Lima, que tem escolta da Força Nacional por denunciar os madeireiros, denuncia que pistoleiros saqueiam, agridem e matam os lavradores locais sem maiores problemas.
http://youtu.be/RiC7RQ4sPnU

Dinhana foi uma das poucas entrevistadas que denunciou a quadrilha sem medo de mostrar o rosto:
“Bote meu nome aí, eu vou falar sim. Eles mandaram calar a boca, mas eu não calo. Vou ter a coragem da Nilce e denunciar quem me ameaça”, disse.
Em resposta à sua coragem, Dinhana foi assassinada com uma bala no peito na madrugada da última sexta, dia 30. O crime aconteceu na frente de seu filho de 6 anos, Tiago. O pai de Dinhana, primeiro a chegar depois do crime, encontrou Tiago limpando o sangue do rosto da mãe. Dinhana deixou mais dois filhos, um de sete e outro de dez anos.
Apesar da cara de valente, sua condição já era frágil na época da entrevista, em janeiro. Tiago brincava ao lado da mãe, no chão da sala. Eles estavam morando de favor em vila Nova Califórnia (Rondônia) desde que sua casa foi queimada em um incêndio criminoso em novembro. Por precaução, a reportagem não usou o nome e a foto de Dinhana. Essa é a primeira vez que sua história é publicada.
Na entrevista, Dinhana falou sobre ameaças que recebia desde que desafiou um homem ligado à quadrilha de pistoleiros que toma conta da região. Ela morava no assentamento Gedeão, município de Lábrea, sul do Amazonas. Sem nenhuma estrutura de policiamento, o lugar é destino de madeireiros ilegais, que contratam pistoleiros para garantir que ninguém impeça o roubo de madeira.
Desde que a líder Nilcilene ganhou escolta da Força Nacional, diversas famílias próximas a ela estão sendo ameaçadas de morte. Algumas tiveram que fugir para não ter o mesmo destino de Dinhana. É uma forma de deixar a líder isolada.

Dinhana não tinha envolvimento com a associação. Queria apenas tocar a vida e proteger seu negócio, um pequeno bar e mercearia dentro do assentamento.
Mas ela sabia demais. Enquanto trabalhava, ouvia conversas sobre as atividades das madeireiras. “O povo bebia e falava”, ela disse à Pública. “Tem muita gente lá que vive de madeira. Serra de dia, e tira de noite. Eles dizem que tem que ter cuidado na hora de entrar com o caminhão de noite. Se a polícia pega, não pode prejudicar os donos. Se pegar, não pode de jeito nenhum falar quem era o dono da madeira”.

Sua morte está relacionada à força do crime organizado que se formou na região, graças ao comércio ilegal de madeira combinado com a ausência do Estado. Dinhana se meteu com a pessoa errada e decidiu denunciar as agressões, em um local onde a polícia não age. Pagou com a vida.
Tudo começou em novembro, quando um de seus clientes no bar, Jheferson Arraia Silva, bebeu demais e começou a provocar briga. Ela pediu que fosse embora, ele ficou agressivo. Dinhana não era mulher de ficar calada. Apanhou, mas também bateu. Depois registrou tudo na polícia.

“Eles não gostaram que eu fui na polícia e, na semana seguinte, a mãe dele começou a mandar recado”, Dinhana disse. Suzy Arraia Silva, mãe de Jheferson, é citada em diversos relatos dos pequenos produtores rurais da região pela proximidade com a quadrilha. “Ela dizia que não ia ficar em branco, que ia queimar minha casa, que ia ter vingança”.
Assustada, Dinhana decidiu mudar para Nova Califórnia, a vila mais próxima, já no estado de Rondônia. Mas, enquanto procurava lugar para ficar, sua casa e bar no assentamento foram queimados, com tudo dentro. “Ficou tudo no chão, preto, queimado. O freezer ficou miudinho. Minha dor maior foi ver os meninos revirando as cinzas. Eles foram catando coisas para levar embora. Mas eu não deixei, tava tudo queimado”.
Dinhana procurou a Força Nacional. “Eles disseram que só podem proteger a Nilce, me indicaram a polícia. Fui no posto da PM de Nova Califórnia, eles disseram que não podem fazer nada porque são de Rondônia e lá é Amazonas”.
No Boletim de Ocorrência registrado na Polícia Civil de Rondônia, ela fala das ameaças. Segundo o documento, Suzy “teria dito que iria eliminar três pessoas da localidade”. Dinhana era uma delas. Mas a polícia nada fez sobre o caso.
Em entrevista, o sargento Fábio Cabral de Lima, do posto de Nova Califórnia, disse ter recebido mais de 20 registros de ameaças de morte da área do assentamento Gedeão só no último ano. “Nós estamos de mãos atadas em relação a tudo que acontece lá porque não é jurisdição de Rondônia”, disse.
“Esse grupo manda na região. Eles cometem crimes, perseguem e difamam quem os denuncia”, diz Neide Lourenço, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra do Amazonas. “Enquanto o Estado não se fizer presente e colocar um posto policial, o crime vai continuar ditando a ordem”.
A CPT se preocupa ainda com o fim da escolta para Nilcilene. No final de abril, a Força Nacional deve se retirar do local e deixar de escoltar a líder. Como nada foi feito para levar policiamento ao local, se o contrato da escolta não for renovado, Nilcilene vai ter que fugir. “Se a Força sair, eu e o meu marido temos que sair primeiro. Se nós ficar, antes de morrer, ainda vamos ser torturados”, diz.

http://www.cut.org.br/destaque-central/47916/rondonia-trabalhadora-e-assassinada-por-denunciar-madeireiros

domingo, 8 de abril de 2012

O euro é um desastre, diz presidente checo

Praga, (Prensa Latina) O euro como moeda única europeia é um desastre e um projeto equivocado, disse o presidente checo, Vaclav Klaus, ao canal de televisão France 24, em uma declaração que suscitou uma grande polêmica.

Não há nenhum debate sobre a adesão à zona do euro na República Checa e não há um calendário para isso, afirmou Klaus, que mostrou um claro ceticismo de seu país com relação à moeda continental.

Não somos sócios da zona euro, expressou o chefe de Estado, ao considerar que para muitos países, a moeda comunitária constitui uma camisa de força pois complica a situação das respectivas economias da Eurozona.

Da mesma forma, o presidente reiterou sua rejeição ao pacto fiscal europeu, já que na sua opinião passaria a Bruxelas o controle sobre o orçamento checo.

Nossa dívida é muito menor que a média da União Europeia, por isso não é correto que nos digam como colocar nossas finanças públicas em ordem, disse Klaus.

Ainda que as afirmações do político centro-europeu ocorreram na segunda-feira no marco de sua visita à Paris, a exibição da entrevista citada na televisão francesa ocorrerá após sexta, informaram nesta quinta-feira os meios checos.

Do chamado Grupo dos 27, apenas a República Checa e o Reino Unido recusaram o tratado fiscal de austeridade orçamental, já Praga mantém-se como um dos 10 Governos comunitários que resistem ao uso da moeda europeia em seu território.

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=07dd4d5a72f5740ef0f035f201951476&cod=9586