Ultraortodoxos insistem
em sugar sangue de bebês em ritual de circuncisão. Conselho de saúde quer
impedir prática devido a risco de transmissão de doenças
A comunidade de judeus
ultraortodoxos de Nova Iorque (EUA) está protestando contra a decisão do
Conselho Municipal de Saúde de colocar em setembro em votação proposta para que
a sucção oral de sangue de bebê durante o ritual de circuncisão só seja feita com
autorização por escrito dos pais.
O conselho quer que os
pais assumam a responsabilidade pelo risco de transmissão de herpes por
intermédio do contato da boca dos rabinos com o pênis dos bebês. O HSV-1, vírus da herpes, pode ser fatal para
bebês, além da possibilidade de causar danos cerebrais.
Michael Tobman,
consultor político que se tornou porta-voz dos ultraortodoxos nessa questão,
acusou as autoridades de estarem tentando inibir o metzitzah b’peh (ritual da
circuncisão em crianças de oito dias).
Ele afirmou que os
religiosos não aceitam qualquer restrição porque se trata de uma tradição divina. Disse que os mohels
(rabinos que realizam esse tipo de ritual) estão dispostos a recorrer à
desobediência civil, se preciso.
O prefeito Michael
Bloomberg disse que ninguém tem o direito de colocar a vida de uma
criança em risco. “Há determinadas práticas que os médicos
dizem que não são seguras, e nós não vamos permiti-las.”
Cristopher
Hitchens (1948-2011), em seu livro “Deus não é Grande – como a religião
envenena tudo” (Ediouro, 304 págs, R$ 52), criticou o metzitzah b’peh pela “sua
natureza anti-higiência ou suas associações (sexuais) perturbadoras”.
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