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Terra
ZURIQUE,
15 Jul 2012 (AFP) - A viúva de Yasser Arafat apresentará perante a justiça
francesa uma denúncia por envenenamento, depois de ter sido encontrada uma
quantidade anormal de polônio nos objetos pessoais do ex-líder palestino,
confirmou neste domingo seu advogado.
"A
senhora Arafat decidiu apresentar uma denúncia penal, o que será feito em um
mês", indicou Marc Bonnant em uma entrevista ao jornal suíço Le Matin
Dimanche.
A
queixa será apresentada em Paris, disse o advogado, e será uma denúncia contra um
"autor desconhecido" pela acusação de "envenenamento".
Arafat
morreu no dia 11 de novembro de 2004 em um hospital militar francês perto de
Paris.
A
tese do envenenamento foi reavivada na semana passada pela divulgação de um
documentário na rede de televisão Al-Jazeera, que apontava que o Institute for
Radiation Physics de Lausanne (Suíça), que analisou amostras biológicas
extraídas dos objetos pessoais de Arafat, encontrou nelas "uma quantidade
anormal de polônio", uma substância radioativa extremamente tóxica.
O
presidente palestino, Mahmud Abbas, e Suha Arafat já deram sua aprovação para
que sejam retiradas amostras dos restos do líder, que jaz em um mausoléu na
presidência palestina em Ramallah, o que implicará sua exumação.
O
sobrinho de Yasser Arafat, Nasser al-Qidwa, acusou na quinta-feira Israel de
ter envenenado com polônio o histórico líder palestino, e exigiu que "os
responsáveis por este assassinato sejam julgados".
O
polônio é uma substância radioativa altamente tóxica, que serviu em 2006 em Londres
para envenenar Alexandre Litvinenko, um ex-espião russo que havia se convertido
em opositor ao presidente Vladimir Putin.
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