Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária recomenda alteração de anúncio que discriminava a função do vendedor
Atendendo à denúncia efetuada pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT), o Conselho
Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) recomendou a
alteração da propaganda veiculada pela empresa de comércio eletrônico
NETSHOES, que elimina e violenta o vendedor.
A Contracs, em sua denúncia, reiterou que a citada propaganda infringia
o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária em 4 artigos
por: não respeitar a dignidade humana (artigo 19); favorecer e estimular
ofensa e discriminação contra o vendedor ao classificá-lo de chato
(artigo 20); conduzir à violência ao eliminar o vendedor e jogá-lo no
lixo (artigo 26) e manifestar descaso pela segurança do vendedor ao
derrubá-lo no chão ou jogá-lo no lixo conforme as propagandas veiculadas
e denunciadas (artigo 33).
Ainda segundo as normas, todo anúncio deve ser respeitador (artigo 1º),
deve ter presente a responsabilidade do Anunciante (artigo 3º) e deve
estar em consonância com os objetivos do desenvolvimento econômico, da
educação e da cultura nacional (artigo 6º).
Com base nestes artigos, o Conar – durante sessão de julgamento junto
ao Conselho de Ética – adotou o voto do conselheiro Marcelo Pacheco pela
recomendação de alteração da propaganda. Sendo assim, a NETSHOES não
mais poderá veicular as propagandas utilizando a palavra ‘chato’ no
comercial bem como qualquer outra forma de agressão física aos
vendedores.
Outras ações
Além da denúncia junto ao Conar, a Contracs estuda outras medidas
judiciais a serem tomadas em relação à propaganda que ofendia e incitava
a violência contra os vendedores.
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