Amaya Egaña, que hoje se suicidou no momento em que ia ser desalojada, atirando-se da varanda do seu apartamento em Barakaldo, Biscaia, era casada com o ex-conselheiro local do PSE , José Manuel Asensio.
Nas últimas três semanas, é a segunda morte em Espanha
relacionada com uma execução hipotecária. Amaya Egaña, 53 anos,
funcionária do Bizkaibus, o serviço interurbano de autocarros, atirou-se
esta manhã do seu apartamento no bairro de Burtzeña, em Barakaldo, no
País Basco, no momento que ia ser desalojada. Caiu numa zona ajardinada
junto ao edifício de seis andares onde morava, mas não teve morte
imediata. O INEM local chegou quase de imediato, mas não conseguiu
salvá-la.
Egaña, que era militante socialista e foi durante um
ano e meio conselheira da localidade de Eibar, nos anos 80, era mulher
de José Manuel Asensio - ex-conselheiro do PSE de Barakaldo - com quem
tinha um filho de 21 anos.
"Destroçado pela morte de uma amiga. Os despejos estão a
converterem-se na face mais cruel da crise", escreveu na sua conta no
Twitter o lehendakari (presidente do governo autonómico do País Basco espanhol), Patxi López, que conhecia pessoalmente a vítima e o seu marido.
Nos primeiros seis meses deste ano, foram expulsas das suas casas 137 famílias baracaldesas.
No passado dia 26, um homem de 53 anos, desempregado há
quatro anos, atirou-se da varanda da sua casa em Burjassot, Valência,
mas sobreviveu. No dia anterior, José Miguel Domingo, 53 anos, foi
encontrado morto no pátio do edifício onde residia em Chana, Granada.
Pouco depois, chegaram os agentes que iam proceder ao despejo.
As ações de protestos contra os despejos sucedem-se um pouco por todo o país.
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