No último dia útil de
sua gestão, o prefeito paulistano assina convênio com empresa de Eike
Batista para patrocinar 'espetáculo' no Ginásio do Ibirapuera
Por: Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual
São Paulo – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), assinou
hoje (28) um convênio com a empresa IMX Esporte e Entretenimento visando
a “conjunção de esforços” para a realização do evento UFC Brasil 2013,
que será realizado em 19 de janeiro, no Ginásio do Ibirapuera.
Demonstrando excelente humor no último dia útil de seu mandato,
Kassab gracejou em alguns momentos, vestiu um par de luvas da modalidade
e chegou a simular um combate com o lutador brasileiro Daniel Sarafian,
presente ao evento, na sede da prefeitura paulistana.
O município vai desembolsar R$ 2,5 milhões para o evento. A parceira
IMX é uma agência de marketing esportivo formada pela EBX, holding do
bilionário Eike Batista, e a gigante multinacional IMG. Criada em 2011,
possui uma estratégia de atuação considerada extremamente agressiva pelo
mercado. Os preços dos ingressos para o “espetáculo” custarão de R$ 400
e R$ 1.800.
Para Kassab, que concedeu uma rápida coletiva após a assinatura do
convênio, o esforço da prefeitura se justifica porque “o UFC tem hoje
muita visibilidade”. Segundo ele, trata-se de “um esporte que teremos o
prestígio de receber aqui em São Paulo, um evento muito importante que
vai trazer visibilidade para a cidade”. De olho na popularidade do
esporte, Kassab tenta conquistar alguns pontos de aprovação: ele chega
ao final de seu segundo mandato (2009-2012) na prefeitura de São Paulo
no próximo dia 31 com reprovação de 42% da população.
Ele afirmou que o UFC se soma a outros “grandes eventos” como a
virada cultural, virada esportiva, Fórmula 1, Fórmula Indy e carnaval.
“São Paulo tem capacidade para ter um evento grande por semana.
Encontramos a cidade com aproximadamente 20 grandes eventos, estamos
deixando com cerca de 40. Ainda existe espaço para mais 15, 20 por ano”,
esclareceu.
Disse também que a realização das lutas na capital “é uma
oportunidade de iniciarmos a futura gestão do prefeito Fernando Haddad
com um grande evento. É mais um legado da nossa gestão”.
Coube ao secretário de Esportes, Toni Moreno, que participou da
coletiva, responder sobre a prefeitura investir na realização das lutas
em São Paulo, um evento por muitos considerado pouco edificante em que a
carga de violência é enorme. “Todos nós temos uma interpretação
própria. Hoje, o apelo das pessoas que assistem, principalmente os
adeptos e quem gosta, é uma coisa que foge de qualquer comentário com a
violência (sic). É uma luta que hoje a população gosta, e não cabe a nós
dizer se deve ou não ser. Só sei que é um apelo muito grande e todo
mundo gosta de assistir”, explicou.
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/2012/12/prefeitura-dara-r-2-5-milhoes-para-lutas-do-ufc-em-sao-paulo
Opinião do Blog: Se o Ministério Público não investigar é prevaricação!
sábado, 29 de dezembro de 2012
PM de SP mata um a cada 16h, mais do que em 2006
Policiais militares mataram em serviço, entre janeiro e novembro,
mais do que em todo o ano de 2006, quando ocorreram os ataques do
Primeiro Comando da Capital (PCC). Em 2012, já são 506 mortos no Estado
em confrontos classificados como resistência seguida de morte, ante 495
daquele ano. Em média, a PM mata uma pessoa a cada 16 horas.
A escalada no número de mortos pela PM é acompanhada da onda de violência que se intensificou em outubro e provocou a queda do secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto, em 21 de novembro - e sua substituição por Fernando Grella Vieira. “Acho que se demonstra claramente a existência de uma política institucionalizada para matar. É impossível que se tenha tantas pessoas dispostas a morrer em confrontos com a PM. É preciso checar no que deu a investigação a respeito dessas mortes”, diz o presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Ivan Seixas.
Para o presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados Brasil em São Paulo, Arles Gonçalves Júnior, o elevado número é consequência da política de combate ao crime adotada por Ferreira Pinto. “Enfrentamento do crime organizado tem de ser feito com inteligência, não com violência. Senão dá nisso, porque põe ‘pilha’ em quem está na rua.”
Trata-se também do mês de novembro com maior letalidade policial desde que é possível a consulta eletrônica no Diário Oficial do Estado (a partir de 2003), com 79 mortos. Em comparação com o mesmo período de 2011, por exemplo, o aumento foi de 75,5%. É ainda o número mais elevado para o acumulado dos 11 primeiros meses desde 2003.
Média elevada
Coordenadora auxiliar do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública, Daniela Skromov observa que a média de casos de resistência seguida de morte já é, normalmente, bastante elevada, em comparação com os homicídios. “Já causa espanto, pois são em torno de 10% a 15% das mortes violentas no Estado. Acima de 3% já deveria despertar a preocupação das autoridades, segundo índices internacionais.”
Para Daniela, deveriam ser adotados métodos de controle. “Em termos de política pública, o que importa é que os índices são absurdos. Há de se fazer algo. Deve-se fazer a filmagem obrigatória dessas ações, por exemplo. As imagens poderiam absolver ou condenar o policial. Do que se tem medo?” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
A escalada no número de mortos pela PM é acompanhada da onda de violência que se intensificou em outubro e provocou a queda do secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto, em 21 de novembro - e sua substituição por Fernando Grella Vieira. “Acho que se demonstra claramente a existência de uma política institucionalizada para matar. É impossível que se tenha tantas pessoas dispostas a morrer em confrontos com a PM. É preciso checar no que deu a investigação a respeito dessas mortes”, diz o presidente do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Ivan Seixas.
Para o presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados Brasil em São Paulo, Arles Gonçalves Júnior, o elevado número é consequência da política de combate ao crime adotada por Ferreira Pinto. “Enfrentamento do crime organizado tem de ser feito com inteligência, não com violência. Senão dá nisso, porque põe ‘pilha’ em quem está na rua.”
Trata-se também do mês de novembro com maior letalidade policial desde que é possível a consulta eletrônica no Diário Oficial do Estado (a partir de 2003), com 79 mortos. Em comparação com o mesmo período de 2011, por exemplo, o aumento foi de 75,5%. É ainda o número mais elevado para o acumulado dos 11 primeiros meses desde 2003.
Média elevada
Coordenadora auxiliar do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública, Daniela Skromov observa que a média de casos de resistência seguida de morte já é, normalmente, bastante elevada, em comparação com os homicídios. “Já causa espanto, pois são em torno de 10% a 15% das mortes violentas no Estado. Acima de 3% já deveria despertar a preocupação das autoridades, segundo índices internacionais.”
Para Daniela, deveriam ser adotados métodos de controle. “Em termos de política pública, o que importa é que os índices são absurdos. Há de se fazer algo. Deve-se fazer a filmagem obrigatória dessas ações, por exemplo. As imagens poderiam absolver ou condenar o policial. Do que se tem medo?” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
http://br.noticias.yahoo.com/pm-sp-mata-16h-2006-092600508.html
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Inimigo público
Por Drauzio Varella
A metade dos brasileiros adultos está obesa ou com excesso de peso. A continuarmos nesse passo, em dez anos estaremos tão gordos como os americanos. Lá, 30% dos adultos estão na faixa do excesso de peso, 30% são obesos e 10% -sofrem de obesidade grave.
Para eles, conter essa epidemia virou prioridade governamental, porque os custos das doenças crônicas associadas à obesidade serão insuportáveis para o sistema de saúde. Imaginem para o nosso.
As autoridades sanitárias americanas -travam uma queda de braço desigual com a indústria alimentícia, as cadeias de fast-food, as associações que representam os restaurantes, as empresas de publicidade e os lobistas.
Está na ordem do dia a proposta do aumento de impostos sobre os refrigerantes açucarados. Como essa discussão será travada um dia entre nós – quando a saúde pública for levada a sério nessas paragens –, vou resumir um debate publicado no The New England Journal of Medicine.
Para escrever a favor da taxação, a revista convidou o médico Thomas Farley, do Departamento de Saúde de Nova York. Diz ele:
1) As companhias fazem de tudo para promover o consumo de refrigerantes calóricos. O apelo toma partido da preferência do paladar pelos sabores doces.
2) As embalagens estão cada vez maiores e baratas, e podem ser fechadas novamente para garantir consumo contínuo. São vendidas em máquinas e distribuídas nas estantes mais vistosas de supermercados e lojas de conveniência.
3) A população continua a engordar, apesar de saber que calorias em excesso são as principais responsáveis do sofrimento causado pela obesidade. O apelo dos refrigerantes com açúcar e das técnicas de marketing para promovê-los é mais forte do que a força de vontade dos adultos. O que esperar das crianças?
4) Se um produto distribuído nas escolas causasse doença, todos pressionariam as autoridades para regulamentá-lo. Por que não fazer o mesmo com os refrigerantes que contribuem para a obesidade?
5) A educação sempre é apresentada como alternativa às políticas aplicadas à solução dos problemas de saúde. De fato, é necessário alertar para os riscos das bebidas e dos alimentos obesogênicos, mas a educação sozinha não resolve. É fundamental criar um ambiente alimentar que não exponha crianças e adultos às quantidades absurdas de açúcar.
Contra a taxação, argumentam David Just e Brian Wansink, economistas da Universidade Cornell:
1) Não há dúvida de que os refrigerantes com açúcar contribuem para a obesidade, especialmente nas crianças. Nesse caso, regulamentar preço, conteúdo, disponibilidade e marketing parece sensato: se criarmos uma lei que proíba
as crianças de tomar refrigerantes, elas não tomarão. Mas é preciso cuidado, a proibição do álcool no passado foi um desastre.
2) Cercear o acesso a um produto altera o padrão de consumo de outros. Se afastarmos os refrigerantes das crianças, elas tomarão outras bebidas; sucos adocicados, por exemplo. No estudo que acabou conhecido como Coke to Coors conduzido em Utica, no estado de Nova York, a taxação de refrigerantes provocou aumento na venda de cerveja.
3) Quando uma autoridade impõe regras dietéticas para as crianças, a tendência delas é contestá-las. Será triste criarmos uma geração de fanáticos por refrigerantes.
4) O uso de estratégias comportamentais é mais eficaz. Diminuir a visibilidade dos refrigerantes com açúcar e aumentar a das frutas e dos vegetais, tornando-os mais atrativos por meio de associação com heróis, como Batman – como foi feito no passado com Popeye e o espinafre –, pode criar hábitos saudáveis mais duradouros sem criar associações de defensores do direito de tomar refrigerantes.
5) O universo de alimentos que contribuem para a obesidade infantil é muito maior do que o dos refrigerantes com açúcar.
E você, prezado leitor, o que acha?
http://www.cartacapital.com.br/saude/inimigo-publico/
A metade dos brasileiros adultos está obesa ou com excesso de peso. A continuarmos nesse passo, em dez anos estaremos tão gordos como os americanos. Lá, 30% dos adultos estão na faixa do excesso de peso, 30% são obesos e 10% -sofrem de obesidade grave.
Para eles, conter essa epidemia virou prioridade governamental, porque os custos das doenças crônicas associadas à obesidade serão insuportáveis para o sistema de saúde. Imaginem para o nosso.
As autoridades sanitárias americanas -travam uma queda de braço desigual com a indústria alimentícia, as cadeias de fast-food, as associações que representam os restaurantes, as empresas de publicidade e os lobistas.
Está na ordem do dia a proposta do aumento de impostos sobre os refrigerantes açucarados. Como essa discussão será travada um dia entre nós – quando a saúde pública for levada a sério nessas paragens –, vou resumir um debate publicado no The New England Journal of Medicine.
Para escrever a favor da taxação, a revista convidou o médico Thomas Farley, do Departamento de Saúde de Nova York. Diz ele:
1) As companhias fazem de tudo para promover o consumo de refrigerantes calóricos. O apelo toma partido da preferência do paladar pelos sabores doces.
2) As embalagens estão cada vez maiores e baratas, e podem ser fechadas novamente para garantir consumo contínuo. São vendidas em máquinas e distribuídas nas estantes mais vistosas de supermercados e lojas de conveniência.
3) A população continua a engordar, apesar de saber que calorias em excesso são as principais responsáveis do sofrimento causado pela obesidade. O apelo dos refrigerantes com açúcar e das técnicas de marketing para promovê-los é mais forte do que a força de vontade dos adultos. O que esperar das crianças?
4) Se um produto distribuído nas escolas causasse doença, todos pressionariam as autoridades para regulamentá-lo. Por que não fazer o mesmo com os refrigerantes que contribuem para a obesidade?
5) A educação sempre é apresentada como alternativa às políticas aplicadas à solução dos problemas de saúde. De fato, é necessário alertar para os riscos das bebidas e dos alimentos obesogênicos, mas a educação sozinha não resolve. É fundamental criar um ambiente alimentar que não exponha crianças e adultos às quantidades absurdas de açúcar.
Contra a taxação, argumentam David Just e Brian Wansink, economistas da Universidade Cornell:
1) Não há dúvida de que os refrigerantes com açúcar contribuem para a obesidade, especialmente nas crianças. Nesse caso, regulamentar preço, conteúdo, disponibilidade e marketing parece sensato: se criarmos uma lei que proíba
as crianças de tomar refrigerantes, elas não tomarão. Mas é preciso cuidado, a proibição do álcool no passado foi um desastre.
2) Cercear o acesso a um produto altera o padrão de consumo de outros. Se afastarmos os refrigerantes das crianças, elas tomarão outras bebidas; sucos adocicados, por exemplo. No estudo que acabou conhecido como Coke to Coors conduzido em Utica, no estado de Nova York, a taxação de refrigerantes provocou aumento na venda de cerveja.
3) Quando uma autoridade impõe regras dietéticas para as crianças, a tendência delas é contestá-las. Será triste criarmos uma geração de fanáticos por refrigerantes.
4) O uso de estratégias comportamentais é mais eficaz. Diminuir a visibilidade dos refrigerantes com açúcar e aumentar a das frutas e dos vegetais, tornando-os mais atrativos por meio de associação com heróis, como Batman – como foi feito no passado com Popeye e o espinafre –, pode criar hábitos saudáveis mais duradouros sem criar associações de defensores do direito de tomar refrigerantes.
5) O universo de alimentos que contribuem para a obesidade infantil é muito maior do que o dos refrigerantes com açúcar.
E você, prezado leitor, o que acha?
http://www.cartacapital.com.br/saude/inimigo-publico/
domingo, 23 de dezembro de 2012
1 em cada 5 arma nos EUA é de fabrica brasileira
O Brasil tem um papel cada vez mais importante no mercado armamentista
dos EUA: a marca gaúcha Forjas Taurus tornou-se a quarta maior
distribuidora de armas no país da National Rifle Association, ao lado de
gigantes como Smith&Wesson. Um em cada cinco revólveres comprados
por americanos em 2012 veio da fabricante brasileira, que hoje vende
mais nos EUA do que no próprio Brasil.
Essa rápida expansão no território americano é parte de uma
estratégia maior da holding Taurus, que nos últimos anos vem adotando
uma estratégia mais agressiva para ampliar exportações. Segundo a
diretora de relações com investidores, Doris Wilhelm, no topo da lista
de destinos cobiçados pela empresa está África e América Central -
segundo a ONU, as duas regiões do mundo com maior número de mortes por
arma de fogo (mais informações nesta página).
Doris afirma que os EUA são o maior mercado da Taurus e o único em
que a esmagadora maioria das vendas é para pessoas, e não forças
estatais de segurança pública e militar. "Estamos falando de um mercado
de consumo: civis americanos comprando armas como hobby, esporte, caça e
defesa pessoal. A cultura americana é 'outro bicho'. A Segunda Emenda
(da Constituição) garante o direito de portar armas e defender sua
propriedade."
O New York Times afirmou na terça-feira que a Taurus seria uma
possível compradora da fabricante do fuzil AR-15 Bushmaster, usado no
massacre de Newtown. A companhia brasileira diz que a informação é
"meramente especulativa". Nos dois dias úteis após a tragédia, as ações
da Taurus caíram cerca de 10%. Segundo analistas, o mercado "teme" a
aprovação de restrições a esse comércio.
Mas, como as demais empresas do setor de armamento nos EUA, a Taurus
acabou beneficiada pela débâcle econômica de 2008 e pela polarização
política no governo Barack Obama. O motivo é psicológico: em meio à
sensação de insegurança, americanos tradicionalmente compram mais armas.
O pânico após o furacão Katrina fez com que 2005 fosse o ano mais
lucrativo às empresas do setor.
Segundo Matthias Nowak, pesquisador do centro Small Arms Survey
(SAS), com sede na Suíça, o Brasil é desde 2001 o quarto maior
exportador das chamadas "armas pequenas", categoria que abrange
revólveres, pistolas, submetralhadoras, fuzis de assalto, entre outros. O
País é colocado atrás apenas de EUA, Itália e Alemanha e à frente da
Rússia, maior herdeira da indústria bélica soviética.
Para analistas, são essas as "verdadeiras armas de destruição em
massa" - as que mais provocaram mortes no mundo. Segundo o centro suíço,
os últimos dados disponíveis são de 2009 e indicam que o Brasil
exportou US$ 382 milhões dessas armas. Mas Nowak acredita que a cifra
real seja muito maior e critica a falta de informações públicas. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Filme contra o islamismo foi produzido pelos governos dos EUA e Israel
Não há mais nenhuma dúvida de que o filme medíocre “A inocência dos Muçulmanos” dirigido por Sam Bacile, agente do Mossad, contou com apoio e patrocínio dos governos dos EUA e Israel, com a supervisão do cineasta e filósofo francês sionista Bernard Henri Levy.
O filme é uma estratégia da CIA e do Mossad para insuflar manifestações em todos os países muçulmanos, fomentar atentados terroristas e culpar o Irã, para que Israel desfeche um ataque aéreo contra a República Islâmica, levando os Estados Unidos da América a se envolver na guerra pela conquista de setores estratégicos naquela região.
O escritor, cineasta e filósofo francês judeu-sionista Bernard Henri Levy apresentou em Cannes no ano passado o documentário sobre a guerra na Líbia “O Juramento de Tobruk”, para tentar justificar perante a opinião pública mundial a guerra de ocupação da Líbia por potências ocidentais.
Bernard Henri Levy atuava como assessor no governo de Nicolas Sarkozy, defendendo políticas pró-Israel e atacando pela imprensa os povos árabes, especialmente os muçulmanos. Hoje ele trabalha defendendo os mercenários e traidores sírios que tentam derrubar o governo de Bashar Al Assad, ocupando espaço com entrevistas mentirosas e artigos pusilânimes publicados na imprensa ocidental.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Corregedoria do TRE afasta juiz acusado de receber propina
Galdino Amorim é acusado de receber 'benefícios de coligação durante campanha
O juiz Galdino José Amorim Vasconcelos, responsável pela 11ª Zona Eleitoral, na cidade de Palestina, foi afastado das funções por determinação da Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL). O magistrado foi denunciado pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MPE), pelo ilegal recebimento de propina de uma coligação por benefícios durante a campanha eleitoral.
De acordo com o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Ivan Vasconcelos Brito Júnior, documentos enviados pelo Gecoc, contendo depoimentos de Eliane Silva Lisboa, a candidata derrotada no pleito, da advogada Keyla Machado de Carvalho e de Eberval Almeida Brandão de Souza, mostram que o juiz possui uma íntima relação pessoal com o prefeito do município de Palestina, Júnior Alcântara, que apoiava o candidato Alberto Barbosa.
“O referido Juiz Eleitoral teria recebido a importância de R$ 50.000,00 das mãos de integrantes/apoiadores da Coligação “O Desenvolvimento Continua”, para rapidamente arbitrar fiança e liberar o veículo apreendido em um flagrante de corrupção eleitoral retratado no respectivo termo”, diz a denúncia.
Outra denúncia apresentada contra o magistrado, e de conhecimento da população, seriam supostos engavetamentos de ações contra o prefeito Júnior Alcântara “diante de vários desmandos administrativos e inúmeras ações em face do Município, nada de mau poderá acontecer ao atual Prefeito Municipal, Júnior Alcântara, uma vez que o Dr. Galdino engaveta todas as ações”, tudo, segundo a denúncia pelas regalias oferecidas pelo gestor ao magistrado. Além disso, o magistrado é acusado de exigir uma caminhonete do prefeito,
As graves denúncias seguem com a suposta omissão de Galdino com os processos que possam prejudicar Júnior Alcântara e pagamentos por isso. “Há alguns dias já vem ouvindo a história de que o Dr. Galdino irá receber do Prefeito Júnior Alcântara certa quantia em dinheiro para decidir favoravelmente a AIRC que impugna a Chapa de Alberto Barbosa (candidato apoiado pelo prefeito) e que o juiz iria receber R$ 150 mil de Júnior Alcântara para extinguir a AIJE”.
Para o corregedor, há fatos suficientes que culminem na necessidade de afastamento cautelar do magistrado. “Há elementos suficientes a demonstrar a ausência de isenção para continuar o referido Juiz Eleitoral no exercício de suas ordinárias funções, notadamente em função do referido grau de intimidade que, em tese, como afirmado fora, mantém o Juiz Eleitoral da 11ª Zona com os representantes do Poder Executivo da municipalidade de Palestina/AL”.
Além do afastamento cautelar, com fundamento no art. 15 da Resolução CNJ nº 135/2011, o desembargador reconhece a necessidade de instauração de procedimento administrativo disciplinar, conforme vem admitindo o CNJ em casos desse jaez. O processo contra o magistrado seja na Justiça Eleitoral e Galdino terá um prazo de 15 dias para apresentar defesa prévia. A decisão está publicada no Diário do TRE/AL desta quarta-feira (12).
http://cadaminuto.com.br/noticia/2012/12/13/corregedoria-do-tre-afasta-juiz-acusado-de-receber-propina-em-palestina
O juiz Galdino José Amorim Vasconcelos, responsável pela 11ª Zona Eleitoral, na cidade de Palestina, foi afastado das funções por determinação da Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL). O magistrado foi denunciado pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), do Ministério Público Estadual (MPE), pelo ilegal recebimento de propina de uma coligação por benefícios durante a campanha eleitoral.
De acordo com o corregedor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Ivan Vasconcelos Brito Júnior, documentos enviados pelo Gecoc, contendo depoimentos de Eliane Silva Lisboa, a candidata derrotada no pleito, da advogada Keyla Machado de Carvalho e de Eberval Almeida Brandão de Souza, mostram que o juiz possui uma íntima relação pessoal com o prefeito do município de Palestina, Júnior Alcântara, que apoiava o candidato Alberto Barbosa.
“O referido Juiz Eleitoral teria recebido a importância de R$ 50.000,00 das mãos de integrantes/apoiadores da Coligação “O Desenvolvimento Continua”, para rapidamente arbitrar fiança e liberar o veículo apreendido em um flagrante de corrupção eleitoral retratado no respectivo termo”, diz a denúncia.
Outra denúncia apresentada contra o magistrado, e de conhecimento da população, seriam supostos engavetamentos de ações contra o prefeito Júnior Alcântara “diante de vários desmandos administrativos e inúmeras ações em face do Município, nada de mau poderá acontecer ao atual Prefeito Municipal, Júnior Alcântara, uma vez que o Dr. Galdino engaveta todas as ações”, tudo, segundo a denúncia pelas regalias oferecidas pelo gestor ao magistrado. Além disso, o magistrado é acusado de exigir uma caminhonete do prefeito,
As graves denúncias seguem com a suposta omissão de Galdino com os processos que possam prejudicar Júnior Alcântara e pagamentos por isso. “Há alguns dias já vem ouvindo a história de que o Dr. Galdino irá receber do Prefeito Júnior Alcântara certa quantia em dinheiro para decidir favoravelmente a AIRC que impugna a Chapa de Alberto Barbosa (candidato apoiado pelo prefeito) e que o juiz iria receber R$ 150 mil de Júnior Alcântara para extinguir a AIJE”.
Para o corregedor, há fatos suficientes que culminem na necessidade de afastamento cautelar do magistrado. “Há elementos suficientes a demonstrar a ausência de isenção para continuar o referido Juiz Eleitoral no exercício de suas ordinárias funções, notadamente em função do referido grau de intimidade que, em tese, como afirmado fora, mantém o Juiz Eleitoral da 11ª Zona com os representantes do Poder Executivo da municipalidade de Palestina/AL”.
Além do afastamento cautelar, com fundamento no art. 15 da Resolução CNJ nº 135/2011, o desembargador reconhece a necessidade de instauração de procedimento administrativo disciplinar, conforme vem admitindo o CNJ em casos desse jaez. O processo contra o magistrado seja na Justiça Eleitoral e Galdino terá um prazo de 15 dias para apresentar defesa prévia. A decisão está publicada no Diário do TRE/AL desta quarta-feira (12).
http://cadaminuto.com.br/noticia/2012/12/13/corregedoria-do-tre-afasta-juiz-acusado-de-receber-propina-em-palestina
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
O referendum islandês e os silêncios da mídia
Mauro Santayana*
Os cidadãos da Islândia referendaram, no sabado (20), com cerca de 70% dos votos, o texto básico de sua nova Constituição, redigido por 25 delegados, quase todos homens comuns, escolhidos pelo voto direto da população, incluindo a estatização de seus recursos naturais. A Islândia é um desses enigmas da História. Situada em uma área aquecida pela Corrente do Golfo, que serpenteia no Atlântico Norte, a ilha, de 103.000 qm2, só é ocupada em seu litoral. O interior, de montes elevados, com 200 vulcões em atividade, é inteiramente hostil – mas se trata de uma das mais antigas democracias do mundo, com seu parlamento (Althingi) funcionando há mais de mil anos. Mesmo sob a soberania da Noruega e da Dinamarca, até o fim do século 19, os islandeses sempre mantiveram confortável autonomia em seus assuntos internos.
Em 2003, sob a pressão neoliberal, a Islândia privatizou o seu sistema bancário, até então estatal. Como lhes conviesse, os grandes bancos norte-americanos e ingleses, que já operavam no mercado derivativo, na espiral das subprimes, transformaram Reykjavik em um grande centro financeiro internacional e uma das maiores vítimas do neoliberalismo. Com apenas 320.000 habitantes, a ilha se tornou um cômodo paraíso fiscal para os grandes bancos.
Instituições como o Lehman Brothers usavam o crédito internacional do país a fim de atrair investimentos europeus, sobretudo britânicos. Esse dinheiro era aplicado na ciranda financeira, comandada pelos bancos norte-americanos. A quebra do Lehman Brothers expôs a Islândia que assumiu, assim, dívida superior a dez vezes o seu produto interno bruto. O governo foi obrigado a reestatizar os seus três bancos, cujos executivos foram processados e alguns condenados à prisão.
A fim de fazer frente ao imenso débito, o governo decidiu que cada um dos islandeses – de todas as idades - pagaria 130 euros mensais durante 15 anos. O povo exigiu um referendum e, com 93% dos votos, decidiu não pagar dívida que era responsabilidade do sistema financeiro internacional, a partir de Wall Street e da City de Londres.
A dívida externa do país, construída pela irresponsabilidade dos bancos associados às maiores instituições financeiras mundiais, levou a nação à insolvência e os islandeses ao desespero. A crise se tornou política, com a decisão de seu povo de mudar tudo. Uma assembléia popular, reunida espontaneamente, decidiu eleger corpo constituinte de 25 cidadãos, que não tivessem qualquer atividade partidária, a fim de redigir a Carta Constitucional do país. Para candidatar-se ao corpo legislativo bastava a indicação de 30 pessoas. Houve 500 candidatos. Os escolhidos ouviram a população adulta, que se manifestou via internet, com sugestões para o texto. O governo encampou a iniciativa e oficializou a comissão, ao submeter o documento ao referendum realizado ontem.
Ao ser aprovado ontem, por mais de dois terços da população, o texto constitucional deverá ser ratificado pelo Parlamento.
Embora a Islândia seja uma nação pequena, distante da Europa e da América, e com a economia dependente dos mercados externos (exporta peixes, principalmente o bacalhau), seu exemplo pode servir aos outros povos, sufocados pela irracionalidade da ditadura financeira.
Durante estes poucos anos, nos quais os islandeses resistiram contra o acosso dos grandes bancos internacionais, os meios de comunicação internacional fizeram conveniente silêncio sobre o que vem ocorrendo em Reykjavik. É eloqüente sinal de que os islandeses podem estar abrindo caminho a uma pacífica revolução mundial dos povos.
Bancos desalojam 500 famílias espanholas por dia
Madri - É a face mais perversa da crise econômica na Espanha: a cada dia mais de 500 famílias são expulsas de suas casas pela impossibilidade de seguir pagando o financiamento do imóvel ao banco. A previsão das associações de consumidores é de que até o final de 2012 o número total de desalojamentos forçados ultrapasse os 100 mil.
Como se os números não fossem suficientes para demonstrar o drama, há outros vários elementos que multiplicam sua intensidade e que levam milhares de cidadãos a perguntarem: “por quê?”
O primeiro ponto de dúvida sobre a validade de ações de despejo é que enquanto os antigos moradores passam a depender do favor de amigos ou parentes para ter um teto, seus lares ficam vazios, já que a recessão freou o comércio de imóveis em todo o país.
De fato, em 2011 (antes de que o problema atingisse seu auge, portanto) o número de financiamentos concedidos foi 33% inferior ao do ano anterior, mais um dado ruim para um setor que já acumula cinco anos no negativo.
Pior: além de não resolver o problema do banco – que de qualquer maneira fica sem receber dinheiro pelo imóvel que retomou – tomar a casa do comprador inadimplente não o livra da dívida, como acontece no Brasil. Pelo contrário, o sujeito desalojado fica sem teto e com um débito que varia entre 150 e 300 mil euros, segundo cálculos das associações que lutam pelos direitos desses cidadãos afetados pelo problema.
“É um embargo à vida da pessoa porque quando recupera a sua condição econômica, terá uma dívida imensa para fazer frente”, condena o técnico da Associação de Usuários de Bancos, Caixas e Seguros da Espanha (Adicae), Francisco Javier Alvarado, que mantém uma organização para tentar evitar os despejos.
Ocorre que grande parte dos inadimplentes estão incluídos nos 25% da população economicamente ativa espanhola desempregada. Existem 1,7 milhão de lares espanhóis nos quais nenhum integrante tem uma renda fixa – e mais de 5 milhões são sustentados por uma única pessoa com renda.
Diante dessa situação, não parece um absurdo que nos últimos 40 dias quatro pessoas tenham se suicidado ao receber o comunicado da justiça de que devem deixar seus lares.
“São dramas humanos muito fortes. Há vários casos de desalojo de famílias com crianças pequenas ou de anciões que deram sua casa como garantia ao financiamento pedido pelos filhos. É impossível ficar imune”, reconhece o porta-voz do Sindicato Unificado da Polícia espanhola, José María Benito Celador.
Os agentes reclamam de um problema de consciência: por um lado, não podem descumprir o seu dever nem as ordens que recebem. Por outro, o sindicato já denunciou casos inclusive de mal-estar físico, de guardas que tiveram que ser levados ao hospital depois de participar em um despejo. “Já há muitos agentes que se negam a ir a ações deste tipo”, revela. E coloca o dedo na ferida: “A lei é injusta”.
Inadimplentes são acusados sem direito à defesa
Muitos dos contratos que permitem hoje aos bancos reclamar a casa pelo não pagamento da dívida de financiamento possuem cláusulas abusivas – a mais famosa é a que institui um mínimo de juros a serem pagos mesmo nos casos em que o índice que gerencia o reajuste das parcelas se reduza.
Não por casualidade a bolha imobiliária é um dos elementos que está na origem da crise econômica na Espanha. E embora o argumento seja suficientemente forte ao menos para levar um juiz a pedir um estudo criterioso de cada contrato, não é possível parar uma execução de despejo porque há uma cláusula legal que dá razão ao reclamante. “Contra os bancos ninguém pode se opor”, critica o porta-voz da associação progressista Juízes para a Democracia, Joaquim Bosch.
Não há direito à defesa, o sujeito não pode argumentar sobre o porquê não paga nem demonstrar que o contrato é nulo, abusivo, ou foi feito contra as leis. “No caso das hipotecas há uma nítida vantagem dos bancos sobre as pessoas. Essa situação vulnerabiliza o direito fundamental à moradia, que está garantido na Constituição”, denuncia Joaquín Bosch.
Vale lembrar que os bancos, que se beneficiaram da negligência dos órgãos de controle e de defesa do consumidor durante o período de fartura, também são os grandes protegidos dessa crise: enquanto que nos últimos cinco anos se destruíram 4 milhões de postos de trabalho no país, e apenas em 2012 houve aumento de impostos e recortes em serviços sociais, o governo espanhol teve que assumir como seu o resgate que a União Europeia concedeu às entidades financeiras 100 bilhões de euros. Parte do dinheiro será aplicada na criação de um “banco ruim”, que reunirá todos os ativos desvalorizados das instituições para sanear os caixas privados.
http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21389
Como se os números não fossem suficientes para demonstrar o drama, há outros vários elementos que multiplicam sua intensidade e que levam milhares de cidadãos a perguntarem: “por quê?”
O primeiro ponto de dúvida sobre a validade de ações de despejo é que enquanto os antigos moradores passam a depender do favor de amigos ou parentes para ter um teto, seus lares ficam vazios, já que a recessão freou o comércio de imóveis em todo o país.
De fato, em 2011 (antes de que o problema atingisse seu auge, portanto) o número de financiamentos concedidos foi 33% inferior ao do ano anterior, mais um dado ruim para um setor que já acumula cinco anos no negativo.
Pior: além de não resolver o problema do banco – que de qualquer maneira fica sem receber dinheiro pelo imóvel que retomou – tomar a casa do comprador inadimplente não o livra da dívida, como acontece no Brasil. Pelo contrário, o sujeito desalojado fica sem teto e com um débito que varia entre 150 e 300 mil euros, segundo cálculos das associações que lutam pelos direitos desses cidadãos afetados pelo problema.
“É um embargo à vida da pessoa porque quando recupera a sua condição econômica, terá uma dívida imensa para fazer frente”, condena o técnico da Associação de Usuários de Bancos, Caixas e Seguros da Espanha (Adicae), Francisco Javier Alvarado, que mantém uma organização para tentar evitar os despejos.
Ocorre que grande parte dos inadimplentes estão incluídos nos 25% da população economicamente ativa espanhola desempregada. Existem 1,7 milhão de lares espanhóis nos quais nenhum integrante tem uma renda fixa – e mais de 5 milhões são sustentados por uma única pessoa com renda.
Diante dessa situação, não parece um absurdo que nos últimos 40 dias quatro pessoas tenham se suicidado ao receber o comunicado da justiça de que devem deixar seus lares.
“São dramas humanos muito fortes. Há vários casos de desalojo de famílias com crianças pequenas ou de anciões que deram sua casa como garantia ao financiamento pedido pelos filhos. É impossível ficar imune”, reconhece o porta-voz do Sindicato Unificado da Polícia espanhola, José María Benito Celador.
Os agentes reclamam de um problema de consciência: por um lado, não podem descumprir o seu dever nem as ordens que recebem. Por outro, o sindicato já denunciou casos inclusive de mal-estar físico, de guardas que tiveram que ser levados ao hospital depois de participar em um despejo. “Já há muitos agentes que se negam a ir a ações deste tipo”, revela. E coloca o dedo na ferida: “A lei é injusta”.
Inadimplentes são acusados sem direito à defesa
Muitos dos contratos que permitem hoje aos bancos reclamar a casa pelo não pagamento da dívida de financiamento possuem cláusulas abusivas – a mais famosa é a que institui um mínimo de juros a serem pagos mesmo nos casos em que o índice que gerencia o reajuste das parcelas se reduza.
Não por casualidade a bolha imobiliária é um dos elementos que está na origem da crise econômica na Espanha. E embora o argumento seja suficientemente forte ao menos para levar um juiz a pedir um estudo criterioso de cada contrato, não é possível parar uma execução de despejo porque há uma cláusula legal que dá razão ao reclamante. “Contra os bancos ninguém pode se opor”, critica o porta-voz da associação progressista Juízes para a Democracia, Joaquim Bosch.
Não há direito à defesa, o sujeito não pode argumentar sobre o porquê não paga nem demonstrar que o contrato é nulo, abusivo, ou foi feito contra as leis. “No caso das hipotecas há uma nítida vantagem dos bancos sobre as pessoas. Essa situação vulnerabiliza o direito fundamental à moradia, que está garantido na Constituição”, denuncia Joaquín Bosch.
Vale lembrar que os bancos, que se beneficiaram da negligência dos órgãos de controle e de defesa do consumidor durante o período de fartura, também são os grandes protegidos dessa crise: enquanto que nos últimos cinco anos se destruíram 4 milhões de postos de trabalho no país, e apenas em 2012 houve aumento de impostos e recortes em serviços sociais, o governo espanhol teve que assumir como seu o resgate que a União Europeia concedeu às entidades financeiras 100 bilhões de euros. Parte do dinheiro será aplicada na criação de um “banco ruim”, que reunirá todos os ativos desvalorizados das instituições para sanear os caixas privados.
http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21389
sábado, 8 de dezembro de 2012
Crime monstruoso cometido por PM de SP
PM é preso suspeito de atear fogo em jovem na Zona Sul de SP
Crime aconteceu na madrugada deste sábado (8) em Americanópolis.
Jovem queimado teve mais de 50% do corpo atingido.
Um policial militar de 33 anos foi preso na madrugada deste sábado (8)
depois de atear fogo em um rapaz no bairro de Americanópolis, na Zona
Sul de São Paulo. Segundo a PM, o policial recebeu voz de prisão dos companheiros que estavam com ele durante a abordagem.
O jovem teve mais de 50% do corpo queimado e permanecia internado na
tarde deste sábado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo. Informações preliminares davam conta de que ele tinha tido 40% do
corpo ferido.
O caso aconteceu após acabar o combustível da moto em que dois jovens estavam. Um casal se ofereceu para ajudá-los e foi buscar gasolina. Em seguida, quatro policiais abordaram os amigos. O casal voltou com o combustível e foi embora.
Segundo Willian Gonçalves da Silva, de 22 anos, o policial jogou gasolina em sua cabeça, mas ele conseguiu escapar, porque saiu correndo. “Ele falou para arrumar uma arma: 'vocês aí tem tatuagem de ladrão e não têm uma arma?'”, contou o jovem. Após uma discussão, o soldado teria ficado bravo e jogado a gasolina sobre os amigos. "Só vi o fogo no menino e saí correndo."
O outro jovem Uoshington Ramalho da Silva, de 19 anos, começou a pegar fogo na calçada. Ele teve queimaduras de terceiro grau em várias partes do corpo. Segundo o amigo, o policial também jogou gasolina na cabeça dele, mas ele conseguiu escapar porque saiu correndo.
De acordo com o comandante interino, Gilson Paulo, o soldado descreveu o ocorrido como "um acidente". "Segundo a versão dele, o cigarro que ele estava fumando caiu ao chão e acabou pegando fogo em uma das vítimas. Um acidente", afirmou o comandante.
O caso aconteceu após acabar o combustível da moto em que dois jovens estavam. Um casal se ofereceu para ajudá-los e foi buscar gasolina. Em seguida, quatro policiais abordaram os amigos. O casal voltou com o combustível e foi embora.
Segundo Willian Gonçalves da Silva, de 22 anos, o policial jogou gasolina em sua cabeça, mas ele conseguiu escapar, porque saiu correndo. “Ele falou para arrumar uma arma: 'vocês aí tem tatuagem de ladrão e não têm uma arma?'”, contou o jovem. Após uma discussão, o soldado teria ficado bravo e jogado a gasolina sobre os amigos. "Só vi o fogo no menino e saí correndo."
O outro jovem Uoshington Ramalho da Silva, de 19 anos, começou a pegar fogo na calçada. Ele teve queimaduras de terceiro grau em várias partes do corpo. Segundo o amigo, o policial também jogou gasolina na cabeça dele, mas ele conseguiu escapar porque saiu correndo.
De acordo com o comandante interino, Gilson Paulo, o soldado descreveu o ocorrido como "um acidente". "Segundo a versão dele, o cigarro que ele estava fumando caiu ao chão e acabou pegando fogo em uma das vítimas. Um acidente", afirmou o comandante.
A Polícia Militar informou que o soldado recebeu voz de prisão dos
próprios companheiros, que também precisaram contê-lo, porque "não
compactuaram com a atitude do acusado”. O soldado está na corporação há
dois anos.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/12/pm-e-preso-suspeito-de-atear-fogo-em-jovem-na-zona-sul-de-sp.html
Juízes financiados pelo Clarín sabotam 7D na Argentina
Os juízes em questão viajaram para Miami inteiramente bancados pelo grupo monopolista, que agora utiliza dos seus préstimos.
Prorrogaram a aplicação da Ley de Medios, marcada para 7 de dezembro, após ganharem viagem a Miami
Nesta quinta-feira (6) de muita chuva e contaminação por uma nuvem tóxica no céu de Buenos Aires, às vésperas da entrada em vigor da Lei de Meios Audiovisuais na Argentina, os juízes Francisco de las Carreras e María Susana Najurieta, da Câmara Civil e Comercial Federal, decidiram prorrogar a medida cautelar que beneficia o Grupo Clarín, mantendo suspenso o artigo 161 da lei “até que se dite uma sentença definitiva”.
O artigo em questão determina que as empresas com número de licenças superior ao permitido pela nova regulação vendam o excedente para se adequar. A lei define que uma empresa pode ter no máximo 35% do mercado a nível nacional e 24 licenças (atualmente, o grupo monopolista detém 240), sendo dono de 41% do mercado de rádio, 38% da TV aberta e 59% da TV a cabo.
Entidades populares, lideranças sindicais, parlamentares e movimentos pela democratização da comunicação já vinham alertando para o fato de os juízes em questão terem viajado para Miami inteiramente bancados pelo grupo monopolista, que agora utiliza dos seus préstimos.
O vice-governador de Buenos Aires, Gabriel Mariotto, afirmou que “cada vez fica mais evidente a convivência entre o poder concentrado da Argentina e suas peças na Justiça, que buscam impedir o povo de se expressar”.
Conforme destacou o ministro da Justiça, Julio Alak, “será um adiamento transitório, pois a lei é inexorável e garantirá a efetiva democratização e desmonopolização das comunicações do país”. “Redobramos o nosso compromisso com o avanço da democracia”, frisou.
Apresentadores da TV Pública Argentina lembraram que em governos anteriores várias ações em defesa dos direitos humanos contra os repressores da ditadura foram igualmente barradas na Corte, até que o afastamento do juiz responsável possibilitou que fluíssem as denúncias e começassem a haver as condenações. Mas, neste momento, o ex-juiz apareceu como defensor dos repressores. A história é conhecida. E se repete.
Clarín tour
“Tínhamos razão quando dissemos que os juízes que viajam a Miami financiados pelo Clarín terminam convertidos em sua equipe jurídica”, declarou o titular da Autoridade Federal de Serviços Audiovisuais da Argentina (AFSCA), Martín Sabbatella. “Estamos convencidos da consitucionalidade da Lei. Uma lei que aumenta a qualidade da democracia é freada por juízes financiados pela corporação que pede esta cautelar. Isso é uma vergonha”, afirmou.
Segundo Sabbatella, “a democracia foi colocada em xeque por grupos judiciais, mas pediremos à Corte que revise este ato. Está claro que a justiça argentina não está preparada para enfrentar as corporações porque grande parte dela está colonizada por esses grupos econômicos”.
Censura e auto-censura
O secretario-geral da Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa (FATPREN) e vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIP), Gustavo Graneros, alertou para “a vocação do grupo monopolista contra a liberdade de expressão que hipocritamente diz defender”. Exemplo disso, relatou, foi a recente perseguição contra profissionais de imprensa: “buscaram amedrontar, pressionando com a censura e a auto-censura, da mesma forma que impediram durante anos o exercício da própria atividade sindical”.
Contra a perseguição, a Federação lançou nota denunciando que o “Clarín pretende silenciar as opiniões dos jornalistas que denunciam o descumprimento da lei, a vocação desestabilizadora do grupo e sua aspiração a manter os privilégios que ganhou ao calor da ditadura cívico-militar e dos governos neoliberais, atentando contra toda comunicação diversa e plural”.
Tuítaço pela democratização
Em solidariedade à luta do povo argentino pela democratização da comunicação, movimentos sociais e meios comunitários e alternativos latino-americanos promovem, nesta sexta-feira (7), a partir do meio-dia até as 15 horas, uma jornada global de apoio à plena aplicação da Lei de Meios. As etiquetas, ou hastags da campanha são: #7D, #LeydeMedios e #NoMonopolios.
Os movimentos sociais na Argentina decidiram intensificar o apoio ao cumprimento da lei e, no domingo (8), chamado de 8D, será realizado um grande ato pela democracia na Praça de Maio com show de encerramento de Charly García e Fito Paez.
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/12/08/juizes-financiados-pelo-clarin-sabotam-7d-na-argentina/
Prorrogaram a aplicação da Ley de Medios, marcada para 7 de dezembro, após ganharem viagem a Miami
Nesta quinta-feira (6) de muita chuva e contaminação por uma nuvem tóxica no céu de Buenos Aires, às vésperas da entrada em vigor da Lei de Meios Audiovisuais na Argentina, os juízes Francisco de las Carreras e María Susana Najurieta, da Câmara Civil e Comercial Federal, decidiram prorrogar a medida cautelar que beneficia o Grupo Clarín, mantendo suspenso o artigo 161 da lei “até que se dite uma sentença definitiva”.
O artigo em questão determina que as empresas com número de licenças superior ao permitido pela nova regulação vendam o excedente para se adequar. A lei define que uma empresa pode ter no máximo 35% do mercado a nível nacional e 24 licenças (atualmente, o grupo monopolista detém 240), sendo dono de 41% do mercado de rádio, 38% da TV aberta e 59% da TV a cabo.
Entidades populares, lideranças sindicais, parlamentares e movimentos pela democratização da comunicação já vinham alertando para o fato de os juízes em questão terem viajado para Miami inteiramente bancados pelo grupo monopolista, que agora utiliza dos seus préstimos.
O vice-governador de Buenos Aires, Gabriel Mariotto, afirmou que “cada vez fica mais evidente a convivência entre o poder concentrado da Argentina e suas peças na Justiça, que buscam impedir o povo de se expressar”.
Conforme destacou o ministro da Justiça, Julio Alak, “será um adiamento transitório, pois a lei é inexorável e garantirá a efetiva democratização e desmonopolização das comunicações do país”. “Redobramos o nosso compromisso com o avanço da democracia”, frisou.
Apresentadores da TV Pública Argentina lembraram que em governos anteriores várias ações em defesa dos direitos humanos contra os repressores da ditadura foram igualmente barradas na Corte, até que o afastamento do juiz responsável possibilitou que fluíssem as denúncias e começassem a haver as condenações. Mas, neste momento, o ex-juiz apareceu como defensor dos repressores. A história é conhecida. E se repete.
Clarín tour
“Tínhamos razão quando dissemos que os juízes que viajam a Miami financiados pelo Clarín terminam convertidos em sua equipe jurídica”, declarou o titular da Autoridade Federal de Serviços Audiovisuais da Argentina (AFSCA), Martín Sabbatella. “Estamos convencidos da consitucionalidade da Lei. Uma lei que aumenta a qualidade da democracia é freada por juízes financiados pela corporação que pede esta cautelar. Isso é uma vergonha”, afirmou.
Segundo Sabbatella, “a democracia foi colocada em xeque por grupos judiciais, mas pediremos à Corte que revise este ato. Está claro que a justiça argentina não está preparada para enfrentar as corporações porque grande parte dela está colonizada por esses grupos econômicos”.
Censura e auto-censura
O secretario-geral da Federação Argentina de Trabalhadores de Imprensa (FATPREN) e vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIP), Gustavo Graneros, alertou para “a vocação do grupo monopolista contra a liberdade de expressão que hipocritamente diz defender”. Exemplo disso, relatou, foi a recente perseguição contra profissionais de imprensa: “buscaram amedrontar, pressionando com a censura e a auto-censura, da mesma forma que impediram durante anos o exercício da própria atividade sindical”.
Contra a perseguição, a Federação lançou nota denunciando que o “Clarín pretende silenciar as opiniões dos jornalistas que denunciam o descumprimento da lei, a vocação desestabilizadora do grupo e sua aspiração a manter os privilégios que ganhou ao calor da ditadura cívico-militar e dos governos neoliberais, atentando contra toda comunicação diversa e plural”.
Tuítaço pela democratização
Em solidariedade à luta do povo argentino pela democratização da comunicação, movimentos sociais e meios comunitários e alternativos latino-americanos promovem, nesta sexta-feira (7), a partir do meio-dia até as 15 horas, uma jornada global de apoio à plena aplicação da Lei de Meios. As etiquetas, ou hastags da campanha são: #7D, #LeydeMedios e #NoMonopolios.
Os movimentos sociais na Argentina decidiram intensificar o apoio ao cumprimento da lei e, no domingo (8), chamado de 8D, será realizado um grande ato pela democracia na Praça de Maio com show de encerramento de Charly García e Fito Paez.
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/12/08/juizes-financiados-pelo-clarin-sabotam-7d-na-argentina/
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Açúcar envelhece mais rápido
Relatórios de pesquisadores da Holanda e Inglaterra mostram que pessoas com mais açúcar no sangue envelhecem mais rápido.
Doces podem ser a salvação para o mau humor e, principalmente, para os momentos de tristeza. O problema é que o açúcar pode ser um vilão em vários momentos, ainda mais quando falamos sobre envelhecimento. Uma pesquisa realizada em parceria entre a Universidade de Leiden (Holanda) e o instituto de pesquisas Unilever (Reino Unido) está sendo publicada para mostrar isso.
Foram selecionados 569 voluntários saudáveis para os estudos, sendo então separados em três grupos – de acordo com o nível de concentração de açúcar no sangue após as refeições. Também foram chamadas 33 pessoas diabéticas para a pesquisa, que geralmente possuem taxas elevadas de glicose.
Para finalizar, 60 pessoas foram convocadas para analisar fotografias dos mais de 600 voluntários e tiveram de responder quais eram os mais velhos – vale dizer que todos tinham idades semelhantes. A média das respostas mostrou: quanto mais glicose concentrada no sangue, mais rápido acontece o envelhecimento.
Segundo publicado pela revista New Scientist, o envelhecimento da pele acontece em cerca de cinco meses para cada 0,18 gramas por litro de sangue. O jornal HindustanTimes foi além: eles entrevistaram cientistas que afirmaram as razões para isso. A concentração de açúcar interfere na produção de colágeno, fazendo com que a pele seja menos rejuvenescida.
http://www.tecmundo.com.br/ciencia/17202-ciencia-comprova-acucar-envelhece.htm
Doces podem ser a salvação para o mau humor e, principalmente, para os momentos de tristeza. O problema é que o açúcar pode ser um vilão em vários momentos, ainda mais quando falamos sobre envelhecimento. Uma pesquisa realizada em parceria entre a Universidade de Leiden (Holanda) e o instituto de pesquisas Unilever (Reino Unido) está sendo publicada para mostrar isso.
Foram selecionados 569 voluntários saudáveis para os estudos, sendo então separados em três grupos – de acordo com o nível de concentração de açúcar no sangue após as refeições. Também foram chamadas 33 pessoas diabéticas para a pesquisa, que geralmente possuem taxas elevadas de glicose.
Para finalizar, 60 pessoas foram convocadas para analisar fotografias dos mais de 600 voluntários e tiveram de responder quais eram os mais velhos – vale dizer que todos tinham idades semelhantes. A média das respostas mostrou: quanto mais glicose concentrada no sangue, mais rápido acontece o envelhecimento.
Segundo publicado pela revista New Scientist, o envelhecimento da pele acontece em cerca de cinco meses para cada 0,18 gramas por litro de sangue. O jornal HindustanTimes foi além: eles entrevistaram cientistas que afirmaram as razões para isso. A concentração de açúcar interfere na produção de colágeno, fazendo com que a pele seja menos rejuvenescida.
http://www.tecmundo.com.br/ciencia/17202-ciencia-comprova-acucar-envelhece.htm
Operação Purificação: mais de 50 PMs são presos em ação contra tráfico
Após um ano de investigações de uma força-tarefa formada por
diferentes órgãos, foi desencadeada hoje (4), às 6h, a Operação
Purificação, para cumprir 83 mandados de prisão, sendo 65 de policiais
militares e 18 de integrantes da principal facção do tráfico de drogas
do Estado, o Comando Vermelho. Até as 10h30, já haviam sido presos 59
PMs e 11 traficantes. Os PMs – todos lotados no 15º BPM (Duque de
Caxias) à época do início das investigações – recebiam propina dos
traficantes para não coibir atividades criminosas em 13 favelas da
região de Duque de Caxias, todas sob domínio do Comando Vermelho.
O Gaeco denunciou os acusados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante sequestro. Dos traficantes com mandados de prisão, quatro já se encontram presos, cumprindo pena por outros crimes. Também estão sendo cumpridos 112 mandados de busca e apreensão na casa dos denunciados e em batalhões da PM. Todos os presos estão sendo levados inicialmente para o QG da Polícia Militar e depois serão encaminhados para o presídio de Bangu 8.
De acordo com as investigações, os policiais militares indiciados não se limitavam apenas a receber o “arrego” (nome popular para a propina paga por traficantes) para deixar de reprimir as atividades do Comando Vermelho em Duque de Caxias: eles também sequestravam bandidos e seus familiares; apreendiam veículos do tráfico exigindo dinheiro para devolução; negociavam armas; e realizavam operações oficiais quando o pagamento da propina atrasava.
As investigações da Força-Tarefa apontam que o preço da propina flutuava de acordo com a capacidade de venda de drogas pelos bandidos.Ainda durante as investigações, foi possível constatar que os policiais militares conheciam bem os bandidos. Foragido da Justiça, Jeferson Ferreira Abrantes, o “Nando” ou “Sorriso”, que atuava no abastecimento das bocas de fumo da comunidade Vai Quem Quer, era alvo constante de extorsões dos PMs, que exigiam pagamento de valores em dinheiro para a manutenção da sua liberdade.
http://www.jb.com.br/rio/noticias/2012/12/04/operacao-purificacao-mais-de-50-pms-sao-presos-em-acao-contra-trafico/
O Gaeco denunciou os acusados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, corrupção passiva e extorsão mediante sequestro. Dos traficantes com mandados de prisão, quatro já se encontram presos, cumprindo pena por outros crimes. Também estão sendo cumpridos 112 mandados de busca e apreensão na casa dos denunciados e em batalhões da PM. Todos os presos estão sendo levados inicialmente para o QG da Polícia Militar e depois serão encaminhados para o presídio de Bangu 8.
De acordo com as investigações, os policiais militares indiciados não se limitavam apenas a receber o “arrego” (nome popular para a propina paga por traficantes) para deixar de reprimir as atividades do Comando Vermelho em Duque de Caxias: eles também sequestravam bandidos e seus familiares; apreendiam veículos do tráfico exigindo dinheiro para devolução; negociavam armas; e realizavam operações oficiais quando o pagamento da propina atrasava.
As investigações da Força-Tarefa apontam que o preço da propina flutuava de acordo com a capacidade de venda de drogas pelos bandidos.Ainda durante as investigações, foi possível constatar que os policiais militares conheciam bem os bandidos. Foragido da Justiça, Jeferson Ferreira Abrantes, o “Nando” ou “Sorriso”, que atuava no abastecimento das bocas de fumo da comunidade Vai Quem Quer, era alvo constante de extorsões dos PMs, que exigiam pagamento de valores em dinheiro para a manutenção da sua liberdade.
http://www.jb.com.br/rio/noticias/2012/12/04/operacao-purificacao-mais-de-50-pms-sao-presos-em-acao-contra-trafico/
País atinge em 2011 menor desigualdade em 30 anos
Com Coeficiente de Gini de 0,508, apontado pela Síntese dos Indicadores
Sociais (SIS), divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atingiu em 2011 sua menor
desigualdade de renda em trinta anos - em 1981, o indicador era 0,583. O
País, porém, continua um dos países mais desiguais do mundo, longe da
média da União Europeia, cujo Gini - índice de zero a 1, que sobe com a
disparidade de rendimentos - chegou a 0,305 em 2010 e no ano passado foi
0,290 na Alemanha, 0,308 na França e 0,244 na Suécia. A pesquisa
apontou outros sinais de queda na distância entre os ricos e os pobres
brasileiros, como a redução na renda dos 20% mais ricos, de 60% para
57,7% do total de 2001 a 2011. Mesmo assim, no ano passado os 40% mais
pobres ganhavam apenas 11% da riqueza nacional, diz o estudo.
O avanço da renda no País de 2001 a 2011 se deu em um cenário em que, segundo a SIS, disparou a renda de "outras fontes" para famílias com rendimentos domiciliares per capita de até 1/4 de salário mínimo ao longo da década estudada. Foi uma expansão de 5,3% para 31,5% dos rendimentos de 2001 a 2011. Na faixa de 1/4 a meio salário mínimo, também houve aumento: de 3,1% para 11,5%. Para os pesquisadores do IBGE, como as famílias pesquisadas são extremamente pobres, a hipótese mais provável para explicar esse aumento é a expansão ocorrida no período dos programas de transferência de renda como o Bolsa-Família, pago a famílias carentes com filhos em idade escolar, e o Benefício de Prestação Continuada, destinado aos extremamente pobres.
"Esta modificação ocorreu apesar do rendimento do trabalho haver crescido o período", assinada a SIS. "Para o grupo de até 1/4 do salário mínimo de rendimento familiar per capita, o rendimento médio de todos os trabalhos passou de R$ 273 para R$ 285, no período de 2001 a 2011, enquanto para os que estão na faixa de 1/4 a 1/2 salário mínimo aumentou de R$ 461 para R$ 524 (...)." As cifras foram corrigidas pelo INPC, por isso são comparáveis.
A SIS constatou ainda que subiu de 2,6% para 3,5% a renda dos 20% brasileiros mais pobres na mesma década. Ao aumento de 0,9 ponto porcentual no rendimento dos mais desfavorecidos correspondeu uma queda de 2,3 pontos na riqueza apropriada pelos 20% mais ricos. No mesmo período, o grupo social mais privilegiado viu sua renda, equivalente a 24 vezes o que ganhavam os 20% mais pobres em 2001, cair para 16,5 vezes em 2011. Apesar da queda, esse indicador ainda deixou o Brasil distante de alguns países desenvolvidos da Europa, onde a relação é de quatro a seis vezes. E a redistribuição foi desigual: pretos e pardos ganharam mais que as mulheres, constatou a pesquisa. "Avançou-se mais na redução da desigualdade de raça que na de gênero", disse a pesquisadora Cristiane Soares, do IBGE. "Em 2001, as mulheres ganhavam 69% dos homens, e em 2011, 73,3%. Já os pretos e pardos passaram de 50,5% do rendimento dos brancos para 60% no mesmo período. Enquanto eles avançaram quase dez pontos, as mulheres cresceram apenas 4,4 pontos."
A SIS constatou que 22,4% da população brasileira estava em 2011 vulnerável segundo critérios sociais e/ou de renda, mas esse porcentual tem fortes variações regionais. Chega a 40% no Norte e 40,1% no Nordeste (53% no Maranhão, Estado recordista), mas não passa de 11,3% no Sul. Nesse polo positivo, a unidade da Federação com melhor posição em 2011 era São Paulo, com apenas 7,7% da população vulnerável.
O estudo também aponta melhora em relação a 2001 na redução das carências de atraso educacional (39,3% para 31,2%), falta de acesso à seguridade social (36,4% para 21,3%), (má) qualidade dos domicílios (4,9% para 4%), acesso a serviços básicos (40,9% para 32,2%). Também houve queda na proporção de domicílios com ao menos uma dessas carências (70,1% para 58,4%) no mesmo espaço de tempo pesquisado.
A melhora na distribuição de renda no período contrasta com as condições de vida de parte considerável da sociedade brasileira, diz a Síntese dos Indicadores Sociais 2012. Em 2011 30,6% dos domicílios urbanos brasileiros - pouco mais de 16 milhões de lares, com prováveis 64 milhões de moradores - não tinham simultaneamente os serviços de água tratada, coleta de esgoto por rede ou fossa séptica, recolhimento de lixo e eletricidade, básicos para que haja condições mínimas de habitação. A razão entre as habitações com e sem os quatro serviços era de 0,44, ou seja, praticamente para cada dois domicílios habitáveis havia um sem essas condições. O recorde nesse ponto foi da Região Norte, onde 78,4% dos lares foram considerados sem condições mínimas de habitabilidade. No Amapá, essa proporção chegou a 95,9%, e a razão em relação aos habitáveis foi de 23,43 lares sem condições para cada um habitável.
"Essa questão tem a ver com a ação do poder público", disse o pesquisador Rubem Magalhães, do IBGE. "Se aumentarmos o salário de um trabalhador para R$ 30 mil por mês ele não vai instalar uma rede de água tratada na rua onde mora. Isso é papel do Estado." No Sudeste, 79% dos lares com renda mensal domiciliar per capita tinham saneamento básico. Acima de dois salários mínimos, 94,8%.
A Síntese dos Indicadores Sociais de 2012 também constatou que apenas 31% dos domicílios permanentes urbanos tinham, simultaneamente, luz elétrica, computador, acesso à internet, aparelho de DVD, televisão em cores e máquina de lavar, medidas de conforto da vida moderna.
http://br.noticias.yahoo.com/pa%C3%ADs-atinge-2011-menor-desigualdade-30-anos-121000732.html
O avanço da renda no País de 2001 a 2011 se deu em um cenário em que, segundo a SIS, disparou a renda de "outras fontes" para famílias com rendimentos domiciliares per capita de até 1/4 de salário mínimo ao longo da década estudada. Foi uma expansão de 5,3% para 31,5% dos rendimentos de 2001 a 2011. Na faixa de 1/4 a meio salário mínimo, também houve aumento: de 3,1% para 11,5%. Para os pesquisadores do IBGE, como as famílias pesquisadas são extremamente pobres, a hipótese mais provável para explicar esse aumento é a expansão ocorrida no período dos programas de transferência de renda como o Bolsa-Família, pago a famílias carentes com filhos em idade escolar, e o Benefício de Prestação Continuada, destinado aos extremamente pobres.
"Esta modificação ocorreu apesar do rendimento do trabalho haver crescido o período", assinada a SIS. "Para o grupo de até 1/4 do salário mínimo de rendimento familiar per capita, o rendimento médio de todos os trabalhos passou de R$ 273 para R$ 285, no período de 2001 a 2011, enquanto para os que estão na faixa de 1/4 a 1/2 salário mínimo aumentou de R$ 461 para R$ 524 (...)." As cifras foram corrigidas pelo INPC, por isso são comparáveis.
A SIS constatou ainda que subiu de 2,6% para 3,5% a renda dos 20% brasileiros mais pobres na mesma década. Ao aumento de 0,9 ponto porcentual no rendimento dos mais desfavorecidos correspondeu uma queda de 2,3 pontos na riqueza apropriada pelos 20% mais ricos. No mesmo período, o grupo social mais privilegiado viu sua renda, equivalente a 24 vezes o que ganhavam os 20% mais pobres em 2001, cair para 16,5 vezes em 2011. Apesar da queda, esse indicador ainda deixou o Brasil distante de alguns países desenvolvidos da Europa, onde a relação é de quatro a seis vezes. E a redistribuição foi desigual: pretos e pardos ganharam mais que as mulheres, constatou a pesquisa. "Avançou-se mais na redução da desigualdade de raça que na de gênero", disse a pesquisadora Cristiane Soares, do IBGE. "Em 2001, as mulheres ganhavam 69% dos homens, e em 2011, 73,3%. Já os pretos e pardos passaram de 50,5% do rendimento dos brancos para 60% no mesmo período. Enquanto eles avançaram quase dez pontos, as mulheres cresceram apenas 4,4 pontos."
A SIS constatou que 22,4% da população brasileira estava em 2011 vulnerável segundo critérios sociais e/ou de renda, mas esse porcentual tem fortes variações regionais. Chega a 40% no Norte e 40,1% no Nordeste (53% no Maranhão, Estado recordista), mas não passa de 11,3% no Sul. Nesse polo positivo, a unidade da Federação com melhor posição em 2011 era São Paulo, com apenas 7,7% da população vulnerável.
O estudo também aponta melhora em relação a 2001 na redução das carências de atraso educacional (39,3% para 31,2%), falta de acesso à seguridade social (36,4% para 21,3%), (má) qualidade dos domicílios (4,9% para 4%), acesso a serviços básicos (40,9% para 32,2%). Também houve queda na proporção de domicílios com ao menos uma dessas carências (70,1% para 58,4%) no mesmo espaço de tempo pesquisado.
A melhora na distribuição de renda no período contrasta com as condições de vida de parte considerável da sociedade brasileira, diz a Síntese dos Indicadores Sociais 2012. Em 2011 30,6% dos domicílios urbanos brasileiros - pouco mais de 16 milhões de lares, com prováveis 64 milhões de moradores - não tinham simultaneamente os serviços de água tratada, coleta de esgoto por rede ou fossa séptica, recolhimento de lixo e eletricidade, básicos para que haja condições mínimas de habitação. A razão entre as habitações com e sem os quatro serviços era de 0,44, ou seja, praticamente para cada dois domicílios habitáveis havia um sem essas condições. O recorde nesse ponto foi da Região Norte, onde 78,4% dos lares foram considerados sem condições mínimas de habitabilidade. No Amapá, essa proporção chegou a 95,9%, e a razão em relação aos habitáveis foi de 23,43 lares sem condições para cada um habitável.
"Essa questão tem a ver com a ação do poder público", disse o pesquisador Rubem Magalhães, do IBGE. "Se aumentarmos o salário de um trabalhador para R$ 30 mil por mês ele não vai instalar uma rede de água tratada na rua onde mora. Isso é papel do Estado." No Sudeste, 79% dos lares com renda mensal domiciliar per capita tinham saneamento básico. Acima de dois salários mínimos, 94,8%.
A Síntese dos Indicadores Sociais de 2012 também constatou que apenas 31% dos domicílios permanentes urbanos tinham, simultaneamente, luz elétrica, computador, acesso à internet, aparelho de DVD, televisão em cores e máquina de lavar, medidas de conforto da vida moderna.
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