Cinco anos depois do início da crise econômica mundial, marcada pela
quebra do banco norte-americano Lehamn Brothers, os indicadores
financeiros seguem apontando para uma concentração da riqueza ao redor
do globo. De acordo com o relatório "Credit Suisse 2013 Wealth Report
",
um dos mapeamentos mais completos sobre o assunto divulgados
recentemente, 0,7% da população concentra 41% da riqueza mundial.
Em valor acumulado, a riqueza mundial atingiu em 2013 o recorde de
todos os tempos: US$ 241 trilhões. Se este número fosse dividido
proporcionalmente pela população mundial, a média da riqueza seria de
US$ 51.600 por pessoa. No entanto, não é o que acontece.
Apesar de serem o país mais rico do mundo em termos de PIB (Produto
Interno Bruto) e capital produzido, os EUA têm um dos maiores índices de
pobreza e desigualdade do mundo. Se dividida, a riqueza dos EUA seria,
em média, de mais de US$ 110 mil dólares. No entanto, é atualmente de
apenas US$ 45 mil dólares - menos da metade.
Mesmo com o crescimento da riqueza mundial, a desigualdade social
continua com índices elevados. Os 10% mais ricos do planeta detêm
atualmente 86% da riqueza mundial. Destes 0,7% tem posse de 41% da
riqueza mundial.
Veja no gráfico abaixo a pirâmide da riqueza. Apenas 0,7% da população detém US$ 98,7 trilhões de dólares:
Em meados deste ano, a OIT (Organização Internacional do Trabalho)
divulgou um estudo sobre o crescimento da desigualdade social nos países
desenvolvidos, como consequência da crise financeira.
A organização diz que o número de pobres cresceu entre 2010 e 2011 em
14 das 26 economias desenvolvidas, incluindo EUA, França, Espanha e
Dinamarca. Nos mesmos países, houve forte aumento do desemprego de longa
duração e a deterioração das condições de trabalho. Atualmente, o
número de desempregados no mundo supera os 200 milhões.
Em contrapartida, entre os países do G20, o lucro das empresas aumentou
3,4% entre 2007 e 2012, enquanto os salários subiram apenas 2,2%.
América Latina
Na contramão das grandes potências, a situação econômica e social da
América Latina melhorou. Entre 2010 e 2011, 57,1% da população dos
países da região estava empregada, um ponto percentual a mais que em
2007, último levantamento antes da crise financeira internacional.
No entanto, a OIT destaca que a região ainda enfrenta como desafios a
desigualdade social, maior que a média internacional, e o emprego
informal. A média da região é de 50%, sendo que em países mais pobres,
como Bolívia, Peru e Honduras, supera os 70%.
Em todo o mundo, a organização afirma que há mais de 200 milhões de
desempregados. A expectativa é que, ao final de 2015, esse número chegue
a 208 milhões.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/31831/Mapa+da+desigualdade+em+2013+07+da+populacao+detem+41+da+riqueza+mundial.shtml