domingo, 29 de junho de 2014

Assistir à TV 3 horas diárias dobra o risco de morte prematura

As pessoas que assistem à televisão por três horas ou mais por dia podem ser duas vezes mais propensas a morrer prematuramente do que as que ficam menos tempo na frente da TV, segundo um estudo publicado esta quarta-feira.
O estudo, publicado no Jornal da Associação Americana do Coração, é o mais recente a descrever os riscos potenciais da vida sedentária, que inclui pressão alta, obesidade, câncer e doença cardíaca.
"Nossas descobertas são consistentes com uma série de estudos anteriores, onde o tempo gasto assistindo TV estava vinculado à mortalidade", disse o autor principal do estudo, Miguel Martinez-Gonzalez, diretor do departamento de Saúde Pública na Universidade de Navarra em Pamplona, Espanha.
A pesquisa se baseou em registros de mais de 13 mil pessoas, que se formaram em universidades espanholas. A idade média dos entrevistados era de 37 anos e 60% eram mulheres.
Os cientistas queriam descobrir se havia algum vínculo entre a morte precoce e o tempo passado em frente à TV.
Eles também analisaram quanto tempo as pessoas passaram diante de um computador, dirigindo e se estes fatores influenciavam o risco de morte.
Os participantes do estudo eram saudáveis quando começaram a ser analisados e foram acompanhados por 8,2 anos, em média.
Aqueles que assistiram à televisão mais de três horas por dia eram duas vezes mais propensos a morrer jovens do que os que viam por uma hora ou mais, destacou o estudo.
A causa mais comum de morte foi o câncer, que matou 46 pessoas. Trinta e duas morreram de outras causas e 19 mortes foram ligadas a problemas cardiovasculares.
A pesquisa não descobriu uma associação entre o tempo gasto no computador e a morte prematura ou entre dirigir e morrer jovem.
Tampouco provou que assistir à televisão causou as mortes prematuras, apenas que uma associação poderia ser encontrada entre assistir mais TV e um risco maior de morrer, mesmo quando os cientistas ajustaram a pesquisa para outros fatores potencialmente correlatos.
"Nossas descobertas sugerem que os adultos podem considerar aumentar sua atividade física, evitar períodos de sedentarismo longo e reduzir o tempo assistindo à televisão para não mais que uma a duas horas por dia", disse Martinez-Gonzalez.
A Associação Americana do Coração recomenda às pessoas que façam algum tipo de exercício moderado durante quase duas horas por semana.
https://br.noticias.yahoo.com/assistir-%C3%A0-tv-3-horas-di%C3%A1rias-dobra-risco-001525580.html

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Trabalho infantil, a face mais cruel da exploração do capital

O trabalho infantil ainda é um problema crônico no Brasil. De acordo com a Pnad/IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2012, cerca de 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre cinco a 17 anos de idade encontram-se sujeitas ao trabalho infantil.
A pesquisa aponta um recuo de 5,41% em relação ao ano anterior. Sedimentados por faixa etária, os dados apresentam o seguinte cenário: 81 mil crianças entre 5 a 9 anos; 473 mil entre 10 e 13 anos e cerca de 3 milhões entre os 14 e 17 anos.
São crianças e adolescentes que não possuem qualquer tipo de representação, sem condições de reivindicar direitos, em situação de vulnerabilidade social e, portanto, tornam-se potenciais alvos do capital. “É a face mais cruel do capital, ampliar lucros e resultados a partir da exploração de mão de obra infantil”, condenou Expedito Solaney, secretário nacional de Políticas Sociais da CUT, ao afirmar que o Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho) é um importante momento para conscientizar, debater e propor ações contra esta prática.
O dirigente alerta que no ritmo atual o Brasil não cumprirá a meta de eliminar as piores formas de trabalho infantil até 2015, conforme compromisso assinado junto a ONU (Organização das Nações Unidas) e OIT (Organização Internacional do Trabalho).
“A partir de dados dos últimos três anos é possível verificar que será muito difícil atingir a meta. Vamos pressionar o governo a adotar políticas mais agressivas e direcionadas que de fato levem a uma redução concreta dos atuais números”, disse. O País, por exemplo, conseguiu com quatro anos de antecedência atingir um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que era o de reduzir a mortalidade infantil.
Leia mais:
http://www.cut.org.br/destaques/24458/trabalho-infantil-a-face-mais-cruel-da-exploracao-do-capital

terça-feira, 3 de junho de 2014

Gritando "república já", espanhóis lotam principais cidades contra monarquia

Milhares de espanhóis foram às ruas na noite desta segunda-feira (02/06) para reivindicar a realização de um referendo para decidir uma nova forma de governo para país. Horas após a abdicação do rei Juan Carlos, grupos republicanos começaram a organizar atos a favor de uma reforma política na Espanha pelas redes sociais. A partir das 20h (15h, horário de Brasilia), os centros das principais cidades do país foram tomados por simpatizantes da república e cidadãos que defendem o seu direito de escolher uma nova forma de governo.
Em Madri, na Praça Porta do Sol, em frente à sede do governo da Comunidade Autônoma, a aglomeração de pessoas que participavam do ato era tanta que a reportagem de Opera Munditeve dificuldades para entrar no local, que depois foi tingido de vermelho, amarelo e roxo (cores da bandeira da Segunda República Espanhola). Entre os manifestantes era possível encontrar senhores de idades, crianças e famílias inteiras.
“Estou aqui para defender a república porque nos foi tirada à força em 1936. Queremos um referendo para que o povo possa decidir”, comentou Francisco Olmo, de 81 anos. O aposentado diz que foi à praça central de Madri para resgatar o que os irmãos dele defenderam até a morte durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), quando as tropas lideradas por Francisco Franco derrotaram o exército da Segunda República Espanhola.
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http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/35527/gritando+republica+ja+espanhois+lotam+principais+cidades+contra+monarquia.shtml