segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sucção oral de bebês pode ser proibida pela justiça; ultraconservadores protestam


Ultraortodoxos insistem em sugar sangue de bebês em ritual de circuncisão. Conselho de saúde quer impedir prática devido a risco de transmissão de doenças


A comunidade de judeus ultraortodoxos de Nova Iorque (EUA) está protestando contra a decisão do Conselho Municipal de Saúde de colocar em setembro em votação proposta para que a sucção oral de sangue de bebê durante o ritual de circuncisão só seja feita com autorização por escrito dos pais.
O conselho quer que os pais assumam a responsabilidade pelo risco de transmissão de herpes por intermédio do contato da boca dos rabinos com o pênis dos bebês. O HSV-1, vírus da herpes, pode ser fatal para bebês, além da possibilidade de causar danos cerebrais.
Michael Tobman, consultor político que se tornou porta-voz dos ultraortodoxos nessa questão, acusou as autoridades de estarem tentando inibir o metzitzah b’peh (ritual da circuncisão em crianças de oito dias).
Ele afirmou que os religiosos não aceitam qualquer restrição porque se trata de uma tradição divina. Disse que os mohels (rabinos que realizam esse tipo de ritual) estão dispostos a recorrer à desobediência civil, se preciso.
O prefeito Michael Bloomberg disse que ninguém tem o direito de colocar a vida de uma criança em risco. “Há determinadas práticas que os médicos dizem que não são seguras, e nós não vamos permiti-las.”
Cristopher Hitchens (1948-2011), em seu livro “Deus não é Grande – como a religião envenena tudo” (Ediouro, 304 págs, R$ 52), criticou o metzitzah b’peh pela “sua natureza anti-higiência ou suas associações (sexuais) perturbadoras”.


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