Procedimento já é adotado com as vítimas de acidente de trânsito.
Mudança pode evitar que policias alterem cena do crime. Fim dos autos de
resistência é reivindicação antiga das organizações sociais
Jorge Américo
da Radioagência NP
Policiais
militares de São Paulo estão proibidos de prestar socorro a vítimas de
crimes ou pessoas envolvidas em supostos confrontos. Com essa
determinação, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) pretende
garantir atendimento adequado aos feridos, além de preservar os locais
dos crimes para que a perícia e as investigações sejam feitas de forma
adequada.
Esse procedimento já é adotado com as vítimas de
acidente de trânsito. A mudança pode evitar que policias alterem a cena
do crime. A norma da Secretaria determina que os envolvidos nessas
ocorrências sejam apresentados imediatamente à delegacia de polícia.
Outra
importante alteração se dará na forma como as ocorrências são
registradas nos casos em que há confronto com a polícia. Os termos
“resistência seguida de morte” ou “auto de resistência” serão
substituídos por “morte decorrente de intervenção policial” ou “lesão
corporal decorrente de intervenção policial”.
O fim dos autos de
resistência é uma reivindicação antiga das organizações sociais que
compõem o Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra e Periférica. Ao
longo dos últimos três anos, diversas ações cobraram essa medida, além
da desmilitarização das polícias e do fim da Rota (Rondas Ostensivas
Tobias Aguiar).
http://www.brasildefato.com.br/node/11479
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